Palácio do Planalto é reaberto para visitação após três anos

Política
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O Palácio do Planalto voltou a receber visitas neste domingo, 14. De acordo o comunicado distribuído à imprensa pela Presidência da República, o prédio estava fechado para esse tipo de atividade havia três anos.

O espaço passou por reformas e muitos de seus móveis e obras de arte foram restaurados, principalmente depois do ataque ao local em 8 de janeiro do ano passado.

O Palácio do Planalto foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer especialmente para abrigar a sede do governo. Era parte da construção de Brasília, ordenada pelo então presidente Juscelino Kubitschek no final dos anos 1950.

O prédio foi inaugurado em 21 de abril de 1960. Depois, passou por reformulações. Por exemplo, foram instalados espelhos d'água em volta do Palácio em 1991. Os jardins foram concebidos pelo paisagista Roberto Burle Marx.

De acordo com o site da Presidência, a reabertura do prédio para visitação foi uma determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Antes, em maio de 2023, ele havia mandado retirar as grades que tinham sido colocadas em volta do Palácio do Planalto, segundo a presidência da República, cerca de dez anos atrás.

Na última semana, o Congresso também decidiu retirar as grandes que cercavam a sede do Legislativo. Em ambos os casos, tratou-se de gesto político para transmitir sensação de normalidade depois dos ataques de 8 de janeiro de 2023.

Quem quiser visitar o Palácio do Planalto deve acessar o site visitapr.presidencia.gov.br para escolher um dia e horário.

As visitas vão das 9 horas às 13 horas. Como o passeio é de cerca de uma hora, a visita da última turma se encerra por volta das 14 horas. Os grupos são de até 30 pessoas.

As visitas são gratuitas e guiadas em português. De acordo com o Planalto, há possibilidade de visitas guiadas em inglês.

O roteiro inclui o térreo, onde fica o hall de entrada; o segundo andar, onde ficam os salões usados em solenidades, diversas obras de arte e a famosa rampa em forma de caracol; o terceiro andar, onde fica o gabinete do presidente da República; e o subsolo, onde há um espaço para exposições.

Não há primeiro andar no Palácio. A convenção é chamar de segundo andar o piso que, em outros lugares, seria chamado de primeiro.

O quarto andar (equivalente ao terceiro em outros prédios) é onde ficam os gabinetes dos ministros palacianos e tem aparência menos cerimonial - apesar da vista para a Praça dos Três Poderes, o Supremo Tribunal Federal e o Congresso.

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O enviado dos Estados Unidos à Ucrânia, o general da reserva Keith Kellogg, propôs em entrevista publicada pelo jornal britânico The Times, implementar um modelo semelhante ao de Berlim na Segunda Guerra Mundial, com forças de paz ocidentais no oeste ucraniano e soldados russos no leste.

Reino Unido e a França já se ofereceram para enviar tropas de paz à Ucrânia. A Rússia, no entanto, é contra a ideia. Os EUA, que se aproximaram de Moscou após a posse de Donald Trump, descartaram o envio de soldados e disseram que os ucranianos terão de entregar parte de seu território ocupado pela Rússia.

Na entrevista, Kellogg falou sobre uma solução semelhante "ao que aconteceu com Berlim na 2.ª Guerra", quando a cidade foi dividida entre zonas russa, francesa, britânica e americana". Em vez de um muro, ele propôs o Rio Dnieper, que corre de norte a sul da Ucrânia, como barreira natural.

O enviado de Trump também propôs a criação de uma zona desmilitarizada ao longo das atuais linhas de frente, para separar as tropas ocidentais das forças da Rússia. "Haverá violações? Provavelmente, porque sempre há. Mas a capacidade de monitorar é fácil", disse.

Segundo o jornal The Guardian, os EUA também exigiram o controle de um gasoduto ucraniano usado para enviar gás russo à Europa. A ação, de acordo com funcionários do governo da Ucrânia, foi descrita como uma "política colonial".

As negociações entre os dois países têm se tornado cada vez mais antagônicas, segundo a Reuters. A última minuta dos EUA é mais maximalista do que a versão de fevereiro, que propunha um acordo para a concessão de US$ 500 bilhões aos americanos em metais raros, extraídos da Ucrânia, como pagamento pela ajuda militar dos EUA.

Neste sábado, 12, véspera da eleição presidencial, o Equador declarou estado de exceção em sete de suas 24 províncias, assim como em Quito e no sistema prisional, por causa do aumento da violência do tráfico de drogas.

O segundo turno da disputa eleitoral, que ocorre neste domingo, 13, será entre o atual presidente Daniel Noboa e a líder da oposição de esquerda, Luisa González.

O estado de exceção aplica-se às províncias costeiras de Guayas, Los Ríos, Manabí, Santa Elena e El Oro, e às províncias amazônicas de Orellana e Sucumbíos, assim como à capital equatoriana, à cidade mineradora de Camilo Ponce Enríquez e às prisões do país.

Noboa impôs o estado de exceção em resposta ao "aumento da violência, da criminalidade e da intensidade de atos ilícitos cometidos por grupos armados organizados", de acordo com o decreto.

Ele suspendeu os direitos à inviolabilidade do domicílio e da correspondência, e a liberdade de reunião, e ordenou um toque de recolher noturno de sete horas em várias localidades de Guayas, Los Ríos, Orellana e Sucumbíos, assim como em Ponce Enríquez.

Noboa, no poder desde novembro de 2023, decretou estados de exceção permanentes para enfrentar a investida dos grupos do tráfico de drogas, que lutam ferozmente pelo controle do negócio, gerando terror na população.

A taxa de homicídios caiu de um recorde de 47 por 100 mil habitantes em 2023 para 38 em 2024, apesar de permanecer a mais alta da América Latina no ano passado, segundo o grupo especializado Insight Crime.

"O governo enfrenta um nível de violência de tal intensidade que ultrapassou os limites de contenção" das forças de segurança, afirma o decreto, segundo o qual 120 pessoas foram assassinadas entre 7 de março e 8 de abril.

O Equador restringiu, na sexta-feira, a entrada de estrangeiros por suas fronteiras terrestres com a Colômbia e o Peru, os maiores produtores de cocaína do mundo, para garantir a segurança do segundo turno presidencial. A medida será estendida até meia-noite de segunda-feira (02h de terça, no horário de Brasília).

Em 2024, o presidente declarou o Equador em conflito armado interno, o que lhe permitiu manter os militares nas ruas com ordens de neutralizar cerca de vinte quadrilhas de traficantes ligadas a cartéis internacionais, que ele chamou de "terroristas" e "beligerantes".

O Irã busca alívio das sanções dos EUA em troca da adoção de limites ao seu programa nuclear. Este foi um dos principais tópicos das conversas indiretas que ocorreram no sábado, 12, em Omã, entre representantes dos dois países. O encontro entre o enviado especial americano, Steven Witkoff, e o ministro das relações exteriores iraniano, Abbas Araghchi, foi "uma passo à frente", segundo comunicado da Casa Branca, enquanto Araghchi destacou que a próxima reunião ocorrerá no sábado, dia 19, e incluirá discussões sobre um cronograma para negociações e potencialmente um arcabouço geral para um novo acordo nuclear.

"Estamos buscando um acordo o mais rápido possível, embora alcançá-lo não será fácil", disse Araghchi à emissora de TV estatal iraniana. Os dois lados manifestaram que o objetivo do encontro de hoje foi aumentar a confiança entre as partes a fim de avançar posteriores negociações.

Autoridades do governo dos EUA não comentaram detalhes das conversações que ocorreram neste sábado. O enviado especial Steve Witkoff tem dito que a administração do presidente Donald Trump defende medidas que não permitam que o Irã produza bombas nucleares.

Witkoff disse à Dow Jones no começo desta semana que o encontro deste sábado "é sobre a razão pela qual é tão importante chegarmos a um acordo, e não sobre os termos exatos do acordo" e servirá para "estabelecer parâmetros" para futuras conversações.

Na reunião de hoje, o Irã recusou conversações diretas entre os representantes dos dois países, que firmaram diálogos em salas separadas com um intermediário, o ministro das Relações Exteriores de Omã. Ao final, as reuniões culminaram numa breve conversa frente a frente entre Witkoff e Araghchi. O representante do Irã disse que o diálogo durou alguns minutos e foi conduzido em frente do ministro do governo de Omã.