Força Nacional reforça segurança no Ministério da Justiça em dia da posse de Dino

Política
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A Força Nacional foi acionada para reforçar nesta segunda-feira, 2, a segurança do Palácio da Justiça, que é o prédio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, localizado na Esplanada, em Brasília. No período da tarde, o ex-governador do Maranhão Flávio Dino toma posse efetiva como ministro da pasta, em cerimônia de transmissão do cargo marcada para começar às 14 horas.

A portaria que libera a atuação das tropas federais "nas ações de preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio" no interior do Palácio da Justiça e nos seus anexos foi assinada ainda na sexta-feira, 30, pelo então ministro substituto da pasta, Antonio Ramirez Lorenzo, e está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira.

A Força Nacional tem reforçado a atuação da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) desde a semana passada dentro das operações relacionadas à posse presidencial.

O governo do Distrito Federal e autoridades federais ampliaram as ações de segurança e proteção em Brasília para evitar violência durante a festa da posse, realizada no domingo, e os dias que a antecederam.

O reforço se deu por causa de ataques de bolsonaristas extremistas realizados no último dia 12 dezembro, data da diplomação de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente da República, quando queimaram carros e ônibus na área central da cidade e tentaram invadir prédio da PF e, mais recentemente, da tentativa, frustrada, de explosão de um caminhão de combustível perto do Aeroporto de Brasília.

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O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira, 10, novas sanções contra entidades ligadas à exportação de petróleo iraniano, como parte da política de "pressão máxima" do governo do presidente Donald Trump para conter o programa nuclear do Irã e sua "influência maligna".

Entre os alvos está a Guangsha Zhoushan Energy Group, uma operadora de terminal com sede na China, acusada de ter recebido "ao menos oito carregamentos de petróleo bruto iraniano nos últimos anos". Segundo o comunicado, "os Estados Unidos estão comprometidos com a implementação agressiva de sanções contra toda a cadeia de fornecimento de petróleo do Irã".

Além da empresa chinesa, o Departamento de Estado sancionou três companhias de gerenciamento de navios envolvidas no transporte de petróleo iraniano, e identificou dois navios como pertencentes a duas dessas firmas. Em ação coordenada, o Departamento do Tesouro dos EUA também impôs sanções a empresas localizadas nos Emirados Árabes Unidos e na Índia, além de bloquear quase 30 embarcações ligadas ao comércio de petróleo com Teerã.

De acordo com o governo americano, essas medidas visam "reduzir o fluxo de receita que o regime iraniano usa para financiar suas atividades desestabilizadoras" e fazem parte do esforço para "levar as exportações de petróleo do Irã a zero - especialmente as exportações para a China".

O comunicado afirma ainda que os EUA "continuarão a conter o financiamento ilícito das atividades malignas do Irã" e a "usar todas as ferramentas disponíveis para responsabilizar o regime".

Trens e metrôs da Argentina sofreram interrupções, voos foram suspensos, carregamentos de grãos foram interrompidos e bancos foram fechados depois que sindicatos realizaram uma greve geral nesta quinta-feira, 10, contra o governo libertário do presidente Javier Milei.

A greve ocorre no momento em que Milei completa 16 meses de uma presidência que busca eliminar o déficit fiscal da Argentina por meio de medidas severas de austeridade.

A paralisação - liderada pela principal confederação sindical do país, a CGT - tentou parar o país um dia depois que os ativistas sindicais se juntaram a um protesto semanal de aposentados, os quais se reuniram para pedir aumentos em suas pensões do governo, a maioria das quais está atualmente fixada no equivalente a cerca de US$ 300 por mês e perdeu terreno significativo para a inflação.

Os membros do sindicato, incluindo condutores de trens, professores, funcionários da alfândega, coletores de lixo e funcionários dos correios, deixaram o trabalho à meia-noite.

Os aeroportos foram esvaziados quando as principais companhias aéreas interromperam suas operações. Muitos hospitais públicos estavam atendendo apenas emergências.

O governo disse que a paralisação custou à economia cerca de US$ 880 milhões. Fonte: Associated Press

A Rússia libertou uma cidadã russo-americana condenada por traição em troca de um homem russo-alemão preso por contrabando nos Estados Unidos nesta quinta-feira, 10, enquanto os dois países se reuniam para tentar restaurar os laços diplomáticos.

Ksenia Karelina está "em um avião a caminho de casa, nos Estados Unidos", disse o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, em uma publicação na rede social X. Ela foi presa na cidade de Yekaterinburg, nos Montes Urais, em fevereiro de 2024, e condenada por traição devido a uma doação de cerca de US$ 52 para uma instituição de caridade que ajudava a Ucrânia. As autoridades dos EUA classificaram o caso como "absolutamente absurdo".

Arthur Petrov foi libertado como parte da troca em Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos, segundo o Serviço Federal de Segurança (FSB), principal agência de segurança e contraespionagem da Rússia. Petrov foi preso em Chipre em agosto de 2023 a pedido dos EUA, sob acusação de contrabando de microeletrônicos sensíveis para a Rússia, e extraditado para os EUA um ano depois.

Karelina faz parte de um número crescente de cidadãos americanos presos na Rússia nos últimos anos, à medida que as tensões entre Moscou e Washington aumentaram por causa da guerra na Ucrânia. Sua libertação é a mais recente de uma série de trocas de prisioneiros de alto perfil realizadas entre Rússia e EUA nos últimos três anos, e a segunda desde que o presidente Donald Trump assumiu o cargo e reverteu a política de isolamento de Moscou adotada por Washington com o objetivo de encerrar a guerra na Ucrânia.

Diplomatas russos e americanos se reuniram nesta quinta-feira (9) em Istambul para mais uma rodada de negociações sobre a melhoria das relações diplomáticas. As discussões terminaram após seis horas sem declarações das delegações, informaram as agências estatais Tass e RIA Novosti.

Em fevereiro, a Rússia libertou o professor americano Marc Fogel, preso por acusações de drogas, em uma troca que a Casa Branca descreveu como parte de um degelo diplomático que poderia impulsionar negociações de paz. No mesmo mês, a Rússia libertou outro americano poucos dias após sua prisão por acusações de tráfico de drogas.

Ksenia Karelina, ex-bailarina também identificada em alguns veículos de mídia como Ksenia Khavana, morava em Maryland (EUA) antes de se mudar para Los Angeles. Ela foi presa ao retornar à Rússia para visitar a família no ano passado.

O FSB a acusou de "coletar proativamente" dinheiro para uma organização ucraniana que fornecia equipamentos às forças de Kiev. O First Department, um grupo de direitos russos, disse que as acusações se basearam em uma doação de US$ 51,80 a uma instituição de caridade dos EUA que ajudava a Ucrânia.

O advogado de Karelina, Mikhail Mushailov, disse no Instagram que ela já entrou em contato com sua família desde a libertação. "Estou radiante por saber que o amor da minha vida, Ksenia Karelina, está a caminho de casa após uma detenção injusta na Rússia", disse seu noivo, Chris van Heerden, em comunicado. "Ela suportou um pesadelo por 15 meses e mal posso esperar para abraçá-la. Nosso cachorro, Boots, também está ansioso por seu retorno."

Ele agradeceu ao presidente Donald Trump e seus enviados, assim como a figuras públicas proeminentes que defenderam o caso dela.

O conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Mike Waltz, disse no X que "o presidente Trump e sua administração continuam trabalhando dia e noite para garantir que americanos detidos no exterior retornem para suas famílias."

Karelina estava a caminho da Base Aérea de Andrews, em Maryland, segundo uma fonte familiarizada com o caso que pediu anonimato para comentar. A agência de notícias estatal dos Emirados Árabes Unidos, WAM, divulgou fotos de Karelina embarcando em um avião e outra dela ao lado de Yousef al-Otaiba, embaixador dos Emirados nos EUA.

O FSB, que informou que o presidente russo Vladimir Putin havia concedido indulto a Karelina antes da troca, divulgou um vídeo mostrando ela sendo escoltada até um avião em algum lugar da Rússia. As imagens depois mostraram o que parece ser o momento da troca no aeroporto de Abu Dabi, com Arthur Petrov saindo de um avião e apertando as mãos de autoridades russas na pista.

O mesmo vídeo mostrou Petrov fazendo exames médicos durante o voo de volta à Rússia. "Não tenho queixas em especial, só estou um pouco cansado", disse ele.

Petrov foi acusado pelo Departamento de Justiça dos EUA de envolvimento em um esquema para adquirir microeletrônicos sujeitos a controles de exportação americanos em nome de um fornecedor russo de componentes críticos para a indústria de armamentos do país. Ele enfrentava uma pena de até 20 anos de prisão nos EUA.

Abu Dabi foi cenário de outra troca de prisioneiros de alto perfil entre Rússia e Estados Unidos. Em dezembro de 2022, a estrela do basquete americano Brittney Griner foi trocada pelo notório traficante de armas russo Viktor Bout.

Os Emirados Árabes têm atuado como mediador em trocas de prisioneiros entre Rússia e Ucrânia, enquanto a cidade de Dubai, cheia de arranha-céus, se tornou lar de muitos russos e ucranianos que fugiram após a invasão em larga escala da Ucrânia pela Rússia em 2022.