PDT pressiona Eduardo Paes por vaga de vice na chapa de reeleição à prefeitura do Rio

Política
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A disputa pelo posto de vice na chapa do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), que tentará a reeleição nas eleições municipais deste ano, está acirrada. O Partido dos Trabalhadores (PT) reivindica a posição após o estreitamento de relação entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o atual chefe do Executivo carioca. A decisão sobre quem será o companheiro de chapa, no entanto, não foi tomada por Paes. Sob a indefinição do atual prefeito, partidos da base na prefeitura pressionam na tentativa de atravessar uma provável aliança com o PT.

É o caso do PDT. O partido da base de Paes, apoiado pelo atual prefeito na disputa pelo governo do Estado nas eleições do ano passado, colocou o nome da deputada estadual Martha Rocha (PDT), ex-delegada da Polícia Civil e candidata à Prefeitura do Rio nas eleições passadas, como possível candidata, caso Paes não ceda o espaço de vice na chapa para a sigla.

O presidente nacional licenciado do PDT, ministro Carlos Lupi (Previdência Social e Trabalho), afirmou que sugeriu o nome de Martha para Paes pelo histórico da deputada e pelo apelo ao eleitor carioca. Segundo o ministro, caso a aliança não seja consumada, a ex-delegada é o nome do partido para a disputa majoritária.

"O Eduardo tem suas razões ao não decidir ainda pelo arco de alianças que tem. Eu já falei para ele e repito: acho a Martha o melhor nome pelo que ela acrescenta como delegada e como mulher. Teve uma boa votação na última eleição. Ele não diz um senão, mas coloca que ele não pode decidir isso sozinho, que precisa da participação da base de apoio... É natural. O nome dela está na mesa", afirmou ao Estadão.

O prefeito ainda não se pronunciou sobre a disputa pela vaga de vice. Martha foi procurada pela reportagem, mas não deu retorno.

Para pavimentar seu caminho rumo à reeleição, quando deverá enfrentar um candidato da direita bolsonarista, Paes aposta, desde a campanha presidencial de 2022, na volta da aliança com Lula, que no passado já garantiu recursos para as obras das Olimpíadas de 2016, para se fortalecer na base progressista do Rio.

A relação de Paes com o atual presidente voltou a se fortalecer nas eleições passadas. O prefeito embarcou na campanha petista e intensificou as críticas ao então presidente Jair Bolsonaro, que tentava a reeleição pelo PL.

A relação começou a pavimentar um acordo para que um nome do PT ocupe o posto de vice de Paes. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, é cotada. Ela vai se filiar ao PT em breve e conta com o apoio da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, nos bastidores.

A parceria para as eleições municipais deste ano, no entanto, ainda não foi sacramentada. Integrantes do diretório petista no Rio veem como natural a aliança e como um "ato de fidelidade" ao presidente Lula. Já o entorno do prefeito é mais cauteloso. Uma ala do PSD defende que Paes concorra à reeleição com uma chapa puro-sangue, com um vice do próprio partido.

Lupi afirmou que o PT tem um peso grande, por ter a máquina do governo federal e o presidente como cabo eleitoral, mas disse que é preciso "colocar tudo num tabuleiro" e avaliar o melhor nome para a cidade.

"O PT tem uns predicados. O governo federal e o presidente Lula são forças que precisam ser considerados. Tudo isso precisar ir para o tabuleiro para ver o que facilita mais a vitória de Paes", afirmou Lupi.

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Os Emirados Árabes Unidos pediram que Israel não tome medidas que possam agravar as tensões no Oriente Médio em declaração divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores do país neste domingo, 20. Na declaração, o ministério responsabiliza as autoridades israelenses pela interrupção do cessar-fogo na região e pediu que se abstenham de medidas que possam agravar as tensões. No comunicado, os Emirados Árabes Unidos também afirmam "rejeição categórica a todas as práticas que violem o direito internacional e ameacem levar a uma maior escalada" do conflito na região.

A declaração dos Emirados Árabes Unidos ocorre após ameaças de invasão e fechamento da mesquita de Al-Aqsa, localizada em Jerusalém e foco histórico de tensões entre judeus e muçulmanos. Na declaração, os Emirados Árabes Unidos afirmaram haver necessidade de "proteção total aos locais sagrados islâmicos e cristãos" e de impedir violações no complexo da mesquita.

"Os Emirados Árabes Unidos condenam nos termos mais fortes os apelos extremistas para bombardear a Mesquita de Al-Aqsa e o Domo da Rocha e cometer violações contra os cristãos em Jerusalém. Também condenam veementemente as violações de Israel contra os cristãos em Jerusalém durante o Sábado Santo, incluindo a negação de acesso às igrejas e agressões físicas, alertando sobre as sérias repercussões dessas práticas arbitrárias, que ameaçam aumentar ainda mais as tensões na região", disse o país na declaração emitida pelo Ministério das Relações Exteriores.

Por fim, os Emirados Árabes Unidos apelaram à comunidade internacional por esforços para alcançar uma paz abrangente com base em dois Estados. A manifestação ocorre também depois de novos ataques das forças israelenses no Líbano, com Israel intensificando as ações militares na região.

Os Emirados Árabes Unidos são um dos países que atuam como mediadores do conflito em Gaza.

O Ministério da Defesa da Rússia afirmou neste domingo, 20, que as forças ucranianas lançaram ataques noturnos na região de Donetsk, apesar do cessar-fogo de Páscoa. "Durante a noite do #CessarFogoPáscoa, o regime de Kiev lançou 48 drones, incluindo um sobre a Crimeia. Tropas ucranianas atingiram posições russas com armas e canhões 444 vezes e realizaram 900 ataques com drones do tipo quadricóptero", informou o ministério em publicação na rede social X.

Segundo o ministério, houve "mortos e feridos entre a população civil". O ministério afirma que as tropas russas observaram rigorosamente o cessar-fogo. Autoridades instaladas pela Rússia na região ucraniana parcialmente ocupada de Kherson também disseram que as forças ucranianas continuaram seus ataques.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou no sábado uma trégua temporária nos ataques pelo exército russo durante o fim de semana de Páscoa. De acordo com o Kremlin, o cessar-fogo durará das 18 horas, horário de Moscou, de sábado, até a meia-noite do domingo de Páscoa.

Putin não ofereceu detalhes sobre como o cessar-fogo seria monitorado ou se abrangeria ataques aéreos ou batalhas terrestres, que ocorrem 24 horas por dia.

No sábado, poucas horas após anunciar o cessar-fogo, Putin participou de uma missa de Páscoa na Catedral de Cristo Salvador, em Moscou, liderada pelo Patriarca Kirill, chefe da Igreja Ortodoxa Russa e defensor da guerra na Ucrânia. A trégua temporária declarada ocorre em meio à ameaça dos Estados Unidos de abandonarem as negociações para um cessar-fogo entre os países, caso não haja um progresso em breve.

A Ucrânia também acusa a Rússia de não respeitar o cessar-fogo. Desde que a trégua temporária foi anunciada por Putin, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirma que as ações militares russas continuam.

Mais cedo, Zelensky acusou a Rússia de violar o cessar-fogo e contabilizou 26 ataques em 12 horas. O governo ucraniano propõe a extensão do cessar-fogo para 30 dias após a Páscoa.

*Com informações da Associated Press

Opositores do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizaram protestos em várias cidades dos Estados Unidos no sábado, 19, denunciando o que classificam como "ameaças aos ideais democráticos do país". Os organizadores afirmam se opor ao que chamam de violações dos direitos civis e constitucionais de Trump, incluindo os esforços para deportar dezenas de imigrantes e reduzir o governo federal, demitindo milhares de funcionários públicos e efetivamente fechando agências. Os protestos acontecem apenas duas semanas após manifestações semelhantes em todo o país.

As manifestações incluíram uma marcha pelo centro de Manhattan e um comício em frente à Casa Branca. Em Boston, manifestantes se concentraram na reconstituição das Batalhas de Lexington e Concord, alegando que o país vive um momento perigoso para sua liberdade.

Em Denver, centenas de manifestantes se reuniram no Capitólio do Estado do Colorado com faixas expressando solidariedade aos imigrantes e dizendo ao governo Trump: "Tirem as Mãos!". Milhares de pessoas também marcharam pelo centro de Portland, Oregon, enquanto em São Francisco, centenas soletraram as palavras "Impeach & Remove" em uma praia de areia ao longo do Oceano Pacífico, também com uma bandeira dos EUA de cabeça para baixo. As pessoas protestaram pelo centro de Anchorage, Alasca, com cartazes feitos à mão listando os motivos pelos quais estavam protestando.

Em outros lugares, protestos foram planejados em frente a concessionárias da Tesla contra o bilionário e conselheiro de Trump, Elon Musk, e seu papel na redução do governo federal. Outros organizaram eventos mais voltados para o serviço comunitário, como campanhas de arrecadação de alimentos, palestras e trabalho voluntário em abrigos locais.

Em Washington, manifestantes citavam preocupações com as ameaças aos direitos ao devido processo legal, protegidos pela Constituição, à Previdência Social e a outros programas federais de segurança. Em Columbia, Carolina do Sul, centenas de pessoas protestaram na sede do governo estadual segurando cartazes com slogans como "Lute Ferozmente, Harvard, Lute".E em Manhattan, manifestantes se reuniram contra as contínuas deportações de imigrantes enquanto marchavam da Biblioteca Pública de Nova York em direção ao Central Park e passavam pela Trump Tower. Fonte: Associated Press