Lula anuncia investimentos no RS e se reúne com Leite, após críticas sobre ausência no Estado

Política
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarca nesta sexta-feira, 15, no Rio Grande do Sul para anunciar projetos e investimentos no Estado, incluindo recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Nas agendas previstas, o chefe do Executivo federal irá se reunir com o governador Eduardo Leite (PSDB) e fazer prestação de contas de ações após as enchentes registradas no Estado no ano passado.

 

No fim de 2023, o Rio Grande do Sul foi atingido por fortes chuvas e enchentes, o que resultou em milhares de moradores desabrigados e registros de óbitos. Lula não sobrevoou as cidades atingidas. A ausência fez com que parlamentares se queixassem e lembrassem o sobrevoo que o presidente fez em fevereiro do mesmo ano em regiões atingidas por chuvas no litoral norte de São Paulo.

 

Mesmo sem o comparecimento do presidente, o governo federal enviou comitivas de ministros aos locais atingidos. Em uma delas, a primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, acompanhou a ida ao Rio Grande do Sul. No fim de setembro, Leite foi a Brasília para se reunir com Lula e fazer um balanço das ações até então tomadas pela gestão federal.

 

Na visita desta sexta-feira, o governador do Estado planeja receber o presidente no Aeroporto de Porto Alegre. Em seguida, eles participam de anúncio de ações e investimentos do governo federal para o Estado. De lá, Lula e Leite seguem para um almoço oferecido pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Gilberto Petry, com empresários.

 

Depois, ambos irão à cidade de Lajeado para fazer novos anúncios e prestação de contas das ações na reconstrução dos municípios gaúchos após as enchentes registradas no Estado.

 

Investimentos do Novo PAC

 

De acordo com o governo federal, o investimento do Novo PAC previsto para este ano no Rio Grande do Sul é de R$ 29,5 bilhões. Já para o programa em geral somando os demais anos, estão estimados R$ 75,6 bilhões ao Estado.

 

Obras como a duplicação da BR-116/RS, a construção da segunda ponte sobre o Rio Guaíba e conclusão de barragens estão entre as prioridades de investimento federal, conforme informa o Palácio do Planalto em nota divulgada. "As construções do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Maria, do Centro de Apoio Diagnóstico e do Centro de Atendimento ao Paciente Crítico e Cirúrgico, ambos do Grupo Hospitalar Conceição, também estão planejadas".

 

Os investimentos incluem ainda a instalação de 4 mil quilômetros de infovia e a conectividade nas 7.249 escolas do Ensino Básico, além da previsão de conclusão de obras abandonadas na capital e no interior do Estado. Dentre as quais, creches e pré-escolas, e escolas do ensino fundamental. Também haverá recursos voltados para transição e segurança energética, para os setores de portos e aeroportos e moradias.

 

Segundo o Planalto, Lula será acompanhado pelo vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) e pelos ministros Rui Costa (Casa Civil), Paulo Pimenta (Secom), Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar), Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária), Camilo Santana (Educação) e Nísia Trindade (Saúde), além do ministro dos Transportes substituto, Adrualdo Catão.

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Em nova publicação no X, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que bombardeios russos chegam a 1.355. "Já houve 67 ataques russos contra nossas posições em várias direções, com o maior número na direção de Pokrovsk. Houve um total de 1.355 casos de bombardeios russos, dos quais 713 envolveram armamento pesado", escreveu, citando relatório do comandante-chefe do exército do país, Oleksandr Syrskyi.

Zelensky também disse que a Ucrânia propõe cessar-fogo de 30 dias, com a possibilidade de prorrogação. "A Ucrânia propõe o fim de qualquer ataque com drones e mísseis de longo alcance contra a infraestrutura civil por um período de pelo menos 30 dias, com a possibilidade de prorrogação."

O presidente ucraniano também afirmou que, "se a Rússia não concordar com essa medida, isso será uma prova de que ela pretende continuar fazendo apenas coisas que destroem vidas humanas e prolongam a guerra", acrescentou na publicação.

Desde que o acordo de cessar-fogo durante o feriado de Páscoa foi proposto pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, no último sábado, 19, Zelensky afirma que os bombardeios continuam na Ucrânia, publicando em sua conta no X dados sobre os ataques.

O governo da Colômbia decretou emergência sanitária em todo o País por conta do aumento de casos de febre amarela no país. Segundo dados do Ministério da Saúde, até o sábado, 19, foram confirmados 54 casos da doença e 22 mortes só neste ano.

Considerando números também de 2024, já são 77 registros da doença dos quais 35 morreram.

Os casos se distribuem entre os departamentos de Tolima, que é o mais afetado, além de Huila, Cauca, Nariño, Putumayo, Caldas, Meta, Vaupés, e Caquetá.

A febre amarela é uma doença viral transmitida por mosquitos e tem entre os sintomas febre alta, de início súbito, dor de cabeça intensa e duradoura, falta de apetite, náuseas e dor no corpo, segundo o Ministério da Saúde brasileiro.

Nas formas graves, pode levar a insuficiência hepática e renal com agravamento da icterícia - coloração amarelada na parte branca dos olhos, além de hemorragias.

O governo colombiano ampliou a campanha de vacinação no País, com foco em crianças a partir de nove meses de idade e adultos a partir de 59 anos.

A vacinação é gratuita e fornece imunidade a partir do décimo dia da aplicação em 95% dos vacinados.

Os Emirados Árabes Unidos pediram que Israel não tome medidas que possam agravar as tensões no Oriente Médio em declaração divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores do país neste domingo, 20. Na declaração, o ministério responsabiliza as autoridades israelenses pela interrupção do cessar-fogo na região e pediu que se abstenham de medidas que possam agravar as tensões. No comunicado, os Emirados Árabes Unidos também afirmam "rejeição categórica a todas as práticas que violem o direito internacional e ameacem levar a uma maior escalada" do conflito na região.

A declaração dos Emirados Árabes Unidos ocorre após ameaças de invasão e fechamento da mesquita de Al-Aqsa, localizada em Jerusalém e foco histórico de tensões entre judeus e muçulmanos. Na declaração, os Emirados Árabes Unidos afirmaram haver necessidade de "proteção total aos locais sagrados islâmicos e cristãos" e de impedir violações no complexo da mesquita.

"Os Emirados Árabes Unidos condenam nos termos mais fortes os apelos extremistas para bombardear a Mesquita de Al-Aqsa e o Domo da Rocha e cometer violações contra os cristãos em Jerusalém. Também condenam veementemente as violações de Israel contra os cristãos em Jerusalém durante o Sábado Santo, incluindo a negação de acesso às igrejas e agressões físicas, alertando sobre as sérias repercussões dessas práticas arbitrárias, que ameaçam aumentar ainda mais as tensões na região", disse o país na declaração emitida pelo Ministério das Relações Exteriores.

Por fim, os Emirados Árabes Unidos apelaram à comunidade internacional por esforços para alcançar uma paz abrangente com base em dois Estados. A manifestação ocorre também depois de novos ataques das forças israelenses no Líbano, com Israel intensificando as ações militares na região.

Os Emirados Árabes Unidos são um dos países que atuam como mediadores do conflito em Gaza.