Viúvas de Marielle Franco e Anderson Gomes dizem que motivo do crime ainda precisa de resposta

Política
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As viúvas da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, assassinados em 2018 no Rio de Janeiro, afirmaram hoje que a motivação do crime precisa ser esclarecida após a prisão dos principais suspeitos.

A Polícia Federal prendeu hoje três suspeitos de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Foram presos, sob acusação de mandantes, o deputado Chiquinho Brazão (União-RJ) e o seu irmão Domingos, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Também foi preso o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio, sob suspeita de tentar proteger os mandantes.

"A motivação, para mim, é algo que ainda precisa ser melhor explicado. Acredito que quando tivermos acesso a todos os documentos poderemos chegar a uma conclusão", declarou, Monica Benicio, viúva de Marielle, em entrevista coletiva à imprensa na saída da sede da Polícia Federal no Rio.

Na mesma entrevista, Ágata Arnaus, viúva de Anderson Gomes, também frisou que o caso ainda precisa de respostas. "Depois de seis anos, esse é o momento mais perto a que já chegamos da Justiça, mas ainda não tem uma resposta clara sobre a motivação. Ainda não tem a história completa", disse.

Ambas estavam bastante emocionadas nas declarações, especialmente ao serem perguntadas sobre a prisão do delegado Rivaldo Barbosa, que era o chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, e suspeito de ter obstruído as investigações. Na época, Barbosa foi a primeira autoridade a se encontrar com a família das vítimas, prometendo prioridade nas investigações.

"Ver presas as pessoas que, antes, nos abraçaram e prometeram uma solução, foi um tapa na cara, foi pisotear. É profundo e doloroso", disse Ágata. "Vamos ver como as coisas ainda vão se desdobrar agora. A dor não vai passar nunca É desesperador".

"O nome de Rivaldo Barbosa para nós foi uma grande surpresa, considerando que foi a primeira autoridade a receber a família no dia seguinte", disse Monica. Na sua avaliação, o crime foi muito bem executado, o que dificultou as investimentos. "Mas também compreendíamos que falou vontade política para ser elucidado", disse.

Monica acrescentou que é preciso aguardar os desdobramentos da investigação para que todos os envolvidos sejam identificados. "Hoje foi um passo importante para democracia, para todo o Brasil. E também o início de nova luta para que todos sejam responsabilizados e identificados".

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O Vaticano disse ter tido uma "troca de opiniões" a respeito de "países afetados por guerra, tensões políticas e situações humanitárias difíceis, com atenção particular a migrantes, refugiados e prisioneiros" com o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance em agenda neste sábado, 19.

Em comunicado, a Santa Sé disse que o norte-americano foi recebido na Secretaria de Estado pelo Secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, acompanhado pelo arcebispo Paul Richard Gallagher, secretário de Relações com Estados e Organizações Internacionais. Não foi relatado nenhum encontro entre Vance e o Papa Francisco.

O comunicado pós-encontro afirmou ainda que "expressou-se a esperança por uma colaboração serena entre o Estado e a Igreja Católica nos Estados Unidos, cujo valioso serviço às pessoas mais vulneráveis foi reconhecido".

De acordo com a Associated Press, a declaração foi vista como uma referência à afirmação de Vance de que a Conferência dos Bispos Católicos dos EUA estava reassentando "imigrantes ilegais" para receber financiamento federal. A fala causou reação de altos cardeais dos EUA.

Vance é católico, mas já apresentou posições opostas às expressadas pelo Papa Francisco em assuntos como o tratamento dado a imigrantes ilegais.

O político está em Roma, onde assistiu aos serviços da Sexta-feira Santa na Basílica de São Pedro com a família após se encontrar com a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni. De lá, segue para a Índia. (COM INFORMAÇÕES DA ASSOCIATED PRESS)

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky publicou no X neste sábado, 18, que o país agirá em conformidade com as ações da Rússia, que ordenou uma trégua nos ataques durante o fim de semana de Páscoa. "Se a Rússia estiver agora subitamente disposta a empenhar-se verdadeiramente num formato de silêncio total e incondicional, a Ucrânia agirá em conformidade", escreveu Zelensky, que também defendeu prolongar o cessar-fogo por mais 30 dias.

Ele ressaltou que "a proposta correspondente de um cessar-fogo total e incondicional de 30 dias ficou sem resposta por parte da Rússia durante 39 dias. Os Estados Unidos fizeram esta proposta, a Ucrânia respondeu positivamente, mas a Rússia ignorou-a".

"Se um cessar-fogo total for realmente estabelecido, a Ucrânia propõe que seja prolongado para além do dia de Páscoa, 20 de abril. É isso que revelará as verdadeiras intenções da Rússia - porque 30 horas são suficientes para fazer manchetes, mas não para medidas genuínas de criação de confiança. Trinta dias poderiam dar uma oportunidade à paz", acrescentou Zelensky na publicação.

O presidente ucraniano escreveu ainda que as operações russas continuam no país ucraniano, de acordo com relatórios do comandante chefe,Oleksandr Syrskyi. "Espero que o comandante chefe Oleksandr Syrskyi apresente atualizações pormenorizadas às 21h30 e às 22h, na sequência das suas conversas com os comandantes de brigada e outras unidades na linha da frente sobre a situação em direções específicas", finalizou.

O empresário e chefe do Departamento de Eficiência Governamental dos Estados Unidos (DOGE, na sigla em inglês), Elon Musk, afirmou que pretende visitar a Índia ainda este ano depois de conversar com o primeiro-ministro indiano Narendra Modi.

"Foi uma honra falar com o primeiro-ministro Modi. Estou ansioso para visitar a Índia ainda este ano", escreveu em sua rede social, o X, ao compartilhar o comentário de Modi sobre a conversa.

Segundo o primeiro-ministro, ambos discutiram vários assuntos incluindo "o imenso potencial para colaboração nas áreas de tecnologia e inovação", disse citando reunião realizada em Washington, nos EUA, no início do ano. "A Índia permanece comprometida em avançar nossas parcerias com os EUA nesses domínios", completou.

As mensagens ocorrem às vésperas de o vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, visitar o país asiático onde se encontrará com Modi e passará pelas cidades de Nova Délhi, Jaipur e Agra. No momento, o vice-presidente está na Itália. De acordo com o governo norte-americano, ele discutirá "prioridades econômicas e geopolíticas compartilhadas" com os dois países.