Imprensa internacional repercute prisão de suspeitos de mandar matar Marielle Franco

Política
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Veículos de comunicação internacionais repercutiram a prisão de três suspeitos de envolvimento no assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL). Foram presos o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ), o irmão dele Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, e o ex-chefe de Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa. O crime aconteceu em 2018.

O jornal britânico The Guardian destacou em seu site que "dois políticos poderosos" e o ex-chefe da polícia do Rio de Janeiro foram presos, e que os papéis precisos dos irmãos Brazão e de Rivaldo Barbosa não estavam imediatamente claros. Na manhã de hoje, a nota constava na página inicial e estava entre as mais lidas do site do jornal. "Relatos locais afirmavam que Ronnie Lessa havia acusado Barbosa de autorizar o assassinato e garantir que os mentores nunca seriam pegos", diz a reportagem.

A Associated Press, que fornece notícias para diversos veículos de mídia ao redor do mundo, destacou que a prisão dos três suspeitos representa "um passo muito aguardado após anos de clamor da sociedade por justiça". A agência de notícias Reuters lembrou que Marielle era uma voz crítica sobre a violência policial no Rio de Janeiro e que "sua morte desencadeou protestos em todo o país por brasileiros cansados da violência endêmica".

A Polícia Federal em conjunto com a Procuradoria Geral da República (PGR) e com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) deflagrou a operação Murder Inc. e prendeu os três suspeitos na manhã deste domingo, 24, no Rio de Janeiro. Também foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão na capital carioca expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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O Hamas alertou nesta segunda-feira, 8, que a expansão das operações militares de Israel na Cidade de Gaza e o deslocamento de milhares de residentes poderiam ter "repercussões desastrosas" nas negociações que visam um cessar-fogo e a libertação de reféns israelenses.

O grupo militante disse num comunicado que o seu principal líder político, Ismail Haniyeh, alertou os mediadores sobre o "colapso" das negociações, dizendo que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o exército do país assumiriam "total responsabilidade".

A declaração foi feita dias depois de os dois lados parecerem ter reduzido as lacunas nas negociações de longa data que visam interromper os combates nove meses após o início da guerra em Gaza. Esperava-se que as negociações sobre um cessar-fogo fossem retomadas esta semana. O Hamas quer um acordo que garanta a saída total das tropas israelenses de Gaza e que a guerra termine.

Israel diz que não pode parar a guerra antes que o grupo militante palestino seja eliminado. O governo pós-guerra e o controle da segurança do enclave também têm sido questões controversas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira, 8, esperar que o grupo político do presidente francês, Emmanuel Macron, e as forças de esquerda do país europeu possam chegar a um acordo para governar.

O segundo turno das eleições legislativas francesas foram realizadas neste domingo. Os blocos de esquerda e de Macron conseguiram ficar à frente da extrema-direita, liderada por Marine Le Pen, mas nenhum dos dois grupos conseguiu maioria absoluta das vagas em disputa.

"Espero que o meu amigo Macron, que meu amigo Mélenchon Jean-Luc Mélenchon, líder do França Insubmissa, que meu amigo François Hollande e tantos outros companheiros na França se coloquem de acordo para montar um governo que possa atender aos interesses do povo francês", declarou o presidente brasileiro.

Há o temor de que o país europeu fique ingovernável com o Legislativo dividido em três grandes blocos. Esquerda e centro fizeram acordos eleitorais para barrar o avanço da extrema-direita, mas têm muitas divergências programáticas.

Lula mencionou a união contra o grupo de Le Pen. "Quando parecia que tudo estava confuso, tudo estava dando errado, o povo se manifesta, vai para a rua e diz 'queremos que os setores democráticos continuem governando a França'", comentou.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira, 8, que a única pessoa que sabe se Joe Biden tem condições de concorrer à reeleição para a presidência dos Estados Unidos é o próprio Biden. O americano está sendo pressionado a deixar a corrida eleitoral por ter demonstrado fragilidades contra Donald Trump, seu adversário.

"É muito difícil um cidadão de outro país dar palpite sobre a candidatura de outro presidente de outro país. Somente o Biden tem o direito de tomar uma posição sobre ele. Somente ele se conhece perfeitamente bem, sabe o que ele tem, o que ele não tem, se ele pode ou não pode", disse Lula.

O presidente brasileiro deu as declarações a jornalistas em Assunção, no Paraguai, onde foi participar de reunião com os demais líderes do Mercosul.