Ricardo Nunes exonera 7 ocupantes de cargos de chefia esta semana; veja quem sai e quem assume

Política
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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), deve promover sete trocas entre secretários e diretores nesta semana, quando se encerra o prazo de filiação partidária e desincompatibilização para disputar as eleições municipais de 2024. O Estadão apurou que cinco dessas mudanças envolvem diretamente o pleito, enquanto outros dois nomes devem sair na mesma leva, sem pretensões eleitorais. A maioria dos novos indicados será promovida internamente.

 

A principal novidade é o pedido de desligamento da secretária municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Aline Cardoso. Ex-vereadora de São Paulo pelo PSDB, ela comanda a pasta desde 2017 e esteve pressionada no cargo em outras oportunidades. Segundo uma fonte da Prefeitura, ela pediu demissão na sexta-feira, 29, e afirmou que gostaria que a troca ocorresse junto a de outros nomes por ocasião das eleições. Ainda não há substituto. Aline foi procurada por meio da sua assessoria nesta segunda-feira, 1º, mas não retornou o contato.

 

Outro que deve confirmar a troca alegando motivos pessoais é o secretário municipal de Urbanismo e Licenciamento, Marcos Gadelho. Para o seu lugar, a mais cotada é a arquiteta e professora da Universidade de São Paulo (USP) e da Fundação Armando Alvares Penteado (Faap) Elisabete França. Ela já foi secretária de Mobilidade e Transporte, por sete meses, em 2020, ainda na gestão do prefeito falecido Bruno Covas e atualmente é secretária executiva do programa de mananciais da prefeitura.

 

As demais alterações se referem ao prazo limite para ocupar cargos no Executivo de seis meses antes das eleições. O diretor-geral da Fundação Paulistana de Educação, Tecnologia e Cultura, Alexandre Pereira, será candidato a prefeito de Jundiaí. Ele é ex-deputado estadual de São Paulo e filho do deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade), aliado de Nunes. O cargo deve ir para o atual chefe de gabinete, Pedro Nepomuceno, também ligado ao movimento sindical e ao partido.

 

A secretária de Cultura, Aline Torres, o secretário de Assistência Social, Carlos Bezerra Júnior, e a secretária de Segurança Urbana Elza Paulina disputam, todos eles, o primeiro ou um novo mandato de vereador na Câmara Municipal de São Paulo. As duas titulares devem disputar as eleições pelo MDB, enquanto Bezerra, que está licenciado e voltará ao exercício do mandato até sexta, deve migrar do PSDB para o PSD de Gilberto Kassab.

 

No caso de Bezerra, a substituta já foi anunciada publicamente pelo prefeito em um "convite surpresa" durante uma agenda externa no Dia Internacional da Mulher: será a chefe de gabinete Marcelina Conceição dos Santos, conhecida como Ciça. A tendência na Cultura é que Nunes escolha uma pessoa indicada internamente, enquanto a Pasta de Segurança estaria entre o adjunto Junior Fagotti, que é advogado, e o coronel da reserva da Polícia Militar Ricardo Mello Araújo, ex-comandante da Rota e diretor da Ceagesp.

 

O militar é o preferido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para o posto de vice de Nunes em outubro, mas enfrenta resistência não só de aliados do emedebista, como também de uma ala do PL ligada ao presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Neste momento, dar a secretaria ao aliado de Bolsonaro seria um aceno ao grupo, mas também pode ser lido como um sinal de enfraquecimento do nome como vice. Para ser candidato a vice-prefeito, um secretário tem que se afastar do cargo até no máximo 4 meses antes do pleito.

 

Completando a lista, o presidente da SP Urbanismo, Cesar Azevedo, também deve deixar o posto para concorrer a vereador na cidade. Ele chegou a ser secretário de Urbanismo da prefeitura, mas perdeu o posto para Gadelho, desgastado por derrotas na Justiça referentes à revisão do Plano Diretor, há dois anos. Azevedo deve ser substituído pelo diretor de Desenvolvimento Urbano da empresa municipal, Pedro Martin Fernandes, visto como um nome técnico da pasta.

 

A tendência é que a lista seja fechada até a próxima quarta-feira, 3, quando ocorre uma reunião mensal do secretariado com o prefeito para um balanço de metas. Internamente, a busca por soluções caseiras para os cargos vagos de chefia é entendida como natural em ano de eleição. Também não houve mudanças de composição da base do governo e do arco de alianças em 2024 que justificasse "grandes solavancos" no primeiro escalão da prefeitura paulistana, aponta uma fonte consultada pela reportagem.

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Donald Trump disse nesta sexta-feira, 14, ter tido uma conversa "produtiva" com o presidente russo, Vladimir Putin, a quem fez um estranho pedido: poupar a vida dos soldados ucranianos cercados na região russa de Kursk. "Pedi que ele poupasse a vida deles", escreveu Trump nas redes sociais. Imediatamente, Putin acrescentou mais um item à sua lista de exigências para aceitar uma trégua: que as tropas da Ucrânia que ocupam parte da Rússia se rendessem.

O único problema dessa troca amistosa de gentilezas é que analistas independentes e militares ucranianos não sabem sobre o que eles estão falando, já que não há tropas cercadas em Kursk - embora as forças russas estejam avançando e retomando parte do território ocupado em uma ofensiva ucraniana, lançada no ano passado.

Michael Kofman, analista militar do centro de estudos Carnegie Endowment, descreveu as ameaças às tropas ucranianas como "ficção". Até mesmo os blogueiros militares russos lançaram dúvidas sobre a alegação, dizendo que "não há sinais de um cerco visível".

Putin, no entanto, insistiu na ideia. "Para que o pedido de Trump seja efetivamente implementado, os líderes da Ucrânia precisavam ordenar que suas unidades militares deponham as armas e se rendam em Kursk", disse Putin, em discurso televisionado.

Lista

Além da rendição dos ucranianos em Kursk, o Kremlin informou ontem que Putin entregou uma série de mensagens ao enviado especial de Trump, Steve Witkoff, para serem transmitidas ao presidente dos EUA. Witkoff se reuniu com Putin em Moscou, na quinta-feira, para apresentar oficialmente a proposta de cessar-fogo na Ucrânia.

O próximo passo, segundo o Kremlin, seria uma nova conversa entre Putin e Trump, o que europeus e ucranianos apontam como uma manobra da Rússia para prolongar a campanha militar e ganhar mais território da Ucrânia antes de negociar um acordo de paz.

"Putin transmitiu por meio de Witkoff informações e indicações complementares, dirigidas ao presidente Trump", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov. "Quando ele entregar todas as informações a Trump, determinaremos o momento para uma conversa entre os dois presidentes."

Estratégia

A posição reticente de Moscou em aceitar o cessar-fogo de 30 dias mostra a falta de urgência de Moscou em interromper a guerra. Embora o Kremlin afirme que Putin "concorde" e seja "solidário" com a proposta de Trump, ele exige o cumprimento de certas precondições, incluindo a devolução de Kursk e a definição sobre quem supervisionará o cessar-fogo.

Tudo isso engrossa uma lista com outras exigências: o veto à entrada da Ucrânia na Otan, a desmilitarização e a neutralidade do país e o reconhecimento da soberania russa sobre as regiões ucranianas ocupadas durante o conflito.

A falta de um sinal verde imediato de Putin à proposta americana provocou reações. O chanceler da Ucrânia, Andrii Sybiha, afirmou que as declarações da Rússia sobre o plano de cessar-fogo mostram que o Kremlin "deseja continuar a guerra". O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, afirmou ontem que as exigências russas apenas "complicam e arrastam o processo".

"A Rússia é a única parte que quer que a guerra continue e as negociações sejam interrompidas", disse Zelenski. "Putin não acabará com a guerra por conta própria. Mas a força dos EUA é suficiente para que isso aconteça."

Conquista

Outra explicação para a falta de interesse de Putin no cessar-fogo pode estar nos relatórios confidenciais da inteligência dos EUA analisados e divulgados ontem pelo Washington Post. Os documentos mostram que a Rússia não desistiu de seu objetivo maximalista de dominar totalmente a Ucrânia. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou que o Acordo de Parceria Estratégica e Cooperação entre Rússia e Venezuela foi "totalmente acordado" e está pronto para ser assinado. A declaração foi feita durante uma videoconferência com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em comemoração aos 80 anos de relações diplomáticas entre os dois países.

"Estou satisfeito em anunciar que o Acordo de Parceria Estratégica e Cooperação entre nossos países foi totalmente acordado", afirmou Putin. Segundo o líder russo, o pacto "criará uma base sólida para a expansão de nossos laços multifacetados a longo prazo" e poderá ser formalizado durante uma visita de Maduro à Rússia, em data ainda a ser definida.

Putin também convidou Maduro para as celebrações do 80º aniversário da Vitória na Grande Guerra Patriótica, em 9 de maio, em Moscou. O presidente russo destacou que a Venezuela apoiou a União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial, fornecendo combustíveis e outros materiais essenciais para o esforço de guerra.

Além disso, Putin ressaltou a convergência de posições entre os dois países em temas internacionais. "Juntos, nos opomos a qualquer manifestação de neonazismo e neocolonialismo. Agradecemos que a Venezuela apoie as iniciativas russas relevantes em fóruns multilaterais", afirmou. Ele acrescentou que ambos os países buscam "construir uma ordem mundial mais justa" e promover "a igualdade soberana dos Estados e a cooperação mutuamente benéfica sem interferência externa".

O presidente russo reafirmou ainda o compromisso de Moscou com Caracas. "A Rússia fará e continuará fazendo tudo o que for possível para tornar nossos esforços conjuntos nas esferas comercial, econômica, científica, técnica, cultural e humanitária ainda mais próximos e abrangentes", declarou.

Um grupo de democratas, liderado pelo líder da minoria do Senado, Chuck Schumer, ajudou os republicanos para que projeto de lei para financiar o governo até setembro avançasse, evitando uma paralisação, mas deixando os democratas desanimados e profundamente divididos sobre como resistir à agenda agressiva do presidente Trump.

O parlamentar de Nova York e outros nove membros da bancada democrata romperam com a maioria de seu partido em uma votação processual para uma medida de financiamento de US$ 1,7 trilhão, levando a um placar de 62 a 38, acima do limite necessário de 60 votos para que um projeto de lei passe pelo Senado. Um republicano, o senador Rand Paul de Kentucky, votou não. Uma votação final é esperada para o final do dia.

Na votação final subsequente que exigiu apenas uma maioria simples, o Senado aprovou o projeto de lei por 54-46, em grande parte de acordo com as linhas partidárias. Agora, ele segue para sanção do presidente Donald Trump.

O resultado no Senado, onde os republicanos têm uma maioria de 53-47, ressaltou o quão pouco poder os democratas têm para resistir aos planos de Trump e alimentou a crescente frustração nas fileiras do partido sobre sua diretriz e liderança. Em seus primeiros 50 dias de mandato, Trump se moveu para cortar drasticamente a força de trabalho federal e controlar a ajuda externa, ao mesmo tempo em que preparava o cenário para um pacote de cortes de impostos, reduções de gastos e gastos maiores com defesa da fronteira.

Schumer, que enfrentou duras críticas de seu próprio partido ao longo do dia, disse que o projeto de lei do Partido Republicano era a melhor de duas escolhas ruins. Ele argumentou que bloquear a medida e arriscar uma paralisação teria permitido que Trump e o Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), comandado por Elon Musk, acelerassem a reestruturação de agências federais, citando o poder da administração durante um gap de financiamento para determinar quais funcionários e serviços são essenciais ou não essenciais.