Datena se filia ao PSDB sem definir se será vice de Tabata

Política
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O apresentador de TV José Luiz Datena deixou o PSB e se filiou nesta quinta-feira, 4, ao PSDB, seu 11.º partido. Segundo ele, o movimento foi articulado pela pré-candidata à Prefeitura de São Paulo Tabata Amaral (PSB), que participou do ato de filiação, na capital paulista. Datena disse que sua vontade é estar ao lado da deputada na disputa, mas não cravou que será vice na chapa. O PSDB também não bateu o martelo sobre uma aliança com Tabata ou uma candidatura própria encabeçada pelo jornalista.

 

"Não depende só de nós", afirmou Datena. "A minha vontade é estar ao lado da Tabata. Agora, estou em um partido que está conversando com o partido que era meu partido. O futuro a Deus pertence." Mais cedo, ele havia dito a jornalistas que seu desejo é disputar o Senado em 2026 e não descartou que poderia encabeçar uma chapa tucana.

 

Apesar da indefinição, Datena declarou que sua filiação ocorre para aproximar PSDB e PSB. A deputada acenou aos tucanos e afirmou que o partido tem os melhores quadros em São Paulo. "A gente sabe que esse é um movimento coletivo, pensando em São Paulo, e só por isso a gente não brigou um pouquinho mais por você", disse Tabata a Datena. "A maior prova que ela adora o PSDB é que ela me colocou aqui", emendou o jornalista.

 

O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, não compareceu ao evento, mas enviou mensagem na qual disse que a chegada de Datena dá "vida nova" ao partido.

 

Desconhecimento

 

A equipe de Tabata entende que ter Datena na chapa a ajudaria a se tornar mais conhecida, principalmente entre as classes C e D, e reforçaria o discurso sobre segurança pública, tema considerado crucial neste ano.

 

Além disso, eventual aliança com o PSDB tiraria a pré-candidatura do PSB do isolamento - até agora Tabata não tem apoio de nenhuma outra legenda. Atualmente, seus principais adversários em outubro são o deputado Guilherme Boulos (PSOL), nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa, e o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que tem apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

 

Datena acumula recuos eleitorais e permaneceu menos de quatro meses no PSB. Sua primeira legenda foi o PT, de 1992 a 2015. Desde então, passou por oito siglas em um intervalo de oito anos: PP, PRP (extinto), DEM, MDB, PSL, PSC, União Brasil e PDT.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O presidente do Chile, Gabriel Boric, condenou o ataque feito à usina hidrelétrica Rucalhue, que está sendo construída no rio Biobío, na região centro-sul do país, na madrugada deste domingo, 20, quando 52 veículos foram incendiados no local.

"Assim como fizemos em outros casos, perseguiremos e encontraremos os responsáveis que deverão responder perante a justiça. Continuaremos trabalhando sem recuar para erradicar todas as formas de violência", disse o mandatário em publicação na rede social X.

De acordo com o adido de Polícia do Chile, Renzo Miccono, indivíduos armados invadiram a localidade por volta das 2h30 da madrugada, ameaçaram quatro guardas de segurança e depois atearam fogo a máquinas.

O empreendimento terá 90 megawatts (MW) de capacidade e enfrenta resistência de povos originários locais e de ambientalistas. No último dia 03 de abril, a Corte de Apelações de Concepción negou dois recursos que pediam a paralisação das obras.

De acordo com a Associated Press, a região do Biobío já havia sido palco de outro ataque incendiário no último dia 7 de abril, quando duas residências e um galpão foram destruídos. Segundo autoridades, o ataque foi reivindicado pela Resistência Mapuche Lafkenche (RML).

A empresa responsável pelo projeto, Rucalhue Energía SpA, controlada da China International Water & Electric Corp (CWE), afirmou que está colaborando com as autoridades para encontrar os responsáveis e reforçar as medidas de segurança.

"Por sorte, não houve feridos graves. No entanto, os danos materiais são significativos. Uma avaliação completa das perdas está sendo feita", disse a companhia em comunicado, acrescentando que o projeto segue toda a regulamentação ambiental, social e técnica.

*Com informações da Associated Press.

O Exército de Israel afirmou que errou ao matar 15 socorristas na Faixa de Gaza. De acordo com relatório sobre o incidente, que ocorreu em 23 de março, foram identificadas "várias falhas profissionais, violações de ordens e uma falha em relatar completamente o incidente", informou a autoridade militar neste domingo, 20.

Na ocasião, uma ambulância em busca de pessoas feridas por um ataque aéreo israelense foi alvo de tiros em um bairro na cidade de Rafah, que fica na fronteira com o Egito. Quando outras ambulâncias chegaram para procurar a equipe desaparecida, também foram alvo de tiros.

"A investigação determinou que o fogo nos dois primeiros incidentes resultou de um mal-entendido operacional pelas tropas, que acreditavam enfrentar uma ameaça tangível por parte das forças inimigas", disse o exército israelense em referência a um possível veículo policial do Hamas.

Israel disse que demitiu o comandante adjunto do Batalhão de Reconhecimento Golani, por fornecer "um relatório incompleto e impreciso durante o debriefing" e repreendeu o oficial comandante da 14ª Brigada, citando sua responsabilidade geral.

Para Jonathan Whittall, chefe do escritório humanitário das Nações Unidas em Gaza e na Cisjordânia, a investigação militar israelense careceu de responsabilização. "Corremos o risco de continuar assistindo a atrocidades se desenrolarem, e as normas destinadas a nos proteger, se erodindo". Fonte: Dow Jones Newswires.

Em nova publicação no X, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que bombardeios russos chegam a 1.355. "Já houve 67 ataques russos contra nossas posições em várias direções, com o maior número na direção de Pokrovsk. Houve um total de 1.355 casos de bombardeios russos, dos quais 713 envolveram armamento pesado", escreveu, citando relatório do comandante-chefe do exército do país, Oleksandr Syrskyi.

Zelensky também disse que a Ucrânia propõe cessar-fogo de 30 dias, com a possibilidade de prorrogação. "A Ucrânia propõe o fim de qualquer ataque com drones e mísseis de longo alcance contra a infraestrutura civil por um período de pelo menos 30 dias, com a possibilidade de prorrogação."

O presidente ucraniano também afirmou que, "se a Rússia não concordar com essa medida, isso será uma prova de que ela pretende continuar fazendo apenas coisas que destroem vidas humanas e prolongam a guerra", acrescentou na publicação.

Desde que o acordo de cessar-fogo durante o feriado de Páscoa foi proposto pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, no último sábado, 19, Zelensky afirma que os bombardeios continuam na Ucrânia, publicando em sua conta no X dados sobre os ataques.