Bloqueado no Brasil, Allan dos Santos faz live no X após embate entre Musk e Moraes

Política
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Mesmo com as contas retidas no País, o blogueiro Allan dos Santos, investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e foragido da Justiça brasileira, fez uma transmissão ao vivo no X (antigo Twitter) na noite deste domingo, 7. A live ocorreu após o bilionário Elon Musk, proprietário da rede social desafiar o ministro da Corte Alexandre de Moraes.

 

A transmissão, feita no perfil do "Terça Livre", blog de Allan que também está com o acesso restrito a usuários brasileiros, teve início às 22h e durou cerca de uma hora. A conta no X aparece com restrição novamente na manhã desta segunda, 8.

 

Durante a live, Allan dos Santos proferiu novas ofensas contra Moraes e prometeu que vai retomar as atividades do blog "Terça Livre" para apoiar candidatos de direita nas eleições municipais de 2024.

 

Em outubro de 2021, Alexandre de Moraes mandou o X bloquear o "Terça Livre" e o perfil pessoal de Allan. Os perfis passaram a ficar visíveis apenas para usuários que estão fora do País. Apesar da determinação para restrição das contas no Brasil, o blogueiro cria sucessivos perfis e divulga para seus apoiadores. No Instagram, já foram criadas 40 contas, derrubadas pela plataforma.

 

Allan dos Santos é alvo de dois inquéritos no STF, sobre milícias digitais e ofensas a ministros da Corte, por propagação de desinformação. Contra ele, há um mandado de prisão preventiva, além de uma ordem de extradição. O endereço residencial de Allan no Brasil já foi alvo de busca e apreensão pela Polícia Federal (PF). O blogueiro mora nos Estados Unidos e está foragido da Justiça brasileira.

 

Desde o início do inquérito das milícias digitais, relatado por Moraes, perfis como os de Allan dos Santos, do empresário Luciano Hang e do ex-deputado Daniel Silveira estão com o acesso retido a usuários com IPs brasileiros. IP é a sigla para "Internet Protocol" e permite que um site identifique a origem geográfica do internauta.

 

No domingo, 7, a deputada federal Julia Zanatta (PL-SC) disse em publicação no X que conseguiu assistir à transmissão de Allan dos Santos. Em resposta, alguns seguidores falaram que não estavam visualizando live. Outros usuários relataram que a transmissão estava acessível dispensando o uso de VPN (sigla em inglês para "rede privada virtual"), uma ferramenta que permite a um usuário do Brasil emular um IP de um país estrangeiro e que vem sendo utilizada por seguidores de Allan e demais bolsonaristas retidos para burlar a decisão judicial de Moraes. O uso de VPN foi estimulado por Musk no domingo.

 

Na madrugada de sábado, 6, Elon Musk sugeriu a renúncia ou o impeachment do ministro Alexandre de Moraes e, ainda que não tenha dito verbalmente que descumprirá medidas judiciais como as que retém os perfis de Santos, afirmou que "princípios são mais importantes do que o lucro".

 

Musk tornou-se o proprietário do Twitter em outubro de 2022 e, no controle da empresa, mudou o nome da rede social para X e afrouxou as políticas do site para a restrição de conteúdos por discurso de ódio e desinformação. No sábado, Moraes incluiu o empresário do ramo aeroespacial no inquérito das milícias digitais, uma das investigações que mira Santos. Segundo o ministro, Musk deve ser investigado por "dolosa instrumentalização" do site.

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou que o Acordo de Parceria Estratégica e Cooperação entre Rússia e Venezuela foi "totalmente acordado" e está pronto para ser assinado. A declaração foi feita durante uma videoconferência com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em comemoração aos 80 anos de relações diplomáticas entre os dois países.

"Estou satisfeito em anunciar que o Acordo de Parceria Estratégica e Cooperação entre nossos países foi totalmente acordado", afirmou Putin. Segundo o líder russo, o pacto "criará uma base sólida para a expansão de nossos laços multifacetados a longo prazo" e poderá ser formalizado durante uma visita de Maduro à Rússia, em data ainda a ser definida.

Putin também convidou Maduro para as celebrações do 80º aniversário da Vitória na Grande Guerra Patriótica, em 9 de maio, em Moscou. O presidente russo destacou que a Venezuela apoiou a União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial, fornecendo combustíveis e outros materiais essenciais para o esforço de guerra.

Além disso, Putin ressaltou a convergência de posições entre os dois países em temas internacionais. "Juntos, nos opomos a qualquer manifestação de neonazismo e neocolonialismo. Agradecemos que a Venezuela apoie as iniciativas russas relevantes em fóruns multilaterais", afirmou. Ele acrescentou que ambos os países buscam "construir uma ordem mundial mais justa" e promover "a igualdade soberana dos Estados e a cooperação mutuamente benéfica sem interferência externa".

O presidente russo reafirmou ainda o compromisso de Moscou com Caracas. "A Rússia fará e continuará fazendo tudo o que for possível para tornar nossos esforços conjuntos nas esferas comercial, econômica, científica, técnica, cultural e humanitária ainda mais próximos e abrangentes", declarou.

Um grupo de democratas, liderado pelo líder da minoria do Senado, Chuck Schumer, ajudou os republicanos para que projeto de lei para financiar o governo até setembro avançasse, evitando uma paralisação, mas deixando os democratas desanimados e profundamente divididos sobre como resistir à agenda agressiva do presidente Trump.

O parlamentar de Nova York e outros nove membros da bancada democrata romperam com a maioria de seu partido em uma votação processual para uma medida de financiamento de US$ 1,7 trilhão, levando a um placar de 62 a 38, acima do limite necessário de 60 votos para que um projeto de lei passe pelo Senado. Um republicano, o senador Rand Paul de Kentucky, votou não. Uma votação final é esperada para o final do dia.

Na votação final subsequente que exigiu apenas uma maioria simples, o Senado aprovou o projeto de lei por 54-46, em grande parte de acordo com as linhas partidárias. Agora, ele segue para sanção do presidente Donald Trump.

O resultado no Senado, onde os republicanos têm uma maioria de 53-47, ressaltou o quão pouco poder os democratas têm para resistir aos planos de Trump e alimentou a crescente frustração nas fileiras do partido sobre sua diretriz e liderança. Em seus primeiros 50 dias de mandato, Trump se moveu para cortar drasticamente a força de trabalho federal e controlar a ajuda externa, ao mesmo tempo em que preparava o cenário para um pacote de cortes de impostos, reduções de gastos e gastos maiores com defesa da fronteira.

Schumer, que enfrentou duras críticas de seu próprio partido ao longo do dia, disse que o projeto de lei do Partido Republicano era a melhor de duas escolhas ruins. Ele argumentou que bloquear a medida e arriscar uma paralisação teria permitido que Trump e o Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), comandado por Elon Musk, acelerassem a reestruturação de agências federais, citando o poder da administração durante um gap de financiamento para determinar quais funcionários e serviços são essenciais ou não essenciais.

O Hamas disse nesta sexta-feira, 14, que aceitou uma proposta dos mediadores para libertar um refém americano-israelense vivo e os corpos de quatro pessoas de dupla nacionalidade que morreram em cativeiro. O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, lançou dúvidas sobre a oferta, acusando o Hamas de tentar manipular as negociações em andamento no Catar sobre a próxima etapa do cessar-fogo em Gaza.

O grupo não especificou imediatamente quando a libertação do soldado Edan Alexander e dos quatro corpos aconteceria - ou o que espera receber em troca. Também não é claro quais mediadores propuseram o que o Hamas estava discutindo. O Egito, Catar e EUA têm orientado as negociações, e nenhum deles confirmou ter feito a sugestão até a noite de sexta-feira.

Autoridades dos EUA, incluindo o enviado Steve Witkoff, disseram que apresentaram uma proposta na quarta-feira para estender o cessar-fogo por mais algumas semanas enquanto os lados negociam uma trégua permanente. O gabinete de Netanyahu declarou que Israel "aceitou o esboço de Witkoff e mostrou flexibilidade", mas que o Hamas se recusou a fazê-lo.