CGU põe sob processo disciplinar agentes e delegado da PF cedidos à Abin de Ramagem

Política
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A Controladoria-Geral da União abriu processos administrativos disciplinares para investigar dois agentes e um delegado da Polícia Federal 'por se ausentarem ao serviço por mais de 60 dias' quando estiveram cedidos à Agência Brasileira de Inteligência, sob a gestão do hoje deputado Alexandre Ramagem. Dois deles estão suspensos por serem investigados no inquérito sobre a 'Abin paralela' montada no governo Jair Bolsonaro.

 

A CGU vai analisar as condutas de Marcelo Araújo Bormevet, Felipe Arlotta Freitas e Eliomar da Silva Pereira entre 2021 e 2022, em procedimento que tem previsão de durar 60 dias. O despacho de abertura das apurações administrativas foi publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira, dia 11 de abril de 2024.

 

Marcelo Araújo Bormevet, agente de PF desde 2005, e Felipe Arlotta Freitas, que ingressou na corporação em 2006, foram afastados de suas funções por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, no bojo da investigação sobre o serviço clandestino de 'contraintelige^ncia' instalado na Abin do governo Bolsonaro.

 

Bormevet trabalhou no núcleo que socorreu Bolsonaro na facada em Juiz de Fora (MG). Em 2020, o Estadão mostrou que, nas redes sociais, o agente fazia militância virtual e elogiava os filhos do então presidente nas redes sociais.

 

Já Eliomar da Silva Pereira, é delegado da PF desde 2003, tendo atuado na Abin entre 2021 e 2022. À época, ele ficou lotado no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para a Segurança das Comunicações.

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O presidente da França, Emmanuel Macron, disse nesta sexta-feira, 14, que a Rússia deve aceitar a proposta feita pelos EUA, e já aprovada pela Ucrânia, de um cessar-fogo de 30 dias.

"A agressão russa na Ucrânia deve acabar. Os abusos devem acabar. As declarações dilatórias também", escreveu Macron na rede social X.

O presidente francês afirmou que conversou hoje com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, após o progresso alcançado na reunião entre os EUA e a Ucrânia em Jeddah, na Arábia Saudita, na terça-feira.

"Amanhã, continuaremos trabalhando para fortalecer o apoio à Ucrânia e por uma paz forte e duradoura", acrescentou Macron.

Em comunicado conjunto divulgado após reunião nesta sexta-feira, 14, os ministros das Relações Exteriores do G7 destacaram que o grupo "não está tentando prejudicar a China ou frustrar seu crescimento econômico". O bloco afirmou que "uma China crescente, que jogue de acordo com as regras e normas internacionais, seria de interesse global". No entanto, o G7 expressou preocupação com as "políticas e práticas não comerciais da China", que estão levando a "capacidade excessiva prejudicial e distorções de mercado".

O grupo também pediu que a China "se abstenha de adotar medidas de controle de exportação que possam levar a interrupções significativas nas cadeias de suprimentos".

Coreia do Norte

Além das críticas à China, o G7 voltou sua atenção para a Coreia do Norte, exigindo que o país "abandone todas as suas armas nucleares e quaisquer outras armas de destruição em massa, bem como programas de mísseis balísticos, de acordo com todas as resoluções relevantes do Conselho de Segurança da ONU".

O grupo também expressou "sérias preocupações" com os roubos de criptomoedas realizados pelo regime norte-coreano e pediu a resolução imediata do problema dos sequestros de cidadãos estrangeiros.

América Latina

Em relação à América Latina, o G7 reiterou seu "apelo pela restauração da democracia na Venezuela", alinhado com as "aspirações do povo venezuelano que votou pacificamente por mudanças".

O grupo condenou a "repressão e detenções arbitrárias ou injustas de manifestantes pacíficos, incluindo jovens, pelo regime de Nicolás Maduro", e exigiu a "libertação incondicional e imediata de todos os presos políticos".

O comunicado também destacou que as ações de navios venezuelanos que ameaçam embarcações comerciais da Guiana são "inaceitáveis" e uma "violação dos direitos soberanos internacionalmente reconhecidos da Guiana".

Questionado sobre a possibilidade da adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) ter sido "retirada da mesa", o secretário-geral da aliança, Mark Rutte, confirmou a informação e afirmou que as relações com a Rússia devem ser normalizadas após o fim da guerra na Ucrânia. No entanto, ele destacou a necessidade de manter a pressão sobre Moscou.

"É normal que, se a guerra parar de alguma forma, tanto para a Europa quanto para os EUA, gradualmente se restaurarem relações normais com a Rússia. Mas ainda não chegamos lá, precisamos manter a pressão sobre eles", disse Rutte em entrevista à Bloomberg, enfatizando a importância de garantir que Moscou leve a sério as negociações para um cessar-fogo.

Rutte também afirmou que seria "difícil" para a Otan se envolver diretamente em um possível cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, mas destacou que a organização poderia "oferecer conselhos" às partes envolvidas nas conversas.

Ele se declarou "cautelosamente otimista" de que a paz possa ser alcançada ainda neste ano.