Gleisi: Ainda não há discussão no PT sobre nome que vai suceder Lira na Câmara

Política
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A presidente do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann (PR), disse nesta terça-feira, 16, que, dentro do partido, ainda não há uma discussão sobre nome para disputar a sucessão de Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara dos Deputados. Segundo a petista, até o momento, também não há veto a nenhum possível candidato.

"Não temos essa discussão ainda e não temos veto a ninguém. O que dirige nossa posição na presidência da Câmara são alguns compromissos que o próximo presidente tem que ter. Nós não vamos exigir definição ideológico, apoio a todas nossas ideias, não, mas alguns compromissos", disse em entrevista à Globonews.

Lira deve deixar o cargo de presidente da Casa no inicio de 2025, quando será realizada uma nova eleição. Ao ser questionada sobre uma candidatura pelo PT, a deputada afirmou que, a principio, não tem uma definição, mas também não descarta possibilidade. "Não temos isso como objetivo, mas se for necessário para fazer o debate ou uma disputa na Casa, não vemos problema."

A deputada também já sinalizou quais serão os critérios que devem levar o partido a apoiar um possível nome. Segundo ela, candidato precisa ter estabilidade na Casa, respeito com os partidos e o tamanho das bancadas, além de previsibilidade nas pautas e discussões das sessões. "Ter estabilidade na Casa, para dar estabilidade ao governo e ao país. Isso não quer dizer que tem que concordar com tudo, mas ter uma relação que permita muito dialogo, que permita muitas negociações e que ajude a enfrentar os problemas.

"Segundo, respeitar os partidos e os tamanhos da bancadas. O PT é a segunda maior bancada, então, é obvio que o PT, por ser essa bancada, quer se ver representado nos espaços que a Câmara tem. Então, nós não queremos que tenha nada de subterfugio para nos tirar direitos que nós temos como bancada. Terceiro, ter o mínimo de previsibilidade nas pautas e discussões que a Casa vai ter. Não dá pra chegar 15 minutos antes da sessão ser instalada sem conhecer a pauta"

Competitividade nas eleições

Nesta segunda-feira, ainda à Globonews, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou que, com o crescimento da polarização política, "não tem ninguém imbatível" nas urnas. Quando questionada se concorda com posicionamento do ministro, a presidente do PT destacou a competitividade de Lula e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como algo que nenhum outro candidato tem.

"Em relação a eleição, a palavra não é imbatível, mas, sim, competitivo. Eu não vejo, hoje, dentro do nosso campo, alguém mais competitivo que o presidente Lula para disputar as eleições. Ele tem ligação com a base da sociedade, com o povo, tem o histórico, respeitabilidade, grau de confiança. Assim, como para o lado do Bolsonaro, também vejo pouca gente que tenha essa competitividade como ele tem", explicou.

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O Vaticano disse ter tido uma "troca de opiniões" a respeito de "países afetados por guerra, tensões políticas e situações humanitárias difíceis, com atenção particular a migrantes, refugiados e prisioneiros" com o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance em agenda neste sábado, 19.

Em comunicado, a Santa Sé disse que o norte-americano foi recebido na Secretaria de Estado pelo Secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, acompanhado pelo arcebispo Paul Richard Gallagher, secretário de Relações com Estados e Organizações Internacionais. Não foi relatado nenhum encontro entre Vance e o Papa Francisco.

O comunicado pós-encontro afirmou ainda que "expressou-se a esperança por uma colaboração serena entre o Estado e a Igreja Católica nos Estados Unidos, cujo valioso serviço às pessoas mais vulneráveis foi reconhecido".

De acordo com a Associated Press, a declaração foi vista como uma referência à afirmação de Vance de que a Conferência dos Bispos Católicos dos EUA estava reassentando "imigrantes ilegais" para receber financiamento federal. A fala causou reação de altos cardeais dos EUA.

Vance é católico, mas já apresentou posições opostas às expressadas pelo Papa Francisco em assuntos como o tratamento dado a imigrantes ilegais.

O político está em Roma, onde assistiu aos serviços da Sexta-feira Santa na Basílica de São Pedro com a família após se encontrar com a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni. De lá, segue para a Índia. (COM INFORMAÇÕES DA ASSOCIATED PRESS)

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky publicou no X neste sábado, 18, que o país agirá em conformidade com as ações da Rússia, que ordenou uma trégua nos ataques durante o fim de semana de Páscoa. "Se a Rússia estiver agora subitamente disposta a empenhar-se verdadeiramente num formato de silêncio total e incondicional, a Ucrânia agirá em conformidade", escreveu Zelensky, que também defendeu prolongar o cessar-fogo por mais 30 dias.

Ele ressaltou que "a proposta correspondente de um cessar-fogo total e incondicional de 30 dias ficou sem resposta por parte da Rússia durante 39 dias. Os Estados Unidos fizeram esta proposta, a Ucrânia respondeu positivamente, mas a Rússia ignorou-a".

"Se um cessar-fogo total for realmente estabelecido, a Ucrânia propõe que seja prolongado para além do dia de Páscoa, 20 de abril. É isso que revelará as verdadeiras intenções da Rússia - porque 30 horas são suficientes para fazer manchetes, mas não para medidas genuínas de criação de confiança. Trinta dias poderiam dar uma oportunidade à paz", acrescentou Zelensky na publicação.

O presidente ucraniano escreveu ainda que as operações russas continuam no país ucraniano, de acordo com relatórios do comandante chefe,Oleksandr Syrskyi. "Espero que o comandante chefe Oleksandr Syrskyi apresente atualizações pormenorizadas às 21h30 e às 22h, na sequência das suas conversas com os comandantes de brigada e outras unidades na linha da frente sobre a situação em direções específicas", finalizou.

O empresário e chefe do Departamento de Eficiência Governamental dos Estados Unidos (DOGE, na sigla em inglês), Elon Musk, afirmou que pretende visitar a Índia ainda este ano depois de conversar com o primeiro-ministro indiano Narendra Modi.

"Foi uma honra falar com o primeiro-ministro Modi. Estou ansioso para visitar a Índia ainda este ano", escreveu em sua rede social, o X, ao compartilhar o comentário de Modi sobre a conversa.

Segundo o primeiro-ministro, ambos discutiram vários assuntos incluindo "o imenso potencial para colaboração nas áreas de tecnologia e inovação", disse citando reunião realizada em Washington, nos EUA, no início do ano. "A Índia permanece comprometida em avançar nossas parcerias com os EUA nesses domínios", completou.

As mensagens ocorrem às vésperas de o vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, visitar o país asiático onde se encontrará com Modi e passará pelas cidades de Nova Délhi, Jaipur e Agra. No momento, o vice-presidente está na Itália. De acordo com o governo norte-americano, ele discutirá "prioridades econômicas e geopolíticas compartilhadas" com os dois países.