PSDB prevê lançamento de Datena semana que vem; Tabata diz ter 'paciência' e revela ceticismo

Política
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O PSDB planeja lançar a pré-candidatura de José Luiz Datena (PSDB) à Prefeitura de São Paulo na próxima semana. Apesar disso, a deputada Tabata Amaral (PSB) disse nesta sexta-feira, 7, que está com "muita paciência" e demonstrou ceticismo sobre a possibilidade do apresentador ser candidato. Ela quer o apoio dos tucanos e Datena como vice.

O partido planejava realizar o evento nesta semana, mas o jornalista teve problemas com a voz e inclusive deixou de apresentar seu programa na Band. A esposa de Datena teve que passar por uma cirurgia na última semana, o que também dificultou o plano.

"Temos a expectativa, mais do que a expectativa, de fazer o lançamento dele na semana que vem", disse José Aníbal, presidente municipal do PSDB, ao Estadão. Segundo ele, a intenção é que tucanos de outros Estados prestigiem o evento.

Questionada sobre o tema pela manhã, Tabata afirmou que, "na política tudo pode acontecer, inclusive nada". "Vocês vão se surpreender com o que vai sair desse caldo em relação ao PSDB, ao Datena. Tem muita coisa acontecendo e estou com muita paciência nesse processo. A gente vai ter uma definição em breve", declarou ela em sabatina promovida pelo canal MyNews em parceria com a Reag Investimentos.

Datena foi para o PSDB em uma articulação capitaneada por Tabata como uma forma de conseguir o apoio da sigla à sua pré-candidatura. Aliados da pré-candidata demonstram confiança que ela terá o apoio dos tucanos e que o roteiro traçado está sendo cumprido. Mesmo que o apresentador decida recuar pela quinta vez, afirmam que há outras opções de vice, como Mario Covas Neto (PSDB) e o próprio Aníbal.

Como mostrou o Estadão, Aécio Neves (PSDB), que voltou a ganhar influência no PSDB, topa apoiar Tabata, mas quer que ela se comprometa a não apoiar Guilherme Boulos (PSOL) em um eventual segundo turno. O ex-governador de Minas Gerais quer que o partido volte a ser oposição ao PT e ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que apoia o psolista.

Tabata também minimizou a entrada de Pablo Marçal (PRTB) na disputa eleitoral e uma eventual candidatura de Datena. Ela argumentou que a sua intenção de voto não sofre alterações, independentemente da lista de concorrentes.

De acordo com a última pesquisa Datafolha, ela tem 8% e está empatada em terceiro lugar com Datena, também com 8%, e Marçal, com 7%. Os líderes são o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) e o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), também empatados tecnicamente com 24% e 23%, respectivamente. No cenário sem o apresentador de TV e o deputado federal Kim Kataguiri (União), Tabata vai a 9%, assim como Marçal.

"Meu desafio se chama desconhecimento e não polarização. Historicamente, São Paulo vota mais ao centro e foge das polarizações", disse a pré-candidata do PSB. Ela afirmou ainda que é "muito perigoso" tratar a capital paulista como palanque para as próximas eleições estadual e nacional e se comprometeu a não deixar o cargo caso seja eleita. "Vem fazendo falta à cidade ter alguém aqui que queira ser prefeito por oito anos".

Tabata alfineta Boulos e critica Nunes

Ao citar, durante a sabatina que os Centros Educacionais Unificados (CEUs) são um legado e precisam ser revitalizados, Tabata provocou Boulos e disse que Marta Suplicy (PT), em cuja gestão os CEUs foram criados, votou nela para deputada federal em 2022. A ex-prefeita é vice na chapa do pré-candidato do PSOL.

"A Marta é minha eleitora, votou em mim pra deputada federal na ultima eleição e tenho um carinho muito grande por ela. Uma coisa que eu disse a ela e a Erundina é que eu tenho muita sorte de ser pré-candidata a prefeita em uma cidade que teve duas grandes prefeitas", declarou.

Na sabatina, Tabata centrou suas críticas na administração de Ricardo Nunes: apontou a ausência de plano municipal para lidar com as mudanças climáticas e avaliou que houve piora na qualidade do transporte público e da educação, tema que é uma de suas bandeiras no Congresso Nacional.

Ela prometeu ampliar e flexibilizar o horário de funcionamento das creches conforme a necessidade dos pais e se comprometeu a alfabetizar 100% das crianças na idade correta. Também disse que é preciso ampliar os corredores exclusivos para ônibus de modo a diminuir o tempo que a população gasta para se deslocar.

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou que o Acordo de Parceria Estratégica e Cooperação entre Rússia e Venezuela foi "totalmente acordado" e está pronto para ser assinado. A declaração foi feita durante uma videoconferência com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em comemoração aos 80 anos de relações diplomáticas entre os dois países.

"Estou satisfeito em anunciar que o Acordo de Parceria Estratégica e Cooperação entre nossos países foi totalmente acordado", afirmou Putin. Segundo o líder russo, o pacto "criará uma base sólida para a expansão de nossos laços multifacetados a longo prazo" e poderá ser formalizado durante uma visita de Maduro à Rússia, em data ainda a ser definida.

Putin também convidou Maduro para as celebrações do 80º aniversário da Vitória na Grande Guerra Patriótica, em 9 de maio, em Moscou. O presidente russo destacou que a Venezuela apoiou a União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial, fornecendo combustíveis e outros materiais essenciais para o esforço de guerra.

Além disso, Putin ressaltou a convergência de posições entre os dois países em temas internacionais. "Juntos, nos opomos a qualquer manifestação de neonazismo e neocolonialismo. Agradecemos que a Venezuela apoie as iniciativas russas relevantes em fóruns multilaterais", afirmou. Ele acrescentou que ambos os países buscam "construir uma ordem mundial mais justa" e promover "a igualdade soberana dos Estados e a cooperação mutuamente benéfica sem interferência externa".

O presidente russo reafirmou ainda o compromisso de Moscou com Caracas. "A Rússia fará e continuará fazendo tudo o que for possível para tornar nossos esforços conjuntos nas esferas comercial, econômica, científica, técnica, cultural e humanitária ainda mais próximos e abrangentes", declarou.

Um grupo de democratas, liderado pelo líder da minoria do Senado, Chuck Schumer, ajudou os republicanos para que projeto de lei para financiar o governo até setembro avançasse, evitando uma paralisação, mas deixando os democratas desanimados e profundamente divididos sobre como resistir à agenda agressiva do presidente Trump.

O parlamentar de Nova York e outros nove membros da bancada democrata romperam com a maioria de seu partido em uma votação processual para uma medida de financiamento de US$ 1,7 trilhão, levando a um placar de 62 a 38, acima do limite necessário de 60 votos para que um projeto de lei passe pelo Senado. Um republicano, o senador Rand Paul de Kentucky, votou não. Uma votação final é esperada para o final do dia.

Na votação final subsequente que exigiu apenas uma maioria simples, o Senado aprovou o projeto de lei por 54-46, em grande parte de acordo com as linhas partidárias. Agora, ele segue para sanção do presidente Donald Trump.

O resultado no Senado, onde os republicanos têm uma maioria de 53-47, ressaltou o quão pouco poder os democratas têm para resistir aos planos de Trump e alimentou a crescente frustração nas fileiras do partido sobre sua diretriz e liderança. Em seus primeiros 50 dias de mandato, Trump se moveu para cortar drasticamente a força de trabalho federal e controlar a ajuda externa, ao mesmo tempo em que preparava o cenário para um pacote de cortes de impostos, reduções de gastos e gastos maiores com defesa da fronteira.

Schumer, que enfrentou duras críticas de seu próprio partido ao longo do dia, disse que o projeto de lei do Partido Republicano era a melhor de duas escolhas ruins. Ele argumentou que bloquear a medida e arriscar uma paralisação teria permitido que Trump e o Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), comandado por Elon Musk, acelerassem a reestruturação de agências federais, citando o poder da administração durante um gap de financiamento para determinar quais funcionários e serviços são essenciais ou não essenciais.

O Hamas disse nesta sexta-feira, 14, que aceitou uma proposta dos mediadores para libertar um refém americano-israelense vivo e os corpos de quatro pessoas de dupla nacionalidade que morreram em cativeiro. O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, lançou dúvidas sobre a oferta, acusando o Hamas de tentar manipular as negociações em andamento no Catar sobre a próxima etapa do cessar-fogo em Gaza.

O grupo não especificou imediatamente quando a libertação do soldado Edan Alexander e dos quatro corpos aconteceria - ou o que espera receber em troca. Também não é claro quais mediadores propuseram o que o Hamas estava discutindo. O Egito, Catar e EUA têm orientado as negociações, e nenhum deles confirmou ter feito a sugestão até a noite de sexta-feira.

Autoridades dos EUA, incluindo o enviado Steve Witkoff, disseram que apresentaram uma proposta na quarta-feira para estender o cessar-fogo por mais algumas semanas enquanto os lados negociam uma trégua permanente. O gabinete de Netanyahu declarou que Israel "aceitou o esboço de Witkoff e mostrou flexibilidade", mas que o Hamas se recusou a fazê-lo.