Novo chefe da PF em SP prega IA contra 'raízes coloniais' do crime: 'Tempos desafiadores'

Política
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O delegado Rodrigo Luis Sanfurgo de Carvalho tomou posse nesta sexta, 12, como superintendente regional da Polícia Federal em São Paulo e pregou o uso de "ferramentas modernas" e da Inteligência Artificial, além de "medidas corajosas e arrojadas" para combater a criminalidade e suas "raízes profundas, que remontam ao período colonial". "Não há soluções fáceis, muito menos rápidas ou milagrosas neste contexto", anotou.

Aos 49 anos de idade, Sanfurgo ingressou na Polícia Federal em 2007. É um policial especializado em investigações sobre crimes financeiros. Poucos na instituição têm essa formação e experiência. Ele elencou "situações complexas" que o País tem enfrentado - tráfico de drogas, crimes contra as instituições públicas, expansão de facções criminosas e crimes realizados por meio de "redes de ódio" - e colocou a criminalidade, no geral, como um dos principais problemas do Brasil.

'Apesar dos visíveis avanços na organização das nossas forças de segurança, atravessamos tempos desafiadores", alertou. "A criminalidade persiste como um desafio a ser bravamente enfrentada."

O novo chefe da PF em São Paulo fez um aceno ao ministro da Justiça Ricardo Lewandowski, que foi à sua posse. Sanfurgo destacou a importância da integração das forças policiais no empoderamento do Sistema Único de Segurança Pública - o ministro já defendeu verba própria para a efetiva instalação do 'SUS da Segurança Pública' e a promoção de ações de combate à criminalidade.

"Unindo esforços e compartilhando informações, seguiremos enfrentando as ameaças de forma coordenada", projeta Sanfurgo.

Como mostrou o Estadão, a prioridade do novo superintendente será a descapitalização do crime organizado, com o confisco de bens e bloqueio de contas. Ele também deu ênfase ao trabalho da PF nas fronteiras e no controle de armas e da segurança privada.

Andrei: Lutar com 'todas as nossas forças' contra 'disseminação em massa de mentiras'

Em meio ao impacto da Operação Última Milha, que desmontou a 'Abin paralela', o diretor-geral da Polícia Federal, delegado Andrei Passos Rodrigues, criticou nesta sexta-feira, 12, o "método de disseminação em massa de mentiras" e a "instrumentalização criminosa de provedoras de redes sociais".

Diante de uma numerosa plateia de policiais federais presentes à posse do novo superintendente regional da PF em São Paulo, delegado Rodrigo Sanfurgo, e ao lado do ministro Alexandre de Moraes, que também foi ao evento, o diretor-geral enfatizou. "Temos a obrigação de lutar com todas as nossas forças contra a normalização desse estado de coisas."

Andrei afirmou. "Não podemos deixar jamais que o crime e a impunidade sejam aceitos como intrínsecos à nossa sociedade."

A 'Abin paralela' operou durante o governo Bolsonaro, com monitoramento de ministros do STF, entre eles o próprio Moraes, e divulgação de fake news sobre opositores do Planalto.

Andrei também reagiu ao que chamou de "vis, infundados e covardes ataques" contra sua instituição e os servidores. As hostilidades à PF, disse, precisam ser repelidas "com vigor e com o rigor das leis e do sistema de justiça criminal".

Ele não citou nomes de quem dirige ofensas à PF, mas seu recado foi endereçado a críticas sofridas nas redes pela corporação a partir dos resultados da investigação que culminou no indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no inquérito das joias sauditas.

Andrei chegou a fazer uma brincadeira sobre fake news com Moraes. O diretor-geral abordava uma proposta pensada pela cúpula da PF, para a edição de uma Lei Orgânica para a corporação. Segundo Andrei, há que diga que há "pegadinha" ou "casca de banana" na proposta.

"Não tem nada disso. É uma proposta honesta, sincera, transparente e que vai ser discutido com todos os servidores, para que a gente possa sistematizar, consolidar, aperfeiçoar as nossas atribuições e termos a estabilidade pra nossa instituição", anotou.

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Pete Hegseth, indicado como secretário de Defesa dos EUA, admitiu na terça-feira que não era perfeito e que "as pessoas o veem como o apresentador de um programa matinal", mas refutou uma enxurrada de perguntas sobre seu caráter e qualificações como uma "campanha de difamação" irrelevante para o trabalho de dirigir as forças armadas dos EUA.

Em vez de um confronto entre Hegseth e os Democratas, a audiência na Comissão dos Serviços Armados do Senado mostrou um impasse inconclusivo, com nenhum dos lados cedendo terreno, deixando a sua confirmação no caminho certo, mas ainda não certa.

Hegseth prometeu restaurar a "cultura guerreira" dos militares dos EUA, declarando que seu serviço como oficial subalterno da Guarda Nacional no Iraque, no Afeganistão e na prisão militar dos EUA na Baía de Guantánamo, em Cuba, traria uma reorientação necessária para um Pentágono que, segundo ele, está mais preocupado com diversidade e equidade do que letalidade e prontidão.

"É hora de dar o comando a alguém com poeira nas botas", disse o ex-apresentador da Fox New, interrompendo sua declaração de abertura várias vezes enquanto os manifestantes atrapalhavam o andamento da sessão.

Ao longo de quatro horas de questionamentos por vezes acalorados, os democratas acusaram Hegseth de alienar mulheres militares e potenciais recrutas, e que a sua conduta pessoal e falta de experiência o desqualificaram para ser secretário da Defesa. Mas eles não descobriram nenhuma informação nova nem incitaram Hegseth a cometer erros graves.

"Ele é provavelmente o indivíduo menos qualificado já sugerido para ser Secretário de Defesa durante meu mandato, e talvez na história do país", disse o senador Jack Reed, principal democrata do comitê.

Hegseth mostrou-se imperturbável perante as repetidas perguntas do Democrata sobre relatos de consumo excessivo de álcool, casos extraconjugais e outros incidentes. Ele rejeitou os relatos chamando-os de acusações falsas de "fontes anônimas".

O mais próximo que os democratas chegaram de abalar o ex-apresentador da Fox New foi quando ele foi questionado pelo senador Tim Kaine sobre infidelidade, seu comportamento em casamentos anteriores, consumo de álcool e sobre uma suposta agressão sexual quando ele estava sendo examinado para liderar o Pentágono.

Kaine pediu a Hegseth que confirmasse que era casado na época do incidente de 2017, que envolveu uma mulher que ele conheceu em um hotel na Califórnia e que o acusou de agressão sexual. "Acredito que sim", respondeu Hegseth. Hegseth, que não foi acusado, estava se divorciando de sua segunda esposa depois de ter um filho com uma funcionária da Fox.

"Fraquejei em algumas coisas em minha vida e, felizmente, fui redimido por meu Senhor e Salvador Jesus Cristo", respondeu.

O comitê não agendou uma votação sobre a indicação.

Centenas de policiais entraram no complexo residencial do presidente sul-coreano destituído, Yoon Suk Yeol, nesta quarta-feira, 15 (horário local), na capital Seul. Essa foi a segunda tentativa de detê-lo por causa da imposição da lei marcial no mês passado.

Após um impasse de horas no portão, investigadores anticorrupção e policiais foram vistos subindo o complexo montanhoso.

Investigadores anticorrupção e policiais poderão ser mobilizados em uma operação que pode durar vários dias para prender Yoon, que está escondido na residência de Hannam-dong há semanas.

Yoon justificou seu decreto de lei marcial como um ato legítimo de governança contra uma oposição "antiestatal" e prometeu "lutar até o fim" contra os esforços para destituí-lo.

A União Europeia disse que uma investigação de um mês sobre os mercados de compras da China descobriu que o país asiático discrimina injustamente os dispositivos médicos europeus. A China favorece fornecedores nacionais e restringe a compra de dispositivos importados, disse o bloco, deixando as empresas europeias em desvantagem.

Se nenhuma solução for encontrada por meio de discussões com a China, a UE pode impor suas próprias restrições ao acesso chinês aos contratos governamentais da UE, disse.

A Comissão Europeia, o órgão executivo da UE, disse que queria resolver a questão por meio de negociações com a China.

"Os contratos governamentais na UE estão abertos a países não pertencentes à UE, e esperamos que outros países tratem nossas empresas com justiça semelhante", disse o comissário de comércio da UE, Maroš Šefcovic. Fonte: Dow Jones Newswires