Quem é Renato Duque, 'homem do PT' nos esquemas da Petrobras investigados na Lava Jato?

Política
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Conhecido por ser o "homem do PT" em esquemas ilícitos na Petrobras apurados pela Operação Lava Jato, Renato Duque comandou, entre 2003 e 2012, uma diretoria da estatal que, segundo a força-tarefa, captou cerca de R$ 650 milhões em propinas com empreiteiras investigadas por corrupção. Nesta quarta-feira, 17, a 12ª Vara Federal Criminal de Curitiba expediu um mandado de prisão contra Duque, condenado a cumprir 39 anos, dois meses e 20 dias de prisão em regime fechado.

O despacho, assinado pela juíza Carolina Lebbos, lista os crimes de corrupção, associação criminosa e lavagem de dinheiro. O Estadão entrou em contato com o ex-diretor da Petrobras, mas não obteve retorno até a publicação deste texto.

Engenheiro de formação, Renato de Souza Duque nasceu em Cruzeiro, no interior paulista, no dia 29 de setembro de 1955. Entre 2003 e 2012, ele ocupou o cargo de diretor de serviços da Petrobras após ser indicado pelo PT. Em depoimento ao ex-juiz da Lava Jato e atual senador Sérgio Moro (União-PR) em 2017, o ex-diretor disse que chegou ao cargo porque já tinha "uma carreira" na estatal.

"Eu fui apresentado ao Partido dos Trabalhadores porque eu já tinha uma carreira na empresa. O encaminhamento para o conselho, a propositura da minha posição para ser diretor foi através do representante do governo", disse Duque.

Durante as investigações da Lava Jato, ele foi acusado de ser o principal indicado do PT no esquema de arrecadação de propinas na estatal. Duque chegou a ser condenado a mais de 130 anos de prisão.

Preso em fevereiro de 2015, na décima fase da operação, ele foi um dos primeiros alvos do alto escalão da Petrobras. Em março de 2020, foi solto com medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, e passou a morar no Rio. Renato Duque deixou de usar o equipamento no ano passado, mas continua proibido de deixar o País.

Duque não firmou acordo de delação premiada, mas chegou a confessar crimes que envolviam integrantes do PT, como o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Diretoria captou R$ 650 milhões em propinas, segundo Lava Jato

A diretoria chefiada por Duque captou cerca de R$ 650 milhões em propinas sobre contratos fechados de 2004 a 2012 com empreiteiras alvos da Lava Jato, de acordo com os investigadores.

Segundo o executivo Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, um dos delatores do caso, o dinheiro de propinas era tão volumoso que precisava ser transportado em carro-forte, por orientação de Duque, em algumas ocasiõesa.

No último dia 4, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) puniu Duque, por unanimidade, e ele está inabilitado, pelo prazo de 15 anos, para o exercício do cargo de administrador ou de conselheiro fiscal de companhias abertas.

O CVM entendeu que ele descumpriu o seu dever de lealdade, previsto no artigo 155 da Lei das Sociedades por Ações, após atuar em busca do favorecimento da contratação de sondas por intermédio da empresa Sete Brasil, sob a expectativa de pagamento de propina.

Nenhuma sonda chegou a ser produzida pela Sete Brasil e, até o momento, a empresa se encontra em recuperação judicial.

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A ex-atriz canadense Jasmine Mooney, que participou do filme American Pie: O Livro do Amor (2009), relatou ter ficado 12 dias presa após tentar um visto para trabalhar nos Estados Unidos. Jasmine narrou o ocorrido em uma entrevista ao jornal The New York Times nesta terça, 18.

Nem o Serviço de Imigração e Alfândega e nem a Casa Branca responderam a pedidos do NYT para um pronunciamento sobre o assunto.

Segundo a ex-atriz, ela havia levado sua documentação a oficiais de uma fronteira na Califórnia para tentar seu visto. Jasmine havia recebido uma oferta para trabalhar em uma startup de saúde e bem-estar.

Ao chegar lá, ela foi informada pelos agentes que estava no local errado e levada a outra sala. Jasmine, então, foi surpreendida ao ser presa pelo Serviço de Imigração e Alfândega do país.

"Eles disseram: 'Mãos na parede'", narrou a ex-atriz. Jasmine afirma ter tentado conversar com os agentes, dizendo que não tinha a intenção de entrar ilegalmente nos Estados Unidos, mas em vão.

Seis dias depois, a ex-atriz contou ter sido informada de que ela e outras presas seriam transferidas a outra prisão no Arizona. Na ocasião, Jasmine disse que teve de responder a uma série de perguntas sobre se havia sido abusada sexualmente, se havia tentado suicídio, além de ser obrigada a fazer testes de gravidez em banheiros sem porta.

Enquanto ainda estava presa, ela conversou com uma emissora local, a KGTV, e afirmou que teve de dormir em um colchonete, sem cobertor e sem travesseiro, e enrolada com uma folha de alumínio. "Nunca na minha vida vi algo tão desumano", disse Jasmine.

A ex-atriz foi solta na última sexta, 14, e retornou a Vancouver, no Canadá. Ela foi proibida de entrar nos EUA por cinco anos. Jasmine, porém, pretende apelar da decisão.

Desde que assumiu o mandato, o presidente Donald Trump vem tomando "táticas linha-dura" para tentar barrar as imigrações para o país. Entenda as medidas do governo Trump aqui.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que ninguém quer que a Rússia e a China fiquem juntos, completando que seu governo buscará uma relação amigável com os dois países.

Em entrevista à Fox News nesta terça-feira, 18, Trump disse que "é verdade" ao responder a uma pergunta sobre se o seu governo teria interesse em melhorar a relação com a Rússia.

Para Trump, a Rússia gostaria de ter um pouco do poder econômico dos Estados Unidos. Trump disse que teve uma "boa ligação" com Putin, que durou cerca 2 horas, afirmando que a conversa foi sobre o cessar-fogo na Ucrânia, mas também sobre outros assuntos.

Nesta terça-feira, 18, o presidente russo, Vladimir Putin, concordou em suspender os ataques a alvos de infraestrutura energética da Ucrânia por 30 dias, atendendo a uma proposta de Trump.

Sobre os processos que pairam sobre o presidente, Trump disse que não desafiaria uma ordem judicial e que conhece como ninguém as instâncias judiciais do país.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou esperar que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, "entrem em paz", pois o mundo "não comporta mais guerra". "Espero que o cara que comanda o exército de Israel tenha ouvido (Geraldo) Alckmin para parar de atacar palestinos", disse.

"Só para vocês terem ideia, no ano passado, o mundo gastou US$ 2,4 trilhões de armas, enquanto isso nós temos 730 milhões de pessoas passando fome no mundo", continuou o petista. "Significa uma inversão de valores que não poderia acontecer no mundo hoje."

A declaração foi dada durante visita à fábrica da Toyota no município de Sorocaba nesta terça-feira, 18, no interior de São Paulo. Além de Lula, estão presentes o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Mais cedo, Zelensky afirmou que a Ucrânia apoiaria uma proposta dos EUA para interromper os ataques à infraestrutura energética russa e que espera falar com o presidente americano Donald Trump sobre seu telefonema de hoje com o presidente Putin.

O presidente ucraniano disse que, após a ligação entre Putin e Trump, ele mesmo conversou por telefone com o presidente francês Emmanuel Macron e o chanceler alemão Olaf Scholz, ambos aliados europeus importantes. Zelensky diz esperar que os parceiros de Kiev não cortem a assistência militar vital para a Ucrânia, depois que Putin enfatizou que qualquer resolução do conflito exigiria o fim de toda a assistência militar e de inteligência.