Pauta do pacote 'anti-MST' que pune invasores de terra chega ao Senado; entenda

Política
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O pacote de projetos que, entre outras medidas, classifica as invasões de terra do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) como terrorismo, deve tramitar pelas comissões do Senado no próximo semestre, após umas das propostas ganhar celeridade na Câmara na primeira metade do ano.

 

A pauta anti-MST tem quase 20 projetos nas duas Casas, sendo três deles no Senado - um foi proposto e aprovado pela Câmara em maio, onde tramitou em regime de urgência durante a onda de invasões do MST em abril, e agora aguarda no Senado a distribuição entre as comissões. O objetivo das propostas é punir os envolvidos em invasões, como proibi-los de acessar programas de reforma agrária e crédito rural ou de ter cargos públicos.

 

Esse projeto que chegou ao Senado também impede que invasores de terras recebam benefícios e auxílios do governo federal, incluindo o acesso a unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida. Em todos esses casos, a proibição durará oito anos a partir do momento em que as propriedades forem desocupadas.

 

No Senado, o projeto de lei 2250/2021, que propõe caracterizar a invasão de terras, quando praticada para provocar "terror social ou generalizado", como ato terrorista, tramita na Comissão de Defesa da Democracia da Casa.

 

Outras duas propostas que classificam a invasão de terras como terrorismo tramitam pelas comissões da Câmara. O projeto de lei 149/2003, que tipifica o crime de terrorismo, aguarda votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, enquanto o projeto de lei 2815/2024, que inclui o crime de esbulho possessório (posse de um bem de forma ilegal) como ato terrorista, foi protocolado no último dia 10, e aguarda despacho do presidente Arthur Lira (PP-AL).

 

Também na Câmara, outro projeto prevê a elevação da pena de detenção para o crime de esbulho possessório. Há ainda proposições para que o fazendeiro afetado possa acionar a polícia sem necessidade de ação judicial.

 

Com o recesso do Congresso, as pautas deverão ser discutidas e encaminhadas na primeira reunião do colégio de líderes, em agosto. Ao Estadão, interlocutores do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmaram que o trâmite na Casa deverá ser feito com "calma e ampla discussão", passando pelas comissões as quais as propostas forem designadas.

 

O avanço "sem atropelos" passa pela necessidade de análise de outros temas, como a desoneração da folha de pagamento de 17 setores; a regulamentação da reforma tributária; a renegociação das dívidas dos Estados com a União; a PEC da Anistia, que concede perdão a partidos políticos que descumpriram regras eleitorais; e a regulamentação do uso da inteligência artificial no País.

 

Embora na Câmara a estratégia da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) tenha sido pautar a urgência do projeto anti-MST a fim de acelerar a votação no plenário, a tramitação deve seguir agora o ritmo padrão do Senado. Senadores consultados pela reportagem afirmaram que o tema deve ficar somente para a volta do recesso.

 

A senadora Tereza Cristina (PP-MS), integrante da FPA, afirmou que ainda não houve discussão sobre como será o andamento da pauta na Casa nem sobre possíveis estratégias para acelerar a tramitação. Efraim Filho (União Brasil-PB) e Irajá Abreu (PSD-TO), também membros da Frente, disseram que ainda não se inteiraram sobre o mérito das propostas.

 

A pressão pela aprovação e o próprio pacote de projetos da bancada ruralista foram uma reação a recentes episódios de invasões promovidos sobretudo no chamado "Abril Vermelho", do MST. O movimento promove as ações anualmente no mês de abril para relembrar o dia em que 21 sem-terra foram mortos pela Polícia Militar do Pará, em 1996.

 

Em abril, o presidente da FPA, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), criticou a posição do governo federal diante das invasões. "Cada um controla os seus aliados. Com essas invasões do MST, que tem cargos e está nos ministérios e no Planalto, é assim que o governo federal diz querer paz no campo?", questionou em publicação no X (antigo Twitter).

 

Veja a lista com projetos que tramitam no Congresso:

 

Senado

 

- PL 2250/2021: Caracteriza como terrorismo a invasão de terras quando praticada com "finalidade de provocar terror social ou generalizado".

- PL 2869/2023: Aumenta penas para coibir invasões, especialmente se ocorrerem em áreas rurais ou locais ermos.

- PL 709/2023: Impede ocupantes e invasores de propriedades de acessarem benefícios sociais e de tomar posse em cargo ou função pública. (Aprovado na Câmara.)

 

Câmara

 

- PL 1373/2023: Impede invasor de ser beneficiário do Programa de Reforma Agrária, da regularização fundiária ou de linhas de crédito com subvenções estatal, bem como, de benefícios e programas sociais.

- PL 8262/2017: Permite que o fazendeiro acione a polícia sem necessidade de ordem judicial.

- PL 920/2024: Cria nova modalidade de ato de improbidade administrativa contra quem realize, promova ou mantenha invasões urbanas ou rurais.

- PL 4389/2023: Qualifica o crime de esbulho possessório, prevendo seis meses a três anos de prisão e multa a quem invadir "terreno ou edifício alheio".

- PL 149/2003: Tipifica o crime de terrorismo para caracterizar como ato de terrorismo a invasão armada de terras particulares.

- PL 2815/2024: Inclui, dentre os atos de terrorismo, o crime de esbulho possessório.

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O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou nesta terça, 18, que os ataques contra o Hamas na Faixa de Gaza continuarão e qualquer negociação futura sobre cessar-fogo ocorrerá "sob fogo" a partir de agora. As declarações foram dadas em um discurso na TV, o primeiro desde os bombardeios contra o território que mataram mais de 400, no dia mais letal da guerra desde seus primeiros meses em 2023.

"Este é apenas o começo. Vamos lutar até atingir todos os objetivos da guerra. De agora em diante, as negociações serão conduzidas apenas sob fogo", disse Netanyahu, que também rejeitou as acusações de que havia renovado a guerra em Gaza para sua própria sobrevivência política. Segundo ele, seus oponentes, ao fazer tais comentários, ecoavam a "propaganda do Hamas".

Os ataques acontecem em um momento tenso na política interna israelense. Netanyahu disse no domingo que demitirá Ronen Bar, chefe do serviço de segurança interna Shin Bet, uma decisão controvertida que provocou acusações de autoritarismo. Protestos foram planejados para hoje.

Críticos do primeiro-ministro argumentaram que ele rejeitou acordos que encerrariam a guerra e libertariam mais reféns para preservar sua coalizão de governo, que inclui apoiadores de ultradireita.

O grupo terrorista Hamas, que controla Gaza, acusou Israel de anular o acordo de cessar-fogo, mas não respondeu militarmente aos ataques. A primeira fase do cessar-fogo entrou em vigor em 19 de janeiro. Nesse período, o Hamas devolveu 33 reféns em troca de 1,8 mil prisioneiros palestinos. Ela foi encerrada no dia 1.º e desde então as negociações para a segunda fase não avançaram.

A próxima etapa deveria libertar os últimos reféns mantidos no território, estimados em 24. Os mediadores esperavam que as negociações levassem ao fim do conflito. Mas os líderes israelenses disseram que não estavam dispostos a parar a luta até eliminar o Hamas. O grupo disse que poderia entregar o controle civil do território, mas não dissolver batalhões de combatentes armados ou enviar líderes para o exílio.

Vítimas

Em Gaza, a intensidade do bombardeio lembrou os primeiros dias da guerra, quando Israel lançou uma onda implacável de ataques aéreos em resposta ao atentado do Hamas em 7 de outubro de 2023, que deu início ao conflito.

Autoridades de saúde em Gaza relataram 404 mortes, incluindo um grande número de mulheres e crianças. Mais de 600 ficaram feridos. Militares israelenses disseram ter como alvo comandantes militares e autoridades políticas do Hamas. O grupo confirmou a morte de cinco altos integrantes do grupo. A Jihad Islâmica Palestina disse que o porta-voz de sua ala militar também foi morto. Ataques aéreos e fogo de artilharia continuaram ao longo do dia.

A Casa Branca afirmou que Israel consultou os EUA antes de lançar os ataques e o presidente Donald Trump deu sinal verde para eles.

Antes do discurso de Netanyahu, o ministro da Defesa, Israel Katz, indicou que o conflito deve seguir por semanas ou até meses. "O Hamas deve entender que as regras do jogo mudaram", disse Katz a jornalistas durante uma visita a uma base aérea. O Exército israelense emitiu ordens de retirada para áreas mais ao norte e leste de Gaza, sugerindo que novos ataques terrestres poderiam ser lançados.

O tenente-coronel Nadav Shoshani, porta-voz militar, disse que Israel lançou os bombardeios após descobrir que o Hamas estava planejando novos ataques para capturar ou matar civis ou soldados israelenses porque o Hamas se recusou a libertar o restante dos reféns.

Vários estados árabes e europeus, assim como a Rússia, condenaram os bombardeios israelenses. O Egito denunciou o que considerou uma tática israelense para expulsar os palestinos de Gaza. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A polícia da Turquia prendeu nesta quarta-feira (19) o prefeito de Istambul, Ekrem Imamoglu, considerado um dos maiores rivais do presidente do país, Recep Tayyip Erdogan. O detento foi acusado de liderar uma organização criminosa e terrorismo, de acordo com a agência de notícias estatal turca, Anadolu.

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Ele é considerado como um importante desafiante para Erdogan desde quando venceu a eleição para prefeito da maior cidade do país, em 2019, e foi reeleito em 2024. Imamoglu, único concorrente nas primárias presidenciais que acontecem neste mês, é visto como um candidato viável para desafiar Erdogan e o Partido da Justiça e Desenvolvimento no poder pela presidência. Fonte: Dow Jones Newswires.

A ex-atriz canadense Jasmine Mooney, que participou do filme American Pie: O Livro do Amor (2009), relatou ter ficado 12 dias presa após tentar um visto para trabalhar nos Estados Unidos. Jasmine narrou o ocorrido em uma entrevista ao jornal The New York Times nesta terça, 18.

Nem o Serviço de Imigração e Alfândega e nem a Casa Branca responderam a pedidos do NYT para um pronunciamento sobre o assunto.

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Seis dias depois, a ex-atriz contou ter sido informada de que ela e outras presas seriam transferidas a outra prisão no Arizona. Na ocasião, Jasmine disse que teve de responder a uma série de perguntas sobre se havia sido abusada sexualmente, se havia tentado suicídio, além de ser obrigada a fazer testes de gravidez em banheiros sem porta.

Enquanto ainda estava presa, ela conversou com uma emissora local, a KGTV, e afirmou que teve de dormir em um colchonete, sem cobertor e sem travesseiro, e enrolada com uma folha de alumínio. "Nunca na minha vida vi algo tão desumano", disse Jasmine.

A ex-atriz foi solta na última sexta, 14, e retornou a Vancouver, no Canadá. Ela foi proibida de entrar nos EUA por cinco anos. Jasmine, porém, pretende apelar da decisão.

Desde que assumiu o mandato, o presidente Donald Trump vem tomando "táticas linha-dura" para tentar barrar as imigrações para o país. Entenda as medidas do governo Trump aqui.