Youtuber faz 'cover' de Javier Milei para concorrer a vereador de São Paulo

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
O empresário e youtuber Paulo Kogos (União Brasil) disputará o cargo de vereador pela cidade de São Paulo, em outubro, se apresentando como "Javier Milei Paulista". O influenciador tem feito aparições públicas com roupas e penteado semelhantes aos do presidente da Argentina, e até a foto dele de registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) copia o estilo do chefe do Executivo do país vizinho.

Além de aderir a muitas das ideias defendidas por Milei, Kogos tem tentado replicar a imagem do argentino. Para isso, adotou uma faixa presidencial do país como parte de sua identidade eleitoral, deixou o cabelo e as costeletas crescerem para imitar Milei e tem vestido trajes formais - como se fosse um presidente da República.

Kogos se denomina nas redes sociais como "tradicionalista de extremíssima direita" e "anarcocapitalista". Ele defende um movimento chamado "libertarianismo", que reivindica a diminuição radical do Estado, em lugar de um "capitalismo radical". Além disso, é adepto do catolicismo sedevacantista, que não reconhece a autoridade do papa atual, Francisco.

Autor do livro "O mínimo sobre Anarcocapitalismo", o youtuber de 37 anos se diz no "extremo da extrema direita". Em entrevista ao Estadão, em 2020, ele disse acreditar que "as pessoas são desiguais, o que significa que algumas pessoas estão mais aptas a servir". Em seu perfil no X (antigo Twitter), há postagens defendendo "o pleno direito" de civis constituírem milícias, de endosso a mensagens contra imigrantes e uma publicação em que chama o Papa Francisco de "terrorista montonero e maçom fantasiado".

À Justiça Eleitoral, o "cover" de Milei declarou que tem um patrimônio de R$ 67,2 mil. Ele concorreu ao cargo de deputado estadual em 2022, teve pouco mais de 33 mil votos, mas não se elegeu. À época, o patrimônio informação por ele ao TSE era de R$ 20 mil.

Em outra categoria

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse neste sábado, 26, que "não há razão" para que o presidente russo, Vladimir Putin, use mísseis contra regiões civis da Ucrânia nos últimos dias. Na sua rede social, a Truth Social, Trump ameaçou lançar novas sanções contra a Rússia.

"Me faz pensar que, talvez, ele não queira parar a guerra, ele esteja apenas me enrolando, e isso tem de ser abordado de forma diferente, por meio de 'sanções secundárias' ou 'bancárias', talvez?", afirmou Trump, no seu perfil. "Muitas pessoas estão morrendo!!!"

Neste sábado, Trump se reuniu com o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, pouco antes do funeral do papa Francisco, em Roma. No X, antigo Twitter, Zelenski agradeceu a reunião e repetiu a demanda por um "cessar-fogo total e incondicional."

Na sua publicação, Trump ainda criticou o jornal The New York Times pela cobertura da sua proposta de acordo de paz, que envolve a cessão de territórios ucranianos para a Rússia.

Ele repetiu que a guerra foi culpa do ex-presidente americano Joe Biden, e disse que a Rússia pôde roubar a região da Crimeia da Ucrânia durante o governo Obama.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, e o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, concordaram em manter "trabalho intenso" com parceiros internacionais para progredir nos próximos passos de planejamento para "assegurar paz justa e duradoura na Ucrânia". O encontro entre os líderes aconteceu neste sábado, 26, em Roma.

"Os líderes concordaram em conversar novamente na oportunidade mais próxima", afirmou um porta-voz da Downing Street, em nota.

Mais cedo, Zelenski também se reuniu com o presidente dos EUA, Donald Trump, para discutir os esforços por um cessar-fogo com a Rússia.

Ambas as reuniões aconteceram na Basílica de São Pedro, pouco antes do início do funeral do papa Francisco.

Uma explosão e um incêndio de grandes proporções em um porto no sul do Irã mataram quatro pessoas, informaram autoridades do país neste sábado. Babak Mahmoudi, chefe da organização de resgate do Irã, anunciou as mortes na televisão estatal. Mais de 500 pessoas ficaram feridas.

A explosão ocorreu no porto de Shahid Rajaei, nos arredores de Bandar Abbas, uma instalação importante para o transporte de contêineres da República Islâmica, que movimenta cerca de 80 milhões de toneladas de mercadorias por ano.

Vídeos nas redes sociais mostraram uma fumaça preta espessa após a explosão. Outros revelavam vidros estilhaçados em prédios a quilômetros do epicentro.

Imagens da mídia estatal mostraram feridos lotando pelo menos um hospital, com ambulâncias chegando enquanto médicos transportavam uma pessoa em uma maca.

As autoridades não informaram a causa da explosão horas depois do ocorrido. Vídeos indicam que o material que pegou fogo no porto era altamente inflamável.

Acidentes industriais são comuns no Irã, especialmente em suas antigas instalações petrolíferas, que enfrentam dificuldades para obter peças devido às sanções internacionais.

No entanto, a TV estatal iraniana descartou qualquer ligação com infraestrutura energética, tanto como causa quanto como área atingida pela explosão.

Mehrdad Hasanzadeh, um funcionário provincial de gerenciamento de desastres, disse à TV estatal iraniana que equipes de resgate estavam tentando acessar a área, enquanto outras pessoas estavam sendo evacuadas do local.

Hasanzadeh afirmou que a explosão veio de contêineres no porto de Shahid Rajaei, sem dar mais detalhes.

A TV estatal também informou que houve um colapso de prédio causado pela explosão, embora não tenham sido fornecidos mais detalhes imediatamente.

O Ministério do Interior também anunciou a abertura de uma investigação sobre o incidente.

O porto de Shahid Rajaei, na província de Hormozgan, fica a cerca de 1.050 quilômetros a sudeste da capital do Irã, Teerã, no Estreito de Ormuz - a estreita entrada do Golfo Pérsico por onde passa 20% do petróleo comercializado no mundo.

Em 2020, um suposto ataque cibernético israelense teve como alvo o porto. O episódio ocorreu após Israel dizer ter frustrado um ataque cibernético contra sua infraestrutura hídrica, atribuído ao Irã.