PL oficializa candidatura de Eduardo Cury à Prefeitura de São José dos Campos e divide Tarcísio

Política
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O PL oficializou a candidatura do ex-deputado federal Eduardo Cury à Prefeitura de São José dos Campos (SP) em ato que ocorreu na noite deste sábado, 27, na sede do partido, no bairro de Jardim Esplanada. O evento também confirmou José Mello, atual presidente do PSDB no município, para ser o candidato a vice da chapa.

 

Estiveram presentes no evento o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), André do Prado (PL-SP), Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, e representantes do PL, PSDB, Cidadania, Novo e Mobiliza. Emanuel Fernandes, ex-prefeito de São José dos Campos de 1997 a 2004, será o coordenador do programa de governo.

 

"Hoje é só o início dessa caminhada. A partir do dia 16 estaremos na rua. Caminharemos muito, conversaremos muito, vamos apresentar muita coisa para essa cidade", discursou. Cury governou São José entre 2005 e 2012. "Precisamos corrigir alguns rumos em nossa cidade, e estou muito motivado para este novo desafio."

 

Esse movimento coloca o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que faz parte do Republicanos, em uma posição difícil. Ele optou por não tomar lado e disse que ficará neutro nas eleições municipais em que haja disputa contra o PL.

 

"A gente vai ficar neutro. Tanto Republicanos como PL estão na nossa base. São partidos importantes para nós. Acho que PL e Republicanos vão ter excelentes eleições aqui em São Paulo e nesse caso onde vai ter disputa, a gente vai assistir. Que vença o melhor", disse Tarcísio.

 

O Republicanos faz parte da base do atual prefeito de São José dos Campos, Anderson Farias, que é do PSD. A sigla é a mesma do vice-governador do Estado, Felicio Ramuth, e é presidida pelo secretário de Governo e Relações Institucionais de São Paulo, Gilberto Kassab.

 

Mesmo assim, Tarcísio optou por não subir no palanque com o prefeito. "Temos dois candidatos lá também. Tem o PL lá que vem forte, tem um grande nome, o Anderson é um grande nome. Então eu vou ficar neutro", disse.

 

Tanto Farias como Cury compuseram o PSDB até 2022 e optaram por sair do partido após o fraco desempenho da sigla na eleição daquele ano. Farias seguiu o mesmo caminho que Ramuth fez em janeiro de 2022 e foi para o PSD, enquanto Cury filiou-se ao PL há três meses, em abril.

 

Depois de perder a reeleição ao cargo em 2022, Cury passou a integrar o Observatório da Oposição, em Brasília, onde ocupa a função de coordenador. Essa iniciativa foi capitaneada pelo presidente do PL, Valdemar da Costa Neto.

 

Na convenção, discursou: "Temos grandes desafios. O mundo de 12 anos atrás, em que fui prefeito, não é o mundo de hoje", afirmou. "Ideologia da escola, é um absurdo isso. Ensinar português, matemática para nossas crianças e quer inventar hoje, falar de política. É um erro."

 

Pesquisa estimulada feita entre os dias 1º e 6 de maio divulgada pelo Paraná Pesquisa mostra que Cury lidera a disputa pela Prefeitura de São José dos Campos, com 37,9% das intenções de voto. Farias ocupa a segunda posição, com 21,1%.

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Em resposta ao anúncio de um cessar-fogo de três dias feito pela Rússia para marcar o aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou nesta segunda-feira, 28, o Kremlin de manipulação e exigiu um fim imediato e duradouro à guerra Rússia-Ucrânia.

"Agora, mais uma vez, vemos uma nova tentativa de manipulação: por alguma razão, todos deveriam esperar até 8 de maio e apenas então cessar o fogo, para garantir silêncio para Putin durante o desfile de comemoração do fim da Segunda Guerra", afirmou Zelensky. "Nós valorizamos a vida das pessoas, não desfiles."

O líder ucraniano destacou que qualquer trégua deve ser incondicional e prolongada, não apenas simbólica. "O fogo deve ser interrompido não por alguns dias, para depois voltar a matar, mas sim de forma imediata, completa e incondicional. E por no mínimo 30 dias, para que seja garantido e confiável. Só assim será possível criar uma base para uma diplomacia real", disse.

Zelensky também denunciou novos ataques russos contra civis, mesmo diante dos apelos internacionais pelo fim da guerra. "Mais uma vez, a Rússia atacou um alvo que não tem relação com a guerra, mas com as pessoas. E isso aconteceu em meio às exigências do mundo para que a Rússia encerre esta guerra", afirmou. "Cada novo dia é uma nova e clara prova de que é necessário aumentar a pressão sobre a Rússia, pressionar de forma significativa, para que, em Moscou, sejam obrigados a pôr fim a esta guerra, uma guerra que apenas a própria Rússia quer."

O presidente ucraniano reiterou a disposição do país em buscar a paz, mas acusou a Rússia de sabotar os esforços diplomáticos. "Sempre deixamos claro que estamos prontos para trabalhar o mais rapidamente possível com todos os parceiros que possam ajudar a estabelecer a paz e garantir a segurança. A Rússia rejeita constantemente essas iniciativas, manipula o mundo e tenta enganar os Estados Unidos", afirmou.

O Kremlin afirmou nesta segunda-feira, 28, que as relações com a Coreia do Norte continuarão a se desenvolver "dinamicamente em todas as áreas", após a participação de tropas norte-coreanas no combate a uma incursão ucraniana na região russa de Kursk. Em comunicado oficial, o governo russo destacou que suas Forças Armadas "derrotaram completamente" os grupos ucranianos que invadiram o território, encerrando o que classificou como uma "provocação criminosa" de Kiev.

A Rússia expressou confiança de que os laços entre Moscou e Pyongyang, "aprofundados no campo de batalha", seguirão se fortalecendo. "Estamos certos de que a amizade, a boa vizinhança e a cooperação entre nossas nações se desenvolverão com sucesso e dinamismo em todas as direções", afirmou o texto.

Segundo o Kremlin, unidades do exército da Coreia do Norte participaram ativamente da operação, em conformidade com o "Tratado de Parceria Estratégica Abrangente" assinado entre os dois países em junho de 2024. O comunicado citou o artigo 4 do acordo, que prevê "assistência militar imediata em caso de ataque armado" a uma das partes.

"Os amigos coreanos agiram com base em um senso de solidariedade, justiça e verdadeira camaradagem", destacou o Kremlin, acrescentando que a Rússia está "profundamente grata" ao líder Kim Jong Un, ao governo e ao povo norte-coreano. Moscou também elogiou o "heroísmo, treinamento e dedicação" dos soldados da Coreia do Norte, que lutaram "ombro a ombro" com as tropas russas.

"O povo russo nunca esquecerá o feito dos combatentes de elite coreanos. Honraremos eternamente seus heróis, que deram suas vidas pela Rússia e por nossa liberdade comum, assim como nossos irmãos de armas", concluiu o comunicado.

O ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, afirmou neste domingo, 27, que Pequim está acompanhando de perto o desenvolvimento da situação entre a Índia e o Paquistão, reiterando que a China entende as preocupações e apoia a segurança paquistanesa, mas que o conflito não atende aos interesses fundamentais dos países e nem é propício à paz e estabilidade regional.

Wang teve uma conversa telefônica com o vice-primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores do Paquistão, Ishaq Dar. "Esperamos que ambos os lados consigam exercer moderação, chegar a um acordo e trabalhar para acalmar a situação", disse ele em comunicado.

O ministro da Defesa do Paquistão, Khawaja Muhammad Asif, declarou hoje que uma incursão militar da Índia é iminente após um ataque mortal a turistas na Caxemira na semana passada, que resultou na morte de 26 pessoas.

Nesta segunda-feira, 28, pelo menos mais sete pessoas foram mortas e 16 ficaram feridas depois que uma bomba potente explodiu do lado de fora do escritório de um comitê de paz pró-governo em um antigo reduto do Talibã paquistanês, informou a polícia.