Nunes nega que fez ataque a Boulos e diz que adversário 'vestiu a carapuça'

Política
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Após ser alvo de uma ação de reparação por danos morais, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), passou a negar que tenha chamado o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) de "invasor", "vagabundo" e "sem-vergonha". O prefeito afirmou que não se referiu nominalmente ao adversário. "Eu não cito diretamente nenhum candidato na minha fala. Se o Boulos vestiu a carapuça e está se reconhecendo como o 'vagabundo', ele deve ter uma boa razão para isso", disse.

Na segunda-feira, 22, Nunes participou da convenção partidária do PL, realizada na Câmara Municipal de São Paulo. O encontro oficializou a indicação do coronel Ricardo Mello de Araújo, ex-chefe da Rota, como o vice na chapa do prefeito. Em discurso durante a reunião, Nunes afirmou que a aliança com Mello era um "voto de confiança" para "vencer o invasor".

"Quero agradecer a cada um dos senhores, a cada uma das senhoras por dar esse voto de confiança, para que a gente possa dar continuidade a esse trabalho, vencer o invasor, vencer esse vagabundo, sem-vergonha", disse o prefeito durante a convenção do PL.

Em resposta, Boulos chamou a atitude de "desequilíbrio incompatível com o cargo de prefeito da maior cidade do País" e entrou com uma ação na Justiça de São Paulo por reparação por danos morais na sexta-feira, 26. "É inequívoco que no intuito de manchar a imagem, a honra e reputação do autor, colhendo benefícios eleitorais, o réu atacou de forma vil e inaceitável seu adversário político", diz trecho da petição registrada por Boulos. O ofício pede que Ricardo Nunes publique em suas redes sociais um pedido de retratação, além da divulgação do currículo do candidato do PSOL. No mesmo dia, Nunes, em nota, negou ter feito referência a Boulos.

A candidatura de Boulos à Prefeitura de São Paulo foi oficializada pelo PSOL em 20 de julho. A ex-prefeita e ex-ministra Marta Suplicy, do PT, será a vice na chapa, que precisa ser registrada na Justiça Eleitoral até o dia 15 de agosto.

Segundo pesquisa Datafolha divulgada em 5 de julho, Nunes tem 24% de intenções de voto e Boulos, 23%. Apesar da vantagem numérica de Nunes, eles estão em empate técnico, dentro da margem de erro do levantamento.

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O presidente dos EUA, Donald Trump, defendeu neste sábado a passagem "gratuita" de navios americanos pelos canais do Panamá e de Suez, afirmando que eles "não existiriam sem os EUA".

"Os navios americanos, tanto militares quanto comerciais, devem ter permissão para viajar, gratuitamente, pelos canais do Panamá e de Suez!", escreveu Trump na rede Truth.

Ele também pediu ao secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que cuidasse imediatamente da situação.

O Hamas afirmou neste sábado que enviou uma delegação de alto nível ao Cairo para tentar retomar o cessar-fogo - rompido no mês passado por bombardeios israelenses -, acrescentando que o grupo poderia concordar com uma trégua de cinco a sete anos em troca do fim da guerra. A paz permitiria a reconstrução de Gaza, a libertação dos palestinos presos e o retorno de todos os reféns.

"A ideia de uma trégua ou de sua duração não é rejeitada por nós, e estamos prontos para discuti- la no âmbito das negociações. Estamos abertos a qualquer proposta séria para acabar com a guerra", disse Taher Al-Nono, assessor da liderança do Hamas, no primeiro sinal claro de que o grupo esta aberto a um acordo de longo prazo.

No entanto, Nono descartou a principal exigência israelense de que o Hamas deponha suas armas.

Na semana passada, o grupo palestino rejeitou uma proposta de Israel que previa um cessar-fogo de 45 dias em troca do retorno de dez reféns vivos.

*Com informações da Associated Press

O governo da China isentou de suas tarifas retaliatórias algumas importações dos EUA que o país teria dificuldade em obter imediatamente de outros países para proteger seus interesses nacionais, disseram pessoas familiarizadas com o assunto. Entre os produtos, estão alguns semicondutores, equipamentos para fabricação de chips, produtos médicos e peças de aviação.

O esforço chinês envolveu vários órgãos governamentais, com a coordenação supervisionada pela Comissão de Tarifas Aduaneiras do Conselho de Estado, o gabinete do país. Segundo uma das fontes, Pequim se absteve de anunciar publicamente suas isenções tarifárias para não revelar suas vulnerabilidades estruturais, deixando espaço para ajustes e negociações futuras.

Dois comerciantes de semicondutores disseram que a alfândega chinesa suspendeu as tarifas sobre oito categorias de chips fabricados nos EUA, incluindo unidades centrais de processamento, a partir de 24 de abril. As autoridades chinesas não removeram as tarifas sobre chips de memória dos EUA. Muitos chips desenvolvidos pela Intel e Texas Instruments estão isentos das tarifas, enquanto alguns produtos americanos da fabricante de chips de memória Micron Technology continuarão sujeitos às tarifas.

Pequim preparou uma lista de importações dos EUA das quais planeja remover as tarifas, disseram algumas das fontes. Os produtos em consideração também incluem alguns produtos químicos industriais, como quartzo e etano, bem como máquinas de litografia, helicópteros e vacinas. As fontes alertaram que a lista pode mudar à medida que as discussões prosseguem.

Já o órgão regulador da aviação da China instruiu algumas companhias aéreas a suspenderem o recebimento de aeronaves e componentes dos EUA. A isenção para peças de aeronaves, como motores, permitirá que o país continue com a manutenção e a fabricação de aeronaves. A China possui uma fabricante nacional de aviões, a Comac, que continua dependente de cadeias de suprimentos estrangeiras. Autoridades chinesas também estão avaliando a isenção de tarifas para companhias aéreas chinesas que alugam jatos dos EUA, disse uma das pessoas. Fonte: Dow Jones Newswires.