Paraná Pesquisas: Michelle e Tarcísio são sucessores de Bolsonaro mais competitivos

Política
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceria contra qualquer candidato apoiado por Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais de 2026, aponta o levantamento do instituto Paraná Pesquisas divulgado nesta sexta-feira, 29. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), teriam as maiores chances contra o petista, além do próprio Bolsonaro, que segue inelegível até 2030.

Em um dos cenários estimulados, em que os nomes dos possíveis concorrentes são listados aos entrevistados, Lula aparece com 38,7% frente a 30,3% de Michelle, no melhor resultado da oposição. Os outros concorrentes que aparecem na sequência são: Ciro Gomes (PDT), com 9,1%, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), com 4,5%; o governador gaúcho, Eduardo Leite (PSDB), com 2,3%, e o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), com 0,6%.

Quando o nome de Michelle é substituído pelo de Tarcísio, a oposição tem um desempenho pior: o governador de São Paulo aparece com 24,4% frente a 38,9% de Lula. Ciro aumenta quase dois pontos porcentuais, enquanto os outros candidatos sofrem pouca ou nenhuma mudança.

Em uma eventual disputa com Jair Bolsonaro, Lula também venceria, com 38,3% das intenções de voto. O ex-presidente teria 36,9%. O político do PL foi condenado e declarado inelegível em dois julgamentos, por atacar o sistema eleitoral em reunião com embaixadores e por conduta vedada nas comemorações do Sete de Setembro.

Nos cinco cenários estimulados de possível segundo turno, quem teve o melhor desempenho também foi a ex-primeira-dama. Entre Lula e Michelle, a votação fica em 44,3% para o atual presidente e 39,1% para ela. Com o apoio do marido, a intenção de votos sobre para 40,2% e a do petista fica em 43,8%. Não sabem ou não responderam 5,3% dos entrevistados, e outros 10,7% votariam nulo, branco ou em nenhum.

Bolsonaro já disse em eventos que a carreira política da mulher "tem que começar devagar", e que Michelle deve disputar uma vaga no Senado nas eleições de 2026.

Outro cenário de segundo turno testado foi entre Lula e Tarcísio, um dos principais candidatos a herdeiro do espólio político de Bolsonaro. Nele, Lula fica com 44,4% dos votos, frente a 36,2% do governador. Quando Tarcísio é apoiado por Bolsonaro, a variação é de 2,3 pontos porcentuais para cima, enquanto Lula perde 0,2 pontos porcentuais.

Num eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro, caso ele não estivesse inelegível, Lula levaria de 44,1% ante 41,9% do ex-presidente. Outros 9,1% votariam em branco, nulo ou em nenhum, e 4,9% não souberam o que responder.

Apesar de liderar em todos os cenários, Lula disse no mês passado que só concorrerá às eleições de 2026 "se for necessário para evitar que trogloditas voltem a governar" e que tem "muita gente boa" para ser candidato.

A pesquisa foi realizada com uma amostra de 2.026 eleitores em 26 Estados e Distrito Federal e em 164 municípios brasileiros, entre os dias 18 e 22 de julho. A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais, para mais ou para menos.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse neste sábado, 26, que "não há razão" para que o presidente russo, Vladimir Putin, use mísseis contra regiões civis da Ucrânia nos últimos dias. Na sua rede social, a Truth Social, Trump ameaçou lançar novas sanções contra a Rússia.

"Me faz pensar que, talvez, ele não queira parar a guerra, ele esteja apenas me enrolando, e isso tem de ser abordado de forma diferente, por meio de 'sanções secundárias' ou 'bancárias', talvez?", afirmou Trump, no seu perfil. "Muitas pessoas estão morrendo!!!"

Neste sábado, Trump se reuniu com o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, pouco antes do funeral do papa Francisco, em Roma. No X, antigo Twitter, Zelenski agradeceu a reunião e repetiu a demanda por um "cessar-fogo total e incondicional."

Na sua publicação, Trump ainda criticou o jornal The New York Times pela cobertura da sua proposta de acordo de paz, que envolve a cessão de territórios ucranianos para a Rússia.

Ele repetiu que a guerra foi culpa do ex-presidente americano Joe Biden, e disse que a Rússia pôde roubar a região da Crimeia da Ucrânia durante o governo Obama.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, e o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, concordaram em manter "trabalho intenso" com parceiros internacionais para progredir nos próximos passos de planejamento para "assegurar paz justa e duradoura na Ucrânia". O encontro entre os líderes aconteceu neste sábado, 26, em Roma.

"Os líderes concordaram em conversar novamente na oportunidade mais próxima", afirmou um porta-voz da Downing Street, em nota.

Mais cedo, Zelenski também se reuniu com o presidente dos EUA, Donald Trump, para discutir os esforços por um cessar-fogo com a Rússia.

Ambas as reuniões aconteceram na Basílica de São Pedro, pouco antes do início do funeral do papa Francisco.

Uma explosão e um incêndio de grandes proporções em um porto no sul do Irã mataram quatro pessoas, informaram autoridades do país neste sábado. Babak Mahmoudi, chefe da organização de resgate do Irã, anunciou as mortes na televisão estatal. Mais de 500 pessoas ficaram feridas.

A explosão ocorreu no porto de Shahid Rajaei, nos arredores de Bandar Abbas, uma instalação importante para o transporte de contêineres da República Islâmica, que movimenta cerca de 80 milhões de toneladas de mercadorias por ano.

Vídeos nas redes sociais mostraram uma fumaça preta espessa após a explosão. Outros revelavam vidros estilhaçados em prédios a quilômetros do epicentro.

Imagens da mídia estatal mostraram feridos lotando pelo menos um hospital, com ambulâncias chegando enquanto médicos transportavam uma pessoa em uma maca.

As autoridades não informaram a causa da explosão horas depois do ocorrido. Vídeos indicam que o material que pegou fogo no porto era altamente inflamável.

Acidentes industriais são comuns no Irã, especialmente em suas antigas instalações petrolíferas, que enfrentam dificuldades para obter peças devido às sanções internacionais.

No entanto, a TV estatal iraniana descartou qualquer ligação com infraestrutura energética, tanto como causa quanto como área atingida pela explosão.

Mehrdad Hasanzadeh, um funcionário provincial de gerenciamento de desastres, disse à TV estatal iraniana que equipes de resgate estavam tentando acessar a área, enquanto outras pessoas estavam sendo evacuadas do local.

Hasanzadeh afirmou que a explosão veio de contêineres no porto de Shahid Rajaei, sem dar mais detalhes.

A TV estatal também informou que houve um colapso de prédio causado pela explosão, embora não tenham sido fornecidos mais detalhes imediatamente.

O Ministério do Interior também anunciou a abertura de uma investigação sobre o incidente.

O porto de Shahid Rajaei, na província de Hormozgan, fica a cerca de 1.050 quilômetros a sudeste da capital do Irã, Teerã, no Estreito de Ormuz - a estreita entrada do Golfo Pérsico por onde passa 20% do petróleo comercializado no mundo.

Em 2020, um suposto ataque cibernético israelense teve como alvo o porto. O episódio ocorreu após Israel dizer ter frustrado um ataque cibernético contra sua infraestrutura hídrica, atribuído ao Irã.