Rosângela Moro vai ser vice na chapa de Ney Leprevost para prefeitura de Curitiba

Política
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A deputada federal Rosângela Moro (União Brasil-SP) vai ser a vice na chapa do pré-candidato do União Brasil à prefeitura de Curitiba, o deputado estadual Ney Leprevost. O anúncio ocorreu em um evento realizado na capital paranaense nesta segunda-feira, 29, com a presença do senador Sérgio Moro (União-PR), marido da parlamentar.

Eleita deputada federal por São Paulo em 2022, Rosângela mudou o domicílio eleitoral para o Paraná em março. O movimento ocorreu antes do julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que podia cassar o mandato Sérgio Moro por abuso de poder econômico e caixa dois.

A mudança habilitava a deputada a se candidatar em uma eventual eleição suplementar para o Senado, que seria convocada em caso de condenação do ex-juiz da Operação Lava Jato. O julgamento foi concluído no dia 22 de maio, com Sérgio Moro absolvido por unanimidade.

Ao Estadão, Leprevost afirmou que Rosângela contribuirá com a chapa, principalmente, nas áreas de assistência social e saúde pública. Entre os motivos para a escolha da deputada como vice, o pré-candidato citou o posicionamento dela favorável ao marido nas redes sociais, quando a Polícia Federal (PF) desvendou um plano da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) para sequestrar e matar o ex-juiz da Lava Jato.

Sérgio Moro foi eleito senador pelo Paraná com 33,5% dos votos em 2022. A presença de Rosângela na chapa e o apoio público do ex-juiz da Lava Jato fazem parte da estratégia para Leprevost alavancar a candidatura. O deputado estadual tem 13,6% das intenções de voto, conforme o levantamento do instituto Paraná Pesquisas, divulgado no início do mês sobre a disputa na capital paranaense.

Questionado sobre a tentativa de conquistar votos com o sobrenome Moro, Leprevost tergiversou e optou por enaltecer a deputada. "Eu acredito que ela agrega muito com a sua experiência na área de defesa da pessoa com deficiência, na área da saúde e na área da assistência social. É uma mulher corajosa que esteve, com muita garra e firmeza, ao lado do senador nos momentos que ele sofreu ameaças. Ela nunca esmoreceu, e é de pessoas assim que nós precisamos", afirmou.

A candidatura de Leprevost será oficializada na quinta-feira, 1º, na convenção do União Brasil. O prazo para registro na Justiça Eleitoral é até 15 de agosto.

A pesquisa, divulgada no dia 8 de julho, mostrou Leprevost em terceiro lugar na preferência do eleitorado curitibano, com 13,6% das intenções de voto. O deputado estadual está empatado na margem de erro com o deputado federal Luciano Ducci (PSB-PR), apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tem 14,9%.

Em um cenário embolado, também estão empatados tecnicamente com os dois o ex-governador do Paraná Roberto Requião (Mobiliza), com 12,4%, e o deputado federal Beto Richa (PSDB), 10,1%.

Liderando as intenções de voto, está o vice-prefeito Eduardo Pimentel (PSD), com 24,1%. Ele é apoiado pelo prefeito Rafael Greca (PSD) e pelo PL do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O instituto Paraná Pesquisas ouviu 800 eleitores curitibanos entre 29 de junho e 3 de julho. O levantamento tem uma margem de erro de 3,5 pontos porcentuais para mais ou para menos e índice de confiabilidade é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número PR-04643/2024.

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O presidente dos EUA, Donald Trump, defendeu neste sábado a passagem "gratuita" de navios americanos pelos canais do Panamá e de Suez, afirmando que eles "não existiriam sem os EUA".

"Os navios americanos, tanto militares quanto comerciais, devem ter permissão para viajar, gratuitamente, pelos canais do Panamá e de Suez!", escreveu Trump na rede Truth.

Ele também pediu ao secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que cuidasse imediatamente da situação.

O Hamas afirmou neste sábado que enviou uma delegação de alto nível ao Cairo para tentar retomar o cessar-fogo - rompido no mês passado por bombardeios israelenses -, acrescentando que o grupo poderia concordar com uma trégua de cinco a sete anos em troca do fim da guerra. A paz permitiria a reconstrução de Gaza, a libertação dos palestinos presos e o retorno de todos os reféns.

"A ideia de uma trégua ou de sua duração não é rejeitada por nós, e estamos prontos para discuti- la no âmbito das negociações. Estamos abertos a qualquer proposta séria para acabar com a guerra", disse Taher Al-Nono, assessor da liderança do Hamas, no primeiro sinal claro de que o grupo esta aberto a um acordo de longo prazo.

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*Com informações da Associated Press

O governo da China isentou de suas tarifas retaliatórias algumas importações dos EUA que o país teria dificuldade em obter imediatamente de outros países para proteger seus interesses nacionais, disseram pessoas familiarizadas com o assunto. Entre os produtos, estão alguns semicondutores, equipamentos para fabricação de chips, produtos médicos e peças de aviação.

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