Republicanos oficializa apoio a Nunes com discurso de Tarcísio em defesa do prefeito

Política
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O partido Republicanos oficializou o apoio à reeleição do atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) durante convenção realizada nesta quinta-feira, 1º, no Memorial da América Latina. A presença da legenda na coligação do emedebista já era considerada certa, tendo em vista a atuação de Tarcísio de Freitas (Republicanos) como articulador político na formação da chapa do prefeito e os diversos acenos feitos ao chefe do Executivo paulistano - ele afirmou, no último sábado, 27, que transferiu seu título eleitoral de São José dos Campos para a capital paulista para "votar no Nunes."

 

"Ter eleição vitoriosa é saber onde vamos encabeçar e onde vamos compor", disse Tarcísio sobre o apoio de seu partido à candidatura do atual prefeito em seu discurso. "Sabe porque você vai ganhar, Ricardo? Porque o bem sempre vence", afirmou. O governador continuou, ressaltando que Nunes é alvo de injustiças e ataques, mas que isso "não vai prosperar porque temos uma pessoa bem intencionada". Tarcísio não fez menção sobre o que falava.

 

Nesta quarta-feira, 31, a Polícia Federal indiciou 117 investigados da Máfia das Creches e pediu à Justiça Federal autorização para abrir um inquérito específico sobre a relação do prefeito Ricardo Nunes com uma empresa noteira (que emite notas fiscais frias). O envolvimento de Nunes teria ocorrido quando exercia o mandato de vereador paulistano, em 2018. Em nota, a assessoria de Nunes declarou que "o prefeito prestou todos os esclarecimentos no processo e, reitera-se, não resultou em qualquer acusação. Foram serviços prestados sem quaisquer irregularidades."

 

Nunes voltou a alfinetar seu adversário Guilherme Boulos (PSOL) durante fala na convenção do Republicanos. Mais uma vez, sem citar o psolista nominalmente, o prefeito de São Paulo disse que "como nunca invadi nada de ninguém, eu respeito as leis, a gente deu esse salto tão positivo" no comando da cidade. Com discurso em tom de campanha, o prefeito chamou Tarcísio de "meu irmão" e reforçou que a parceria entre Estado e município possibilitou a realização de programas de governo do emedebista.

 

Além de Nunes e Tarcísio, estavam presentes também o presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, o presidente do partido na cidade de São Paulo, André Santos, o presidente estadual da sigla, Roberto Carneiro, a senadora Damares Alves (Republicanos) e o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi.

 

Rossi, em discurso rápido e direcionado à Marcos Pereira, reforçou que "a parceria com o Republicanos foi fundamental para que o Ricardo (Nunes) pudesse chegar hoje e liderar todas as pesquisas de opinião" para estas eleições municipais. Em outra fala, Carneiro revelou que nos últimos dias foram "tentados a mudar (de aliança), mas o presidente (do Republicanos) disse que deu a palavra à Nunes e não tinha volta", concluiu o presidente estadual da sigla.

 

No começo do ano, Tarcísio já havia anunciado o apoio à candidatura de Nunes. A declaração foi feita durante uma coletiva de imprensa, em 16 de janeiro, depois de um evento do governo estadual para anunciar subsídio para compra de casas. Perguntado se o eleitor poderia entender que ele estaria ao lado de Nunes, o governador respondeu que "o eleitor pode entender, sim."

 

Tarcísio e seu grupo político, de acordo com a avaliação de aliados do governador, estão engajados em impedir que Boulos, adversário de Nunes e que conta com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), saia vitorioso no pleito deste ano.

 

O governador do Estado vem desempenhando um papel importante no entorno da campanha do atual prefeito. Ele é um dos principais aliados de Nunes em sua tentativa de reeleição, e vem desempenhando papel de destaque em seu entorno. Foi o próprio Tarcísio, inclusive, quem anunciou o coronel Mello Araújo como vice na chapa do prefeito. O nome do coronel foi indicado pelo ex-presidente Bolsonaro, que também está apoiando o emedebista.

 

A decisão de Bolsonaro de apoiar Nunes ocorreu depois de o atual prefeito, em entrevista, cobrar publicamente uma decisão do ex-presidente. Na gravação, publicada em dezembro do ano passado, Nunes disse que o ex-presidente sabe da responsabilidade que tem na união contra o que chamou de "extrema-esquerda".

 

Na última pesquisa Genial/Quaest, divulgada na semana passada, Nunes lidera a disputa pela Prefeitura de São Paulo com 20% das intenções de voto no primeiro turno, seguido pelo apresentador José Luiz Datena (PSDB) e por Boulos, que possuem 19% cada. Os três estão empatados tecnicamente, considerando a margem de erro do levantamento, que é de 3,1 pontos porcentuais para mais ou para menos.

 

A Quaest fez entrevistas presenciais com 1.002 paulistanos entre os dias 25 e 28 de julho. O índice de confiabilidade é de 95% e o levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número SP-06142/2024.

 

Tarcísio diz que mudou domicílio eleitoral para votar no Nunes em São Paulo

No último sábado, 27, o governador de São Paulo afirmou que transferiu seu título de eleitor de São José dos Campos para a capital paulista. A transferência, segundo ele, foi feita para "votar no Ricardo Nunes" em outubro. O domicílio eleitoral de Tarcísio já foi alvo de polêmicas. Nascido no Rio de Janeiro e com longo percurso em Brasília, o então ministro da Infraestrutura de Jair Bolsonaro (PL) nunca tinha vivido no estado de São Paulo quando foi convencido a disputar o governo do estado.

 

Para poder concorrer ao Palácio dos Bandeirantes, ele transferiu seu título e declarou endereço em São José dos Campos, onde afirmava ter familiares na cidade. Apesar de questionamentos judiciais sobre o domicílio eleitoral do ex-ministro, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) deferiu o pedido de registro de candidatura.

 

Bolsonaro confirma presença em convenção do MDB para oficializar a chapa de Nunes

 

Jair Bolsonaro confirmou presença na convenção partidária do MDB que irá oficializar a chapa de Nunes com o pré-candidato ao cargo de vice, o coronel Ricardo Mello Araújo (PL). O evento está marcado para às 10h do dia 3 de agosto, no estacionamento da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

 

Segundo a legenda, também estarão presentes os presidentes, lideranças locais e nacionais, além de seguidores do partido e os pré-candidatos a vereador de siglas que apoiam a reeleição do emedebista. "Será o momento de mostrar a amplitude da coalizão política em torno da reeleição do prefeito Ricardo Nunes e a força popular que o sustenta" disse o presidente do diretório municipal do MDB de São Paulo, Enrico Misasi.

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou que o Acordo de Parceria Estratégica e Cooperação entre Rússia e Venezuela foi "totalmente acordado" e está pronto para ser assinado. A declaração foi feita durante uma videoconferência com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em comemoração aos 80 anos de relações diplomáticas entre os dois países.

"Estou satisfeito em anunciar que o Acordo de Parceria Estratégica e Cooperação entre nossos países foi totalmente acordado", afirmou Putin. Segundo o líder russo, o pacto "criará uma base sólida para a expansão de nossos laços multifacetados a longo prazo" e poderá ser formalizado durante uma visita de Maduro à Rússia, em data ainda a ser definida.

Putin também convidou Maduro para as celebrações do 80º aniversário da Vitória na Grande Guerra Patriótica, em 9 de maio, em Moscou. O presidente russo destacou que a Venezuela apoiou a União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial, fornecendo combustíveis e outros materiais essenciais para o esforço de guerra.

Além disso, Putin ressaltou a convergência de posições entre os dois países em temas internacionais. "Juntos, nos opomos a qualquer manifestação de neonazismo e neocolonialismo. Agradecemos que a Venezuela apoie as iniciativas russas relevantes em fóruns multilaterais", afirmou. Ele acrescentou que ambos os países buscam "construir uma ordem mundial mais justa" e promover "a igualdade soberana dos Estados e a cooperação mutuamente benéfica sem interferência externa".

O presidente russo reafirmou ainda o compromisso de Moscou com Caracas. "A Rússia fará e continuará fazendo tudo o que for possível para tornar nossos esforços conjuntos nas esferas comercial, econômica, científica, técnica, cultural e humanitária ainda mais próximos e abrangentes", declarou.

Um grupo de democratas, liderado pelo líder da minoria do Senado, Chuck Schumer, ajudou os republicanos para que projeto de lei para financiar o governo até setembro avançasse, evitando uma paralisação, mas deixando os democratas desanimados e profundamente divididos sobre como resistir à agenda agressiva do presidente Trump.

O parlamentar de Nova York e outros nove membros da bancada democrata romperam com a maioria de seu partido em uma votação processual para uma medida de financiamento de US$ 1,7 trilhão, levando a um placar de 62 a 38, acima do limite necessário de 60 votos para que um projeto de lei passe pelo Senado. Um republicano, o senador Rand Paul de Kentucky, votou não. Uma votação final é esperada para o final do dia.

Na votação final subsequente que exigiu apenas uma maioria simples, o Senado aprovou o projeto de lei por 54-46, em grande parte de acordo com as linhas partidárias. Agora, ele segue para sanção do presidente Donald Trump.

O resultado no Senado, onde os republicanos têm uma maioria de 53-47, ressaltou o quão pouco poder os democratas têm para resistir aos planos de Trump e alimentou a crescente frustração nas fileiras do partido sobre sua diretriz e liderança. Em seus primeiros 50 dias de mandato, Trump se moveu para cortar drasticamente a força de trabalho federal e controlar a ajuda externa, ao mesmo tempo em que preparava o cenário para um pacote de cortes de impostos, reduções de gastos e gastos maiores com defesa da fronteira.

Schumer, que enfrentou duras críticas de seu próprio partido ao longo do dia, disse que o projeto de lei do Partido Republicano era a melhor de duas escolhas ruins. Ele argumentou que bloquear a medida e arriscar uma paralisação teria permitido que Trump e o Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), comandado por Elon Musk, acelerassem a reestruturação de agências federais, citando o poder da administração durante um gap de financiamento para determinar quais funcionários e serviços são essenciais ou não essenciais.

O Hamas disse nesta sexta-feira, 14, que aceitou uma proposta dos mediadores para libertar um refém americano-israelense vivo e os corpos de quatro pessoas de dupla nacionalidade que morreram em cativeiro. O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, lançou dúvidas sobre a oferta, acusando o Hamas de tentar manipular as negociações em andamento no Catar sobre a próxima etapa do cessar-fogo em Gaza.

O grupo não especificou imediatamente quando a libertação do soldado Edan Alexander e dos quatro corpos aconteceria - ou o que espera receber em troca. Também não é claro quais mediadores propuseram o que o Hamas estava discutindo. O Egito, Catar e EUA têm orientado as negociações, e nenhum deles confirmou ter feito a sugestão até a noite de sexta-feira.

Autoridades dos EUA, incluindo o enviado Steve Witkoff, disseram que apresentaram uma proposta na quarta-feira para estender o cessar-fogo por mais algumas semanas enquanto os lados negociam uma trégua permanente. O gabinete de Netanyahu declarou que Israel "aceitou o esboço de Witkoff e mostrou flexibilidade", mas que o Hamas se recusou a fazê-lo.