TSE valida desfiliação de Ricardo Salles do PL, que se direciona para o Novo

Política
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O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) André Ramos Tavares validou a desfiliação do deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), que está de malas prontas para deixar o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. O parlamentar, que foi ministro do Meio Ambiente entre 2019 e 2021, vai se filiar ao Novo e não corre o risco de perder o mandato na Câmara.

Salles precisou enviar ao TSE uma carta de anuência assinada pelo presidente do partido, Valdemar Costa Neto, para conseguir deixar o PL. O documento evita que o deputado perca o mandato ao se desfiliar da sigla.

Para a Corte Eleitoral, Salles disse que decidiu deixar o partido após "rusgas internas". O deputado decidiu sair do PL após ter a sua candidatura à Prefeitura de São Paulo preterida. Mesmo tento o apoio público de Bolsonaro, Valdemar preferiu construir a aliança com o prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Salles cobrou celeridade do TSE para poder se filiar ao Novo antes do início das campanhas eleitorais deste ano. Caso o partido tenha cinco parlamentares no Congresso Nacional, terá o direito de participar de debates televisivos. Atualmente, a legenda possui três deputados e um senador.

De acordo com o Novo, Salles pode se filiar ao partido de forma on-line a qualquer momento. Ainda não está prevista uma cerimônia para receber o deputado federal. O Estadão procurou o parlamentar, mas não obteve retorno.

Salles deve concorrer ao Senado por São Paulo em 2026

O futuro eleitoral de Salles no Novo já está traçado. Pela sigla, o ex-ministro do Meio Ambiente deve concorrer ao Senado por São Paulo. Um dos possíveis adversários dele na disputa é o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho "03" do ex-presidente.

Salles já foi filiado ao Novo entre 2018 e 2020, quando foi expulso da sigla devido ao cargo no governo Bolsonaro. Ele anunciou o retorno ao partido no início do mês passado em uma publicação no X (antigo Twitter) e alfinetou o ex-presidente da sigla João Amoêdo, algoz do ex-ministro que deixou a legenda em 2022.

"Recebi, oficialmente, convite do Partido Novo para concorrer ao Senado em 2026 pelo meu Estado de São Paulo. Seis anos após ter sido expulso pelo Amoedo por ter me tornado, com muito orgulho, ministro do Bolsonaro, com quem estive, estou e sempre estarei junto", afirmou.

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou que o Acordo de Parceria Estratégica e Cooperação entre Rússia e Venezuela foi "totalmente acordado" e está pronto para ser assinado. A declaração foi feita durante uma videoconferência com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em comemoração aos 80 anos de relações diplomáticas entre os dois países.

"Estou satisfeito em anunciar que o Acordo de Parceria Estratégica e Cooperação entre nossos países foi totalmente acordado", afirmou Putin. Segundo o líder russo, o pacto "criará uma base sólida para a expansão de nossos laços multifacetados a longo prazo" e poderá ser formalizado durante uma visita de Maduro à Rússia, em data ainda a ser definida.

Putin também convidou Maduro para as celebrações do 80º aniversário da Vitória na Grande Guerra Patriótica, em 9 de maio, em Moscou. O presidente russo destacou que a Venezuela apoiou a União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial, fornecendo combustíveis e outros materiais essenciais para o esforço de guerra.

Além disso, Putin ressaltou a convergência de posições entre os dois países em temas internacionais. "Juntos, nos opomos a qualquer manifestação de neonazismo e neocolonialismo. Agradecemos que a Venezuela apoie as iniciativas russas relevantes em fóruns multilaterais", afirmou. Ele acrescentou que ambos os países buscam "construir uma ordem mundial mais justa" e promover "a igualdade soberana dos Estados e a cooperação mutuamente benéfica sem interferência externa".

O presidente russo reafirmou ainda o compromisso de Moscou com Caracas. "A Rússia fará e continuará fazendo tudo o que for possível para tornar nossos esforços conjuntos nas esferas comercial, econômica, científica, técnica, cultural e humanitária ainda mais próximos e abrangentes", declarou.

Um grupo de democratas, liderado pelo líder da minoria do Senado, Chuck Schumer, ajudou os republicanos para que projeto de lei para financiar o governo até setembro avançasse, evitando uma paralisação, mas deixando os democratas desanimados e profundamente divididos sobre como resistir à agenda agressiva do presidente Trump.

O parlamentar de Nova York e outros nove membros da bancada democrata romperam com a maioria de seu partido em uma votação processual para uma medida de financiamento de US$ 1,7 trilhão, levando a um placar de 62 a 38, acima do limite necessário de 60 votos para que um projeto de lei passe pelo Senado. Um republicano, o senador Rand Paul de Kentucky, votou não. Uma votação final é esperada para o final do dia.

Na votação final subsequente que exigiu apenas uma maioria simples, o Senado aprovou o projeto de lei por 54-46, em grande parte de acordo com as linhas partidárias. Agora, ele segue para sanção do presidente Donald Trump.

O resultado no Senado, onde os republicanos têm uma maioria de 53-47, ressaltou o quão pouco poder os democratas têm para resistir aos planos de Trump e alimentou a crescente frustração nas fileiras do partido sobre sua diretriz e liderança. Em seus primeiros 50 dias de mandato, Trump se moveu para cortar drasticamente a força de trabalho federal e controlar a ajuda externa, ao mesmo tempo em que preparava o cenário para um pacote de cortes de impostos, reduções de gastos e gastos maiores com defesa da fronteira.

Schumer, que enfrentou duras críticas de seu próprio partido ao longo do dia, disse que o projeto de lei do Partido Republicano era a melhor de duas escolhas ruins. Ele argumentou que bloquear a medida e arriscar uma paralisação teria permitido que Trump e o Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), comandado por Elon Musk, acelerassem a reestruturação de agências federais, citando o poder da administração durante um gap de financiamento para determinar quais funcionários e serviços são essenciais ou não essenciais.

O Hamas disse nesta sexta-feira, 14, que aceitou uma proposta dos mediadores para libertar um refém americano-israelense vivo e os corpos de quatro pessoas de dupla nacionalidade que morreram em cativeiro. O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, lançou dúvidas sobre a oferta, acusando o Hamas de tentar manipular as negociações em andamento no Catar sobre a próxima etapa do cessar-fogo em Gaza.

O grupo não especificou imediatamente quando a libertação do soldado Edan Alexander e dos quatro corpos aconteceria - ou o que espera receber em troca. Também não é claro quais mediadores propuseram o que o Hamas estava discutindo. O Egito, Catar e EUA têm orientado as negociações, e nenhum deles confirmou ter feito a sugestão até a noite de sexta-feira.

Autoridades dos EUA, incluindo o enviado Steve Witkoff, disseram que apresentaram uma proposta na quarta-feira para estender o cessar-fogo por mais algumas semanas enquanto os lados negociam uma trégua permanente. O gabinete de Netanyahu declarou que Israel "aceitou o esboço de Witkoff e mostrou flexibilidade", mas que o Hamas se recusou a fazê-lo.