Nunes nega motivação eleitoral em ida a igrejas na campanha: 'Tem gente que até virou cristão'

Política
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O prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), negou ter motivação eleitoral em suas agendas oficiais em igrejas e afirmou, de forma irônica, que "tem gente que agora até virou cristão" ao se referir a adversários políticos. Desde o início oficial da campanha, na sexta-feira, 16, o emedebista já participou de três cerimônias religiosas. As declarações foram feitas neste domingo, 18, durante visita a uma feira livre no bairro periférico Penha de França, na Zona Leste da cidade.

 

Na sexta-feira, primeiro dia de campanha, Nunes participou de missa na Diocese de Santo Amaro. No sábado, foi à missa da Feira Vocacional 2024, em Interlagos. E neste domingo abriu a agenda com a inauguração da sede da Igreja Deus Proverá, no Brás.

 

"Tem gente que agora até virou cristão. Eu participei como vereador durante oito anos da Frente Parlamentar Cristã da Câmara Municipal de São Paulo. Então, já é do meu costume; vou à missa todos os domingos. Faz parte do meu dia a dia. Agora, quando tem eleição, isso acaba ganhando mais visibilidade, mas é algo que eu sempre fiz", disse.

 

Nunes também rebateu a alegação de que a reunião realizada com o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) no Palácio dos Bandeirantes, na quinta-feira, 15, tenha sido motivada pelo avanço do candidato Pablo Marçal (PRTB) nas pesquisas eleitorais para a Prefeitura de São Paulo.

 

"Eu não estou preocupado com o Marçal, nem com o Nikolas. Ele veio a São Paulo para fazer uma agenda de lançamento de um candidato que apoia uma vereadora aqui, e depois iria comer uma pizza com o Tarcísio [de Freitas, governador de São Paulo]. Aproveitei e fomos juntos. Depois, saiu na imprensa que foi uma agenda particular e por causa do Marçal. O que fizemos ali foi aproveitar a vinda dele à cidade de São Paulo", disse.

 

O ex-coach tem como principal objetivo capitalizar os votos bolsonaristas na cidade, mesmo sem o apoio formal do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está ao lado do atual prefeito. O empresário tem explorado a aliança pouco confortável entre Bolsonaro e Nunes para se posicionar como o autêntico candidato bolsonarista na eleição paulistana. Em junho, ele chegou a publicar nas redes sociais um encontro com o ex-presidente em Brasília, ocasião em que recebeu as medalhas de "imbrochável", "imorrível" e "incomível".

 

O candidato à reeleição afirmou ainda que a participação de Bolsonaro durante a corrida eleitoral fortalece a campanha, mas ponderou que deseja focar nas questões relativas à cidade, evitando a nacionalização das eleições.

 

"É natural que ele participe. Agora, vai depender da agenda dele. Se coincidir algum dia, se tiver alguma agenda em que ele esteja disponível, ele vai participar. Mas na campanha, eu vou focar naquilo que é importante para a cidade, discutir a cidade", completou.

 

As declarações de Nunes ocorrem após Bolsonaro, em entrevista, afirmar que o atual prefeito não é seu "candidato dos sonhos". Mesmo assim, o ex-presidente disse que manterá o compromisso de aliança firmado entre eles para estas eleições.

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O parlamento do Líbano votou nesta quinta-feira, 9, para eleger o comandante do exército Joseph Aoun como chefe de estado, preenchendo um vácuo presidencial de mais de dois anos.

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Aoun, sem parentesco com o ex-presidente Michel Aoun, era amplamente visto como o candidato preferido dos Estados Unidos e da Arábia Saudita. A sessão foi a 13ª tentativa da legislatura de eleger um sucessor para Michel Aoun, cujo mandato terminou em outubro de 2022.

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, disse acreditar que os comentários do presidente eleito Donald Trump sobre a anexação do Canadá têm como objetivo desviar a atenção das consequências que os consumidores americanos enfrentam com uma tarifa de 25% sobre todas as importações canadenses.

"Isso não vai acontecer", disse Trudeau sobre a ideia de anexação.

"Isso é algo em que acho que precisamos nos concentrar um pouco mais", disse Trudeau em entrevista quinta-feira à CNN.

"Os canadenses têm orgulho de ser canadenses. Uma das maneiras que nos definimos de maneira mais fácil é: não somos americanos", disse.

"O que penso é que o Presidente Trump, que é um negociador muito hábil, está distraindo as pessoas com essa conversa" para tirar o foco das ameaças de tarifas sobre petróleo, gás, eletricidade, aço.

O premiê defendeu que o futuro presidente americano trabalhe em conjunto com os canadenses, em uma estratégia "ganha-ganha", que favoreça os dois lados. "Fazemos melhor, quando trabalhamos juntos", disse.

O premiê anunciou sua renúncia esta semana, mas permanecerá como primeiro-ministro até que os membros do Partido Liberal escolham um novo líder.

Os incêndios florestais em Los Angeles estão prestes a se tornar os mais caros da história dos Estados Unidos, com estimativas de danos que já chegam a cerca de US$ 50 bilhões, o dobro da previsão anterior, conforme o analista do JPMorgan, Jimmy Bhullar. Esse valor inclui perdas seguradas, estimadas em mais de US$ 20 bilhões.

Outras projeções também colocam o desastre entre os mais onerosos do país. A agência de classificação de risco Morningstar DBRS prevê perdas seguradas superiores a US$ 8 bilhões. No entanto, o total final de perdas pode variar, especialmente em previsões feitas enquanto os eventos ainda estão em curso. Analistas calculam os custos comparando o número e o valor das propriedades destruídas com incêndios anteriores. O incêndio Camp Fire de 2018, o mais destrutivo dos EUA até o ano passado, causou perdas de US$ 12,5 bilhões, ajustados pela inflação.

As perdas bilionárias devem pressionar ainda mais o já fragilizado mercado de seguros residenciais da Califórnia. A analista Denise Rappmund, da Moodys, alerta que o impacto será negativo para o mercado de seguros do estado, provavelmente elevando prêmios e reduzindo a disponibilidade de coberturas.

Além disso, seguradoras podem ser forçadas a resgatar o Fair Plan, plano da Califórnia de última instância para proprietários rejeitados por seguradoras privadas. Esse plano pode exigir que as seguradoras privadas paguem as perdas que o programa não consegue cobrir. Embora ainda não esteja claro o quanto das perdas recairá sobre o Fair Plan, ele tem grande exposição a áreas severamente afetadas pelos incêndios, como Pacific Palisades, que apresentava uma exposição de cerca de US$ 6 bilhões até setembro.

A presidente do Fair Plan, Victoria Roach, afirmou que a situação é um "jogo de azar", com muita exposição e poucos recursos disponíveis. Uma porta-voz do plano garantiu que há mecanismos de pagamento, incluindo resseguro, para garantir que todas as reivindicações com cobertura sejam pagas.