Em meio a disputa com X, Pacheco elogia Moraes: Ele agiu com "firmeza" em 2022

Política
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), elogiou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, momentos antes de o magistrado publicar a decisão que mandou suspender as atividades da rede social X (ex-Twitter) no Brasil.

Pacheco disse que Moraes agiu com "muita firmeza" e "grande vigor" durante as eleições de 2022, enquanto era presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Apesar de não se referir à decisão do ministro do STF envolvendo a rede social, o "timing" da fala de Pacheco chamou a atenção.

A declaração foi dada durante a entrega do Colar do Mérito do Ministério Público de São Paulo a Moraes. O ministro foi promotor de Justiça do MP-SP de 1991 a 2002, quando deixou o cargo para assumir a Secretaria de Justiça do Estado de São Paulo.

Pacheco afirmou que Moraes adquiriu, ao longo dos anos, uma "notoriedade como doutrinador de Direito Constitucional" e que "o destino acabou nos unindo, eu como chefe do Poder Legislativo e o ministro Alexandre como presidente do TSE, em um momento muito difícil e agudo da nação, em que se exigia muita ponderação, diálogo, mas também muita firmeza para afirmação da democracia".

"Pude testemunhar o grande vigor e a importância que teve o ministro Alexandre de Moraes à frente do TSE em um momento de muitas dificuldades, em que a nossa democracia correu sérios riscos, isso é inegável", completou Pacheco.

A decisão de Moraes contra a rede social X foi divulgada por volta das 16h50 desta sexta-feira, 30. O ministro mandou suspender o X no Brasil após o dono da rede social, o bilionário Elon Musk, fechar o escritório da plataforma no País e se negar a indicar um representante da rede para responder a intimações na Justiça brasileira.

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O ministro de Relações Exteriores chinês, Wang Yi, viajou para Moscou nesta segunda-feira (31) para conversas com o equivalente russo, Sergei Lavrov, à medida que Rússia e Ucrânia discutem uma proposta do presidente dos EUA, Donald Trump, para encerrar a guerra iniciada há três anos.

Wang deverá se encontrar com Lavrov na terça-feira (1º), dias após ucranianos e russos aceitarem em princípio um acordo de cessar-fogo limitado proposto por Trump. A dúvida é quando a eventual trégua entraria em vigor e quanto tempo duraria.

Trump criticou Vladimir Putin e Volodymir Zelenski mo domingo, 30, expressando frustração com os líderes russo e ucraniano. Embora tenha insistido a repórteres que as negociações apresentaram "muito progresso", Trump admitiu que "há um ódio tremendo" entre os dois líderes. Ele disse também estar "zangado, irritado" por Putin ter questionado a credibilidade de Zelenski.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, enfatizou a posição de neutralidade de Pequim em relação ao conflito da Ucrânia.

"Sempre acreditamos que o diálogo e a negociação são a única maneira viável de sair da crise. A cooperação da China com a Rússia não tem como alvo uma terceira parte e não deve ser afetada por nenhuma terceira parte", disse Guo a repórteres em coletiva de imprensa diária.

A China não mencionou a Ucrânia ao anunciar a viagem de Wang, dizendo apenas que os dois países "continuam aprofundando a coordenação estratégica e expandindo a cooperação prática em vários campos".

"O lado chinês está pronto para aproveitar essa visita como uma oportunidade de trabalhar com o lado russo... em questões internacionais e regionais de interesse comum", disse o porta-voz do ministério chinês. Fonte: Associated Press.

Vice-presidente da Comissão Europeia e Alta Representante da União Europeia (UE) para Relações Exteriores e Política de Segurança, Kaja Kallas defendeu que os Estados Unidos devem colocar mais pressão na Rússia para encerrar a guerra na Ucrânia.

"Precisamos que a Rússia aceite e siga em frente com o cessar-fogo, mostrando boa vontade ao devolver crianças ucranianas ou prisioneiros de guerra", afirmou a autoridade a repórteres nesta segunda-feira, 31, segundo nota divulgada pelo serviço diplomático da UE.

Kallas observou que a Ucrânia já demonstrou disposição em aceitar o cessar-fogo, enquanto ainda não há resposta da parte russa. "A Rússia está fazendo jogos e não quer de fato a paz", alertou.

A líder de extrema-direita da França, Marine Le Pen, foi considerada culpada por desvios de recursos por um tribunal francês nesta segunda-feira, 31, o que a torna inelegível por cinco anos, com efeito imediato.

A sentença representa um golpe à ambição presidencial de Le Pen, considerada uma das principais rivais do atual presidente do país, Emmanuel Macron, que está em seu segundo e último mandato.

Embora Marine Le Pen possa apelar do veredicto, a medida não suspenderia sua inelegibilidade, o que pode excluí-la da corrida presidencial de 2027. A líder não compareceu à sessão em que a sentença foi pronunciada. Fonte: Associated Press.