Candidato a vereador do PT é agredido em campanha e atribui ataque a equipe de Rodrigo Amorim

Política
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O candidato a vereador Leonel Querino da Silva Neto, o Leonel de Esquerda (PT), foi agredido, durante campanha de rua na manhã deste domingo, 1, na Tijuca, na zona norte do Rio. O candidato atribuiu a agressão ao candidato a prefeito e deputado estadual Rodrigo Amorim (União Brasil).

"Leonel foi covardemente agredido por um adversário político da direita carioca quando estava em campanha. No momento, ele encontra-se hospitalizado e sem condições de se pronunciar", informou a equipe do candidato em uma postagem no Instagram.

O caso foi registrado na 19ª DP (Tijuca). De acordo com a campanha de Rodrigo Amorim, o deputado "premeditou" uma abordagem contra ele. Amorim ainda diz que "agiu em defesa própria".

"Quando o deputado chegou à praça, foi abordado por Leonel, que filmava tudo com um celular enquanto proferia ofensas à família de Amorim, em especial sua mãe, falecida em 2020, e ao presidente Jair Bolsonaro. Havia um contorno suspeito na cintura do youtuber, que poderia ser uma faca, e ele ainda estava acompanhado por dois seguranças", disse.

Ainda segundo a nota divulgada pela equipe do candidato a prefeito pelo União Brasil, "Amorim agiu em defesa própria, tentando afastar o celular do youtuber de seu rosto. O youtuber caiu durante a confusão e o deputado reagiu pedindo para todos os envolvidos se afastarem a fim de acabar com o tumulto. Em seguida, se abrigou, diante da chegada de seguranças de Leonel".

Em nota, o diretório do PT no Rio de Janeiro atribuiu as agressões contra Leonel ao candidato a prefeito e integrantes da sua campanha. De acordo com a legenda, o caso é "mais um episódio de ataque à democracia brasileira, às eleições livres e à integridade física daqueles que candidatam-se ao voto popular".

"Rodrigo Amorim candidato a prefeito pelo União Brasil e integrantes da sua campanha agrediram covardemente o candidato a vereador do PT-RJ, Leonel de Esquerda, que nesse momento encontra-se hospitalizado, ainda sem boletim médico divulgado. Reafirmamos nossa solidariedade aos familiares e ao nosso companheiro Leonel de Esquerda, que é um militante aguerrido e candidato a vereador pelo PT Carioca. O fascismo continua vivo no Brasil e precisamos, em nome da Democracia brasileira, combater com veemência o ódio que não tolera diálogo com o contraditório", diz o partido.

Eduardo Paes presta solidariedade

O prefeito Eduardo Paes (PSD), candidato à reeleição, prestou solidariedade ao candidato a vereador do PT e repudiou o que chamou de "afronta à democracia brasileira e um ataque ao processo eleitoral"

"O Partido Social Democrático do Rio de Janeiro (PSD-RJ) repudia o ato de violência sofrido pelo candidato a vereador Leonel Querino da Silva Neto, que foi covardemente agredido por um candidato a prefeito da oposição e seus correligionários políticos, quando fazia campanha na manhã de domingo na Praça Varnhagen, na Tijuca. O PSD presta sua solidariedade a Leonel, que está hospitalizado, e ao Partido dos Trabalhadores, que faz parte da coligação "É o Rio seguindo em frente", e cobra providências das autoridades diante de mais um lamentável episódio de violência política, que representa uma afronta à democracia brasileira e um ataque ao processo eleitoral."

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O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, afirmou na manhã deste sábado que o presidente da Rússia, Valdimir Putin, terá, "mais cedo ou mais tarde" que se sentar à mesa para iniciar "negociações sérias" de paz.

Segundo o premiê britânico, Putin está tentando adiar um acordo de cessar-fogo de 30 dias, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky "mostrou mais uma vez e sem qualquer dúvida que a Ucrânia é a parte interessada na paz".

As declarações foram feitas em coletiva de imprensa neste sábado, quando 26 líderes internacionais se reúnem no Reino Unido a fim de apoiar uma eventual trégua entre a Ucrânia e a Rússia.

"O grupo que eu convoquei hoje é mais importante do que nunca. Ele reúne parceiros de toda a Europa, bem como da Austrália e da Nova Zelândia e continua apertando as restrições sobre a economia da Rússia para enfraquecer a máquina de guerra de Putin e trazê-lo à mesa de negociações. E concordamos em acelerar nosso trabalho prático para apoiar um potencial acordou", afirmou o premiê.

Starmer disse ainda que o grupo entrará "em uma fase operacional" e que militares dos respectivos países se reunirão na próxima quinta-feira, 20, no Reino Unido "para colocar em prática planos fortes e robustos, para apoiar um acordo policial e garantir a segurança futura da Ucrânia".

Segundo o premiê, "o apetite da Rússia pelo conflito e pelo caos mina a segurança do Reino Unido", o que encarece o custo de vida, inclusive os custos de energia. "Então isso importa muito para o Reino Unido. É por isso que agora é a hora de se engajar em discussões sobre um mecanismo para gerenciar e monitorar falsas bandeiras", afirmou.

Na quinta-feira, Putin havia dito que concorda com a proposta de cessar-fogo, mas pontuou que o acordo deve levar a uma paz duradoura e eliminar as "causas raízes do conflito".

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou há pouco que o exército russo está acumulando tropas ao longo da fronteira leste do país. Isso, segundo ele, "indica que Moscou pretende continuar ignorando a diplomacia" e tem a intenção de atacar a região de Sumy.

"Está claro que a Rússia está prolongando a guerra. Estamos prontos para fornecer aos nossos parceiros todas as informações reais sobre a situação no front, na região de Kursk e ao longo de nossa fronteira", disse Zelensky, em publicação na rede social X.

A publicação também afirma que a situação na direção da cidade de Pokrovsk foi estabilizada, e que as tropas ucranianas continuam retendo agrupamentos russos e norte-coreanos na região de Kursk.

Segundo Zelensky, o programa de mísseis da Ucrânia teve "resultados tangíveis", com o míssil longo Neptune testado e usado "com sucesso" em combate.

O presidente também disse que o Ministério de Defesa da Ucrânia apresentou um relatório sobre novos pacotes de apoio de outros países. "Sou grato a todos os parceiros que estão ajudando", acrescenta.

O Hamas disse neste sábado que só libertará um refém americano-israelense e os corpos de quatro pessoas de dupla nacionalidade, que morreram em cativeiro, se Israel implementar o atual acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza. A organização chamou a proposta de um "acordo excepcional" destinado a colocar a trégua de volta nos trilhos.

Um alto oficial do Hamas disse que as conversas há muito adiadas sobre a segunda fase do cessar-fogo precisariam começar no dia da liberação de reféns e não ultrapassar uma duração de 50 dias. Israel também precisaria parar de barrar a entrada de ajuda humanitária e se retirar de um corredor estratégico ao longo da fronteira de Gaza com o Egito.

O refém americano-israelense Edan Alexander, 21 anos, cresceu em Nova Jersey, nos EUA, e foi raptado da sua base militar durante o ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra. Ele é o último cidadão americano vivo detido em Gaza.

O Hamas também exige a liberação de mais prisioneiros palestinos em troca dos reféns, disse o oficial, que falou sob condição de anonimato.

Não houve comentários imediatos de Israel, onde os escritórios do governo estavam fechados para o Sabbath (descanso) semanal. O escritório do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusou o Hamas na sexta-feira de "manipulação e guerra psicológica" quando a oferta foi inicialmente feita, antes de o Hamas detalhar as condições.