O que pensam eleitores de SP, Rio, Recife e BH sobre uso de arma de fogo pela GCM?

Política
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A Quaest divulgou nesta quarta-feira, 18, pesquisas de intenção de voto às prefeituras de São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Recife. Os levantamentos, além de mostrarem as preferências de voto do eleitor, avaliaram o apoio dos entrevistados ao uso de arma de fogo pelas guardas municipais das respectivas capitais.

 

Numericamente, o apoio mais representativo ao uso de arma de fogo pelas guardas é dos paulistanos, enquanto os cariocas são os mais contrários. Assim como em São Paulo, nas capitais de Minas Gerais e Pernambuco, os eleitores são mais favoráveis ao uso de arma de fogo.

 

Como mostrou o Estadão, cresce o número de cidades brasileiras que, como resposta ao aumento da violência urbana, aderem à criação de uma guarda municipais. Em 2023, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), foram 1.467 as cidades nas quais foram identificadas a operação de uma guarda municipal. A própria organização, porém, faz ressalvas pelos "desafios metodológicos" que enfrentou ao cruzar fontes distintas e apontar um crescimento de 23,5% em relação a um dado de 2019 registrado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Como efeito, o "modus operandi" entre as forças de segurança é irregular, prejudicando o planejamento de políticas públicas. Além disso, a fiscalização das instituições acaba comprometida. Estima-se que 70% das guardas municipais do País não cumpram à risca uma lei sancionada em 2014 que regulamenta o escopo de atuação das guardas de municípios.

 

São Paulo (SP)

 

Entre os paulistanos entrevistados pela Quaest, 60% se dizem favoráveis ao uso de armas de fogo pela Guarda Civil Metropolitana (GCM), enquanto 37% se dizem contrários. São 5% os que não sabem ou não quiseram responder. A GCM usa arma de fogo, como carabinas, pistolas e fuzis, desde 2022.

 

Rio de Janeiro (RJ)

 

O Rio de Janeiro vai na contramão das demais capitais pesquisadas pelo levantamento. Entre os cariocas, o apoio ao uso de arma de fogo pela guarda da cidade não é predominante. São 57% os que desaprovam a medida, ante a 38% de eleitores favoráveis. São 5% os entrevistados pela Quaest no Rio que não souberam responder. O Rio de Janeiro tem mais de 7 mil agentes municipais que hoje usam apenas equipamentos não letais.

 

Recife (PE)

 

Entre os eleitores da capital pernambucana, são 58% os que aprovam o uso de arma de fogo pela guarda municipal, enquanto 36% são contrários à medida. Não souberam ou não quiseram responder 6% dos entrevistados. Recife não possui um plano de regulamentação para uso de armas pelos 1,7 mil guardas.

 

Belo Horizonte (MG)

 

Entre os eleitores de Belo Horizonte, são 58% os que aprovam o uso de arma de fogo pela guarda municipal, enquanto 37% são contrários e 5% não responderam. Na capital mineira, a guarda pode usar arma de fogo desde 2015, a partir da realização de exames de manejo e capacidade psicológica.

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Pelo menos 68 pessoas morreram e outras 47 ficaram feridas após um bombardeio dos EUA à província de Saada, no Iêmen, segundo os rebeldes Houthis afirmaram nesta segunda-feira, 28. O Departamento de Defesa dos Estados Unidos não comentou o caso.

Imagens transmitidas pelo canal de notícias por satélite al-Masirah, controlado pelos rebeldes, mostram corpos e feridos no local, atingido no domingo, 27. O Ministério do Interior do país afirmou que havia cerca de 115 migrantes detidos no local, uma prisão de migrantes africanos.

Na mesma noite, ataques aéreos dos EUA dirigidos à capital do Iêmen, Sanaã, mataram ao menos outras oito pessoas, segundo os Houthis.

Em comunicado divulgado também na noite do domingo, o Departamento de Defesa dos EUA afirmou que a "Operação Roughrider" havia "eliminado centenas de combatentes Houthis e diversos líderes", inclusive associados a programas de mísseis e drones. Nenhum nome foi revelado.

O Exército americano reconheceu ter realizado mais de 800 ataques individuais durante a campanha de um mês.

Este é o mais recente episódio em uma guerra que já dura uma década e continua fazendo vítimas entre migrantes da Etiópia e de outras nações africanas que atravessam o país em busca de uma oportunidade de trabalho na vizinha Arábia Saudita.

Investida norte-americana

Os Estados Unidos têm atacado os Houthis em resposta aos ataques do grupo contra a navegação no Mar Vermelho - uma rota comercial crucial - e também contra Israel. Eles são o último grupo militante do chamado "Eixo da Resistência" do Irã que consegue atacar regularmente Israel.

Os ataques norte-americanos estão sendo conduzidos a partir de dois porta-aviões na região: o USS Harry S. Truman, no Mar Vermelho, e o USS Carl Vinson, no Mar Arábico. Em 18 de abril, um ataque americano ao porto de combustível de Ras Isa matou pelo menos 74 pessoas e feriu outras 171, sendo o ataque mais letal já conhecido da campanha americana.

A investida ao porto foi justificada pelos EUA como forma de "destruir a capacidade do porto de Ras Isa de receber combustível, o que começará a afetar a capacidade dos Houthis não apenas de realizar operações, mas também de gerar milhões de dólares para suas atividades terroristas", informou.

Enquanto isso, os rebeldes têm intensificado o controle da informação nos territórios sob seu domínio. No domingo, 27, emitiram um aviso determinando que todos os que possuírem receptores de internet via satélite Starlink "entreguem imediatamente" os dispositivos às autoridades.

"Uma campanha de campo será implementada em coordenação com as autoridades de segurança para prender qualquer pessoa que venda, negocie, use, opere, instale ou possua esses terminais proibidos", alertaram.

Os terminais Starlink têm sido fundamentais para a Ucrânia na luta contra a invasão russa em larga escala e também foram contrabandeados para o Irã durante protestos no país. (Com agências internacionais).

O provável próximo chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, demonstrou nesta segunda-feira, 28, dúvidas sobre o futuro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). "Não sabemos se a Otan continuará existindo nas próximas décadas", disse. Ao discursar no Comitê Federal da União Democrata Cristã (CDU), ele acrescentou que "teremos que passar muitos anos construindo as capacidades de defesa práticas e mentais da Alemanha".

"Estamos diante do maior desafio que as sociedades livres enfrentaram nos últimos 75 anos. Não sabemos se a aliança permanecerá como é nas próximas décadas. Por isso, precisamos priorizar corretamente: a segurança externa é condição essencial para tudo o mais - política interna, economia, meio ambiente, política social. Mas os desafios internos também são imensos", afirmou.

Para Merz, o maior desafio é a guerra na Ucrânia. "Essa guerra não é apenas contra a Ucrânia, mas contra toda a ordem política da Europa. O combate da Ucrânia contra a agressão russa é, também, a defesa da paz e da liberdade em nosso país", declarou.

O líder da CDU também ressaltou que o apoio à Ucrânia é um esforço conjunto da Europa e dos EUA. "Não somos parte do conflito, mas também não somos neutros: estamos ao lado da Ucrânia." Merz ainda afirmou que não aceitará o que chamou de "paz ditada", nem a "legitimação de conquistas territoriais militares contra a vontade da Ucrânia". "Esperamos que a Europa e os EUA mantenham essa postura no futuro."

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, destacou que "não há indícios de qualquer ciberataque" sobre o apagão que afeta países da Europa nesta segunda-feira, 28, em especial Espanha e Portugal.

Em publicação no X, Costa afirmou que está em contato com o premiê espanhol, Pedro Sánchez, e com o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, "sobre as interrupções de energia generalizadas na Espanha e em Portugal hoje". Ele informou que as operadoras de rede dos dois países estão trabalhando para encontrar a causa do problema e restaurar o fornecimento de eletricidade.

A operadora de energia da Espanha disse que o restabelecimento do fornecimento de eletricidade pode levar de 6 a 10 horas. Enquanto isso, a distribuidora de Portugal fala em "até uma semana".