Lula divulga nota pela morte de Ary Toledo e lembra que humorista foi preso na ditadura

Política
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O Palácio do Planalto divulgou há pouco nota de pesar assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela morte do comediante Ary Toledo, aos 87 anos, neste sábado, 12, em São Paulo. O humorista estava internado desde 2 de outubro com pneumonia no Hospital Sírio-Libanês. Na nota, o chefe do Executivo lembra que Toledo foi preso pela ditadura militar, em 1968, ao criticar o Ato Institucional número 5 (AI5), que instituiu o regime.

 

Leia abaixo a íntegra da nota:

 

"Humorista, cantor, músico, compositor, teatrólogo, ator e dublador. O comediante paulista Ary Toledo exerceu inúmeras atividades culturais. Em comum entre elas, o talento e a disposição para fazer o povo brasileiro sorrir.

Nascido em 1937, Ary Toledo fez carreira no rádio e na televisão com suas piadas e causos. Também gravou discos e escreveu livros sempre com a marca da irreverência.

Uma característica, aliás, que o levou a ser preso pela ditadura militar, em 14 de dezembro de 1968, após a piada "Quem não tem cão, caça com gato. Quem não tem gato, caça com ato", feita em um espetáculo no Teatro de Arena, em São Paulo, em relação ao Ato Institucional número 5, que instituiu o regime.

Meus sentimentos aos familiares, amigos e admiradores da história de Ary Toledo.

Luiz Inácio Lula da Silva

presidente da República"

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A repressão na fronteira dos Estados Unidos com o México determinada pela gestão do presidente Donald Trump visando o combate do fentanil - um anestésico 100 vezes mais forte do que a morfina e 50 vezes mais viciante do que a heroína - resultou em mais apreensão de ovos do que da droga. As informações são do jornal The Telegraph.

Citando dados da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP), a publicação britânica informa que foram registradas 3.768 apreensões de produtos avícolas contra 352 de fentanil. O aumento de 36% nas interceptações de ovos em todo o país é atribuído à alta nos preços, com um crescimento ainda mais significativo em áreas como Texas e San Diego.

A diferença de preço entre os ovos nos EUA e em outros países é apontada como principal motivo para o contrabando, ainda segundo o The Thelegraph. O surto de gripe aviária, que forçou o abate de rebanhos inteiros, é um dos fatores que impulsionaram os preços dos ovos nos EUA, levando a situações como a venda de ovos individuais em bodegas de Nova York.

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) anunciou um investimento de até US$ 1 bilhão (R$ 5,72 bilhões) para combater a alta dos preços, incluindo medidas de biossegurança em granjas. A importação não oficial de ovos é proibida devido ao risco de propagação de doenças.

Do US$ 1 bilhão anunciado pela USDA, US$ 100 milhões (R$ 572 milhões) estão planejados para serem investidos em vacinas. Segundo a Associated Press, isso só não foi posto em prática antes devido à preocupação com as exportações de frango, que valem bilhões.

As vacinas contra a gripe aviária poderiam evitar o abate de milhões de frangos, impactando o preço dos ovos nos EUA. De um lado, produtores de ovos e perus, mais afetados pelo vírus, apoiam a vacinação. De outro, produtores de carne de frango temem impactos nas exportações. No meio disso tudo, fica o consumidor, que chega a pagar até US$ 6 (R$ 34,34) a dúzia dos ovos nos Estados Unidos.

O exército israelense atacou o maior hospital no sul de Gaza na noite deste domingo, 23, matando uma pessoa, ferindo outras e causando um grande incêndio, informou o Ministério da Saúde do território.

O ataque atingiu o prédio cirúrgico do Hospital Nasser na cidade de Khan Younis, disse o ministério, dias após o local ter sido inundado com mortos e feridos quando Israel retomou a guerra em Gaza com uma onda surpresa de ataques aéreos.

O exército israelense confirmou o ataque ao hospital, dizendo que atingiu um militante do Hamas que operava lá. Israel culpa o Hamas pelas mortes de civis por atuar em áreas densamente povoadas.

Mais de 50.000 palestinos já foram mortos na guerra, disse o Ministério da Saúde.

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*Com agências internacionais