'Dexter: Pecado Original' mostra como tudo começou para o serial killer

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Foi no meio da conversa com os atores Patrick Gibson, Molly Brown e Christian Slater, em visita ao Brasil para a CCXP 2024 na última semana, que a luz do pavilhão em que o evento estava acontecendo acabou. A sala de entrevistas ficou no escuro. Patrick Gibson, ator que interpreta a versão mais jovem do Dexter na série Pecado Original, que estreia no Paramount+ nesta sexta-feira, 13, já tratou de se livrar de qualquer suspeita. "Se alguém aparecer morto quando a luz voltar aqui na sala, a culpa não é minha", disse ele, aos risos.

A conversa foi cortada ao meio e a luz não voltou a tempo. As entrevistas com o elenco tiveram que ser realocadas em outra área da CCXP, com luz natural. Mas o humor dos atores não mudou com o fim da luz: apesar do calor pela falta de ar condicionado no local, o elenco se mostrou empolgado em falar mais sobre a série, grande aposta da Paramount.

Mas por que outra produção sobre Dexter? Já foram mais de 90 episódios da série original, além de Dexter: New Blood. "É um personagem tão divertido", justifica Christian Slater, pai adotivo de Dexter na produção - e uma das melhores coisas na história. "[É um personagem] tão misterioso e você quer continuar explorando isso. A série original começou esse processo, e [Pecado Original] dá uma visão mais profunda da jornada do Dexter".

Para os fãs de Dexter, é bom entender que Pecado Original tem uma pegada diferente. Afinal, o protagonista não está no auge de sua forma como esse assassino que caiu nas graças do público, mas sim aprendendo a cometer seus crimes sem deixar rastros por aí.

Assim como Slater, Dempsey e Sarah Michelle elevam o tom da série. Ele é Aaron Spencer, capitão da Divisão de Homicídios de Miami - e que tem um relacionamento de décadas com Harry Morgan, personagem de Christian Slater. Já Sarah Michelle é Tanya Martin, chefe de CSI do Departamento de Polícia de Miami e nova chefe do jovem estagiário Dexter Morgan. Ela é, aliás, uma espécie de alívio cômico da produção, já que ensina Dexter a cometer crimes perfeitamente, sem saber direito o que está provocando na mente do rapaz.

Sarah conta que é fã de verdade da série original - e isso já foi o bastante para ela aceitar o projeto de Pecado Original e entrar nessa nova história. "Sou um grande fã de Dexter. Assisti à série original religiosamente, e a oportunidade de entrar nesse mundo foi muito empolgante", explica ela. "Hoje em dia, é difícil assistir a uma série, é complicado. Então, quando você se envolve com algo que tem essa paixão e emoção, é empolgante."

Já Dempsey explica que hoje, com a carreira consolidada, busca o personagem ideal - aquele que realmente o empolgue já na leitura de roteiro. "É o personagem", diz ele, quando questionado do motivo que o fez escolher fazer a série. "Este foi um personagem muito interessante, que me deixou muito empolgado. E também as pessoas com quem você trabalha. E é isso que você procura. Na sua carreira, você quer esses grandes momentos. Você quer ter um ambiente de trabalho ótimo com um bom grupo de pessoas."

Sarah Michelle, em um primeiro momento, faz uma brincadeira que consegue deixar Patrick Dempsey até desconcertado. "Estou só procurando qualquer coisa que o Patrick Dempsey estiver fazendo", diz ela, aos risos. Mas vai além e vê algo de profundo em Pecado Original. "A maioria de histórias de anti-heróis realmente funciona. É o caso do Batman e caras como Coringa e Arlequina. Eles são anti-heróis", diz. "Mas também acho que, à medida que o mundo fica mais difícil... Eu já pensei em retribuição muitas vezes. E acho que isso toca aquele lado sombrio da humanidade. O que você faria se pudesse corrigir as coisas?"

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O Estado de São Paulo contabiliza 32 casos confirmados de febre amarela em 2025. Desde janeiro, 20 pacientes morreram em decorrência da doença, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

O número de mortes é o maior desde 2018, quando foram registrados 524 casos e 171 óbitos. Em todo o ano de 2024, foram dois casos e um óbito.

Dos 32 registros deste ano, 28 são autóctones, ou seja, a infecção ocorreu no município em que a pessoa reside, não durante viagens a locais com circulação da doença. Dois casos são importados - ambos foram contraídos em Minas Gerais, segundo a SES - e dois estão em investigação.

De acordo com a secretaria, 24 casos foram notificados na região de Campinas, com infecções na cidade e em Amparo, Socorro, Tuiuti, Joanópolis, Valinhos, Pedra Bela, Piracaia, Vargem, Bragança Paulista, Pedreira, São Pedro, Nazaré Paulista e Águas de Lindóia. Além disso, há registros em Brotas, São Pedro e Caçapava.

Em todo o País, o Ministério da Saúde contabiliza 66 casos confirmados e 28 mortes pela doença desde meados do ano passado (o monitoramento é realizado de julho de um ano a junho do ano seguinte, considerando a sazonalidade da doença entre dezembro e maio). Outros 199 casos suspeitos seguem em investigação.

Como ocorre a transmissão?

Há dois diferentes ciclos de transmissão da febre amarela, o silvestre e o urbano. No ciclo silvestre, os macacos são os principais hospedeiros e os vetores são mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes. Nesse ciclo, os seres humanos participam como hospedeiros acidentais ao frequentarem áreas de mata.

Já no ciclo urbano, os seres humanos são únicos hospedeiros com importância epidemiológica e a transmissão ocorre por meio de mosquitos Aedes aegypti infectados com o vírus.

A febre amarela pode ser transmitida por macacos?

Não. Apesar de os macacos serem hospedeiros do vírus no ciclo silvestre, a doença é transmitida apenas por mosquitos infectados.

Quais são os sintomas da doença?

Moacyr Silva, infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein, ressalta que a febre amarela é uma doença com alta mortalidade. "Cerca de 60 a 70% dos pacientes podem evoluir para óbito", diz.

Ele também destaca que a febre amarela tem sintomas parecidos com várias doenças infecciosas, não possuindo um sinal característico. "Os sintomas incluem dor no corpo, febre e mal-estar. Em casos mais tardios e graves, podem ocorrer sangramentos espontâneos", diz. "Caso a pessoa tenha uma febre e um mal-estar contínuos, é importante procurar uma unidade básica de saúde para avaliar o quadro clínico".

Importância da vacinação

A vacinação é a forma mais eficaz de combate à doença. "A conscientização da população sobre a importância da imunização de rotina é uma medida essencial para prevenir casos graves e proteger a saúde", diz a secretaria estadual.

Atualmente, o calendário vacinal prevê uma dose do imunizante aos 9 meses de idade e outra aos 4 anos. Em pessoas com mais de 5 anos não vacinadas previamente, utiliza-se o esquema de dose única. O imunizante é oferecido gratuitamente em postos de saúde de todo o País.

Três homens, de 18, 20 e 27 anos, morreram na tarde da terça-feira, 18, após confronto contra policiais militares no bairro do Taboão, em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. Um quarto indivíduo, de 22 anos, que estava com as vítimas, foi atingido pelos disparos e socorrido até uma unidade hospitalar, onde se encontra internado. A identidade dos envolvidos não foi informada.

A Polícia Civil investiga as mortes, segundo a Secretaria da Segurança de São Paulo (SSP). Conforme a pasta, os policiais militares faziam patrulhamento pela região quando "suspeitaram de um veículo", que fugiu depois de perceber a presença dos militares. A SSP relata que, ao se aproximarem do carro suspeito, houve troca de tiros e os quatro ocupantes foram atingidos. A reportagem questionou a Polícia Militar, e aguarda retorno.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e constatou a morte dos três homens. O suspeito de 22 anos segue internado em uma unidade hospitalar da cidade.

No veículo abordado, foram apreendidas três armas de fogos e munição. A perícia foi acionada e o caso foi registrado como morte decorrente de intervenção policial pelo 7º DP de Guarulhos, que atua para esclarecer os fatos.

Registros nas redes sociais mostram que, após a ocorrência, uma manifestação foi realizada na Rua Jamil João Zarif, via localizada no mesmo bairro do Taboão, em represália a ação da PM. Um ônibus chegou a ser incendiado.

De acordo com a SSP-SP, a Polícia Civil investiga o incêndio e afirma que, conforme registrado no boletim de ocorrência, cerca de 20 indivíduos encapuzados, sendo um deles armado, abordaram o motorista do coletivo e obrigaram o homem a descer. Os suspeitos atearam fogo no ônibus e fugiram na sequência. Não há registro de feridos.

A perícia foi acionada e o caso foi registrado como incêndio também no 7º DP da cidade. A SSP não confirmou que o incêndio tinha relação com as mortes.

Um músico de 40 anos teve a prisão decretada depois de fugir com a filha de 8 anos por ter perdido a guarda da menina. O caso ocorreu em Blumenau, interior de Santa Catarina. O desaparecimento da criança é investigado desde que a polícia foi comunicada pela mãe, no dia 6 de março. Segundo a Polícia Civil, ele teria planejado sequestrar a própria filha durante três meses.

Anderson Rafael Hasse foi visto pela última vez com a menina Bianca em Ilhota, no Vale do Itajaí, no dia 1° de março. Ele levava bagagem, inclusive instrumentos musicais, e ambos foram deixados no local por um carro de aplicativo.

Ao motorista, ele comentou que iria para Blumenau com um amigo e seguiria para outra cidade, no oeste catarinense, onde trabalharia com a banda no carnaval. Desde então, o músico e a filha não foram mais vistos.

Policiais envolvidos na investigação avaliam a possibilidade de Anderson ter fugido para a Argentina ou Paraguai. A Justiça decretou a prisão temporária (30 dias) do músico por sequestro, cárcere privado e desobediência - a ordem judicial determinava que ele entregasse a filha para a mãe.

Segundo a polícia, ele planejou a fuga com a criança durante três meses. Para isso, vendeu alguns bens, como instrumentos musicais, e tomou um empréstimo bancário, arrecadando cerca de R$ 60 mil. Hasse é baixista, mas tem experiência também com outros instrumentos musicais. Ele se apresentava com bandas em cidades catarinenses do Vale do Itajaí.

A investigação não descarta que Anderson tenha recebido ajuda de outras pessoas para a fuga, o que ainda é investigado. Testemunhas disseram que, após perder a guarda da filha, Hasse teria comentado que não iria entregar a criança. A guarda era compartilhada e ele tinha direito a estar com a filha a cada 15 dias.

Ele pegou a menina no dia 28 de fevereiro e deveria entregá-la à mãe no dia 5 de março. Foi combinado que ele deixaria a criança na escola. Quando a mãe foi buscá-la, não a encontrou. Ela tentou contato com ele e, sem retorno, registrou um boletim de ocorrência.

A guarda foi transferida para a mãe em um processo em que a justiça entendeu que ele teria manipulado a filha para ficar com ele em detrimento da mãe, o que é entendido como alienação parental. O pai chegou a entrar com recurso no Tribunal de Justiça de Santa Catarina, mas não teve sucesso.

Procurado, o advogado de Hasse disse que vai se manifestar oportunamente. Nas redes sociais, ele posta imagens e fala sobre a relação com a filha. "A melhor companhia do mundo. Te amo muito, minha princesinha aventureira." A postagem é de setembro do ano passado. Em maio de 2024, ele escreveu: "Meus dias são felizes ao seu lado. E não há nada que eu ame mais no mundo do que ser o seu Pai, te amar, cuidar, ensinar e proteger você como o meu maior tesouro."