Disney retira trama sobre transição de gênero de 'Win or Lose'

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A nova série animada da Disney com a Pixar, Win or Lose, teve um arco narrativo que aborda a transição de gênero removido da trama. Segundo o portal americano The Hollywood Reporter, em uma reportagem exclusiva publicada na terça-feira, 17, um representante da empresa confirmou a retirada do conteúdo.

"Quando estamos falando de um conteúdo animado para uma audiência mais jovem, reconhecemos que muitos pais prefeririam abordar certos assuntos com seus filhos em seus próprios termos e no momento adequado", comentou o porta-voz.

A empresa não deu mais detalhes sobre a retirada do arco da trama, mas explicou que o personagem continuará a existir, com algumas falas removidas ou trocadas. O portal explicou que a decisão teria sido tomada pelo estúdio há alguns meses.

A atriz que interpreta a personagem, e que também é uma mulher trans, Chanel Stewart, contou ao portal Deadline sobre a decisão de retirar o conteúdo da série: "Fiquei muito desapontada. No momento eu que eu peguei o roteiro, eu me animei em contar sobre a minha jornada e em poder ajudar outras garotas trans. Isso teria sido uma conversa importante. Histórias trans importam, e merecem ser ouvidas".

Win or Lose é uma série de oito episódios sobre um time misto de softball chamado Pickles, em uma escola de ensino fundamental. Cada um dos episódios retrata um dos personagens separadamente, em sua vida fora do campo, seja ele um treinador, um jogador ou um dos pais, enquanto se preparam para um campeonato.

A direção e o roteiro são de Carrie Hobson e Michael Yates, com produção de David Lally. A estreia do primeiro episódio seria em 6 de dezembro, mas foi adiada para 19 de fevereiro de 2025.

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A Caixa anunciou os compromissos socioambientais firmados pela instituição à COP30 nesta terça-feira, 1º. Esses compromissos preveem a disponibilização de R$ 50 milhões em recursos não reembolsáveis do Fundo Socioambiental (FSA) que serão aplicados em ações de recuperação de áreas degradadas e bioeconomia na região amazônica.

Em evento, o banco assinou acordos com os ministérios do Desenvolvimento Agrário e Meio Ambiente. Com o MDA, foi assinado um Acordo de Cooperação Técnica para o lançamento de uma chamada pública do FSA do banco para promover a recuperação de áreas degradadas para fins produtivos, no valor de R$ 50 milhões. Já com o MMA foi estabelecida uma parceria para estruturar programas, projetos, ações e outras iniciativas de promoção de políticas ambientais e climáticas.

Segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, após a assinatura do acordo, o banco e a Pasta lançarão um edital para que cooperativas e associações possam concorrer com projetos com foco na restauração florestal com espécies produtivas, como açaí, cupuaçu e dendê. A ideia é mudar a lógica e estimular a bioeconomia como potencializadora de maiores ganhos para as opulações legais. "Queremos apresentar na COP um resultado muito substantivo desse acordo que estamos assinando aqui", diz, projetando que esse será o maior programa de reflorestamento do mundo

O presidente da Caixa, Carlos Vieira, disse que esse recurso de R$ 50 milhões do FSA é alimentado por receitas obtidas com multas ambientais e que será revertido para preservação. Ainda serão definidas as regras para o edital e, por isso, não é possível estimar o impacto de multiplicação desse investimento.

Durante sua fala no evento, Vieira mencionou que discutiu questões de regulação da Caixa com o Banco Central nesta semana. Ao fim da apresentação, ele foi questionado sobre a avaliação do momento em que há a tentativa de aquisição do Banco Master pelo BRB e apreensão sobre o Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Vieira se limitou a dizer que esse tema não diz respeito ao banco, mas que se essa operação for sustentável, o mercado perceberá e ela será bem-vinda.

Um celular atirado pela janela por um dos presos da Operação Faroeste Digital, realizada no ano passado, levou a Polícia Federal aos líderes de uma organização criminosa e à identificação de "tripeiros" - responsáveis pelo recrutamento de "laranjas" usados para distribuição de dinheiro desviado de contas bancárias de empresas via fraudes eletrônicas. Nesta terça, 1, a PF deflagrou a Operação Tripeiros, para executar 12 mandados de prisão e 18 de buscas, além do sequestro de bens de investigados em São Paulo, Goiás, Santa Catarina e Ceará autorizados pela Justiça.

A PF apurou que a organização criava até site "clone" de bancos, Depois, "atraía" vítimas a entrarem no site escancarando seus dados bancários para transferências milionárias. Os federais classificam o grupo como "uma das maiores organizações criminosas especializadas em fraudes bancárias em pessoas jurídicas".

Segundo a PF, "os criminosos utilizavam técnicas de engenharia social e phishing para realizar as fraudes". O phishing é um ataque cibernético que visa expor dados confidenciais de vítimas.

Por meio do acesso a essas informações dos clientes do banco, os criminosos criavam um site "clone" da instituição financeira e faziam a engenharia social, método de manipulação e persuasão para ludibriar a vítima.

A Operação Tripeiros constatou que, em apenas um ataque cibernético, em questão de minutos, o dinheiro transferido de uma só conta totalizou quase R$ 1 milhão e foi distribuído em mais de 70 contas de "laranjas".

Segundo a PF, durante o período de um ano e meio da investigação o grupo movimentou mais de R$ 100 milhões.

A PF chegou às lideranças da organização por meio da análise de conteúdo do celular jogado pela janela por um dos alvos da Operação Faroeste Digital, executada em 2024.

Toda a investigação ficou a cargo da Diretoria de Combate a Crimes Cibernéticos, braço da PF que atua contra fraudes eletrônicas. A atribuição sobre esse tipo de crime é da Justiça estadual, mas a PF assumiu o controle da investigação porque a quadrilha operava em vários Estados.

Os alvos da Operação Tripeiros deverão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, furto qualificado mediante fraude e organização criminosa.

Em nota, a PF reafirmou seu "compromisso com o combate à criminalidade cibernética e à proteção do sistema financeiro nacional". A meta da PF é desarticular toda a rede criminosa e recuperar os recursos desviados.

Um arquiteto foi baleado nesta terça-feira, 1°, em uma tentativa de assalto no Butantã, na zona oeste de São Paulo.

Informações preliminares da Polícia Militar apontam que Jefferson Dias Aguiar estava em uma caminhonete Montana, na altura do número 64 da rua Desembargador Armando Fairbanks, quando foi abordado por dois indivíduos em uma motocicleta.

A PM informa que, segundo testemunhas, o arquiteto tentou acelerar, mas um dos criminosos efetuou três disparos. Um dos tiros atingiu as costas da vítima, próximo da região da nuca.

Conforme a corporação, a dupla já praticava outros assaltos na região antes de abordar o arquiteto.

Os suspeitos seguem foragidos. Depois de cometer o crime, eles teriam conseguido escapar pulando o muro de um estacionamento, que fica ao lado de uma obra, e não foram mais localizados.

Ainda segundo a PM, a moto utilizada no assalto era furtada.

Aguiar foi socorrido e levado ao Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP), em estado gravíssimo. O caso foi encaminhado para o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).