Atriz da Globo é atacada por cinco cães durante gravação em Maricá, no Rio

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A atriz Leticia Salles passou por um momento de tensão na manhã da última quinta-feira, 20, ao ser atacada por cinco cachorros de rua enquanto realizava uma gravação na Praça de Araçatiba, em Maricá, no Rio de Janeiro.

Conhecida por dar vida a Filó na primeira fase de Pantanal, Érika em Vai na Fé, e Zélia Noronha em No Rancho Fundo, a atriz compartilhou a experiência nas redes sociais e cobrou ação das autoridades para evitar novos incidentes.

Segundo a atriz, os animais surgiram de repente e a atacaram, impedindo sua fuga. "Eu simplesmente fui fazer uma gravação hoje correndo na Praça de Araçatiba, aqui em Maricá. Do nada, cinco cachorros de rua enormes me atacaram e eu não consegui sair", relatou. Leticia teve ferimentos e precisou buscar atendimento médico - ela recebeu vacina antirrábica e curativos.

Nesta sexta-feira, 21, a atriz fez um novo pronunciamento, atualizando seu estado de saúde e reforçando a gravidade da situação. "Passando pra dizer que tô ótima, vacinada, medicada. Ontem, postei isso de forma super descontraída porque é assim que tento levar minha vida. Mas o que aconteceu foi uma coisa muito séria", afirmou. Leticia descreveu o ataque como uma "nuvem de cachorros" vindo em sua direção e contou que sua primeira reação foi parar de correr.

A artista também revelou ter descoberto outros casos semelhantes e pediu providências. "Depois de conversar com médicos e enfermeiros, percebi que isso é uma situação recorrente. E tem situações muito mais graves que a minha. Teve relatos de criança que chegou lá sem a pele, desfigurada. O que está faltando para isso ser resolvido?", questionou. Para ela, os cães não devem ser culpabilizados, mas precisam ser retirados da área e encaminhados a um local apropriado.

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A venda de áreas de pesquisa no Estado de São Paulo pode colocar em risco o que resta do bioma do Cerrado, considerado o 'berço das águas', em território paulista, estimado hoje em apenas 3% da vegetação original. A afirmação é da Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC), que monitora 39 áreas de experimentação ligadas à Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), todas com vocação para pesquisa e conservação do bioma.

"O atual governo já confirmou, em resposta a um ofício da Assembleia Legislativa, que realiza um estudo para vender essas áreas. São fazendas fundamentais para a pesquisa científica, a produção de conhecimento, e, mais do que isso, essenciais para conservar o pouco que nos resta do bioma do Cerrado no Estado", afirmou em comunicado a presidente da APqC, Helena Dutra Lutgens.

O Cerrado é reconhecido pela capacidade de absorver água da chuva e liberar lentamente ao longo de todo ano. No Estado de São Paulo, segundo cientistas, ele cumpre um papel ainda mais relevante, o de proteger o aquífero Guarani, maior manancial de água doce subterrânea do mundo.

"Diante do atual cenário de mudanças climáticas, o Estado mais rico da nação deveria estar preocupado em buscar investimentos para desenvolver pesquisas sobre como enfrentar a escassez hídrica, que já afeta muitos municípios do interior paulista, ou estudos para evitar que os mananciais sejam contaminados pela exploração agrícola, algo que também já ocorre em diferentes regiões do Estado", destacou Lutgens.

Segundo a APqC, os 16 institutos públicos de pesquisa de São Paulo têm realizado estudos para identificar variedades mais resistentes às mudanças climáticas, em diferentes culturas. Mas, segundo a APqC, os esforços dos pesquisadores dependem de maior investimento, além da contratação de mais cientistas.

"A segurança alimentar das próximas gerações depende do investimento em pesquisa que fazemos hoje. O uso sustentável da água e a descoberta de novas variedades de alimentos adaptadas ao novo clima dependem da ciência e não há como produzir conhecimento sem áreas de pesquisa, sem ter onde experimentar essas descobertas. Vender áreas de pesquisa diante do quadro que vivemos é um crime contra as futuras gerações", finalizou Lutgens.

A ministra Marina Silva deve se reunir com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e com o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, para tratar sobre o processo de licenciamento da exploração de petróleo na área da Margem Equatorial da Foz do Rio Amazonas quando retornar da viagem da comitiva presidencial ao Japão.

Marina acompanhará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao país asiático a partir deste sábado, 22, e retornará ao Brasil no dia 30. Segundo a ministra, inicialmente, Silveira havia pedido uma agenda apenas com o Ibama, mas depois incluiu sua pasta.

A análise desse pedido tem virado uma dor de cabeça para o governo. De um lado, Lula tem apontado os potenciais econômicos do novo empreendimento. Mas, por outro, ambientalistas apontam incoerência do presidente ao defender um projeto que envolve mais queima de combustíveis fósseis, o principal motor do aquecimento global. O petista afirma que a bandeira climática é uma das prioridades da sua gestão.

Nos últimos dias, Silveira subiu o tom contra a área ambiental do governo e sugeriu que falta coragem por parte do Ibama no processo. Disse também que seria "covardia" adiar a decisão sobre liberar ou não o plano. Questionada sobre um racha interno acerca do tema, a ministra minimizou a questão.

Marina disse também que o órgão lida com milhares de pedidos do tipo e se atém a questões técnicas. "Não é o Ibama que decide quais os projetos estratégicos para infraestrutura ou matriz energética brasileira. Ele analisa os projetos do ponto de vista da qualidade do licenciamento", disse a ministra.

Em fevereiro, a equipe técnica do Ibama recomendou negar o pedido da Petrobras para perfurar o bloco FZA-M-59, na Margem Equatorial. A área de exploração não fica na floresta, mas a cerca de 500 quilômetros da foz do Rio Amazonas. A decisão agora ficou nas mãos de Agostinho, que poderia autorizar o processo à revelia da área técnica.

O presidente do Ibama tem sido alvo de pressões para ceder ao pedido da empresa. O próprio Lula já deu declarações públicas criticando o órgão ambiental. No mês passado, ele classificou a postura do Ibama como "lenga-lenga" e disse que o órgão parecia ser "contra o governo".

Nesta sexta-feira, 21, a ministra do Meio Ambiente afirmou que o órgão cuida de vários projetos para que apresentem "viabilidade ambiental".

Recuperação de florestas

Marina Silva lançou nesta sexta o projeto "Restaura Amazônia", com um financiamento de R$ 150 milhões destinado a assentamentos que promovam a recuperação de florestas. O recurso é totalmente oriundo do Fundo Amazônia.

A expectativa do governo é alcançar 182 mil famílias nessa fase do projeto, que pretende recuperar áreas do chamado "Arco da Restauração", território crítico de desmatamento, que vai do leste do Maranhão ao Acre.

O objeto do edital é apoiar 27 projetos de restauração na região. Entre os critérios para pleitear o financiamento, estão a exigência de que a área tenha mais de mil hectares degradados; e que os assentamentos tenham de 50% a 80% de cobertura nativa.

O governo de São Paulo anunciou uma redução de 19,8% a 35,5% nas tarifas de pedágio em rodovias dos lotes Sorocabana e Nova Raposo, concedidas recentemente à iniciativa privada. A redução atinge principalmente as rodovias Castello Branco e Raposo Tavares. A revisão nas tarifas atuais estava prevista, já que essas rotas vão ganhar um número maior de pedágios ao longo da concessão, passando a ter cobrança por trecho percorrido.

A gestão estadual afirma que, embora o número de pedágios vá aumentar, o custo da tarifa vai diminuir, uma vez que os valores por pórtico serão menores e a soma dará um valor inferior ao cobrado atualmente.

A mudança tarifária será publicada no Diário Oficial do Estado na segunda-feira, 24. Os novos valores entram em vigor no próximo dia 30. A data coincide com a entrada em operação das novas concessões do lote Rota Sorocabana, que será operado pela CCR Sorocabana, e do lote Nova Raposo, concedido à Ecovias Raposo-Castelo. Os leilões foram realizados, respectivamente, em outubro e novembro do ano passado. As duas concessões têm prazos de 30 anos.

- No lote Rota Sorocabana, os dois primeiros pórticos serão instalados até o final de abril de 2026. Outros três pórticos operam no primeiro semestre de 2027;

- No Nova Raposo, os dois primeiros pórticos do free flow serão instalados até abril de 2027. Os demais, após a conclusão dos investimentos previstos para os primeiros cinco anos do contrato, a partir de 2030.

De acordo com a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), o fim da tarifa por sistema, aplicada anteriormente na concessão da ViaOeste, resultou em uma redução no valor das tarifas quilométricas de pedágio. A mudança reflete também a depreciação dos ativos, que corresponde à perda gradual de valor devido ao uso e desgaste ao longo do tempo, segundo a agência.

A Artesp lembra que, nas novas concessões, houve a inclusão dos descontos contratuais, como 5% para usuários das cabines automáticas e até 20% para aqueles que aderirem ao Desconto para Usuário Frequente (DUF).

Ainda segundo a agência, a redução tarifária nos novos lotes 'Rota Sorocabana' e 'Nova Raposo' foi definida pelo Poder Concedente (governo estadual) como parte da política tarifária, com base nos estudos de viabilidade técnica dos projetos.

"Além disso, a implementação do sistema free-flow distribuirá a cobrança de forma mais proporcional ao longo das rodovias, garantindo uma melhor relação entre distância percorrida e valor pago", diz.

As praças atuais operam no modelo tradicional, com cabines, e o desconto será maior para usuários das cabines automáticas (sem parar). Os novos valores terão redução entre 23,8% e 25,4% nas cabines automáticas e entre 19,8% e 21,4% nas cabines manuais do lote Sorocabana. No Nova Raposo, os descontos variam de 24,3% a 35,5% nas automáticas e de 20,3% a 32,2% nas manuais.

Nas estradas incluídas no lote Sorocabana, o contrato de concessão prevê o funcionamento de 23 pedágios, incluindo os que já existem. Nas rodovias do lote Nova Raposo haverá um total de 13 postos de cobrança, incluindo as praças já existentes.

Os pedágios futuros serão do sistema free flow, no qual os veículos passam pelos pórticos instalados na rodovia sem reduzir a velocidade. Câmeras e sensores registram a placa e as características do veículo e emitem a cobrança da tarifa. Veículos com tag (adesivo) têm a cobrança na fatura do tag. Os demais precisam pagar pelo site da concessionária.

Os pedágios que operam no sistema convencional, como estes que terão a tarifa reduzida, serão gradativamente transformados em free flow, segundo a Artesp.

Veja os valores atuais e os que vigoram a partir do dia 30:

Lote Sorocabana:

- Rodovia Castello Branco (SP-280):

No pedágio em Itu (km 72,8), a tarifa atual de R$ 15,80 cairá para R$ 11,97 nas cabines automáticas (-24,2%) e para R$ 12,60 nas cabines manuais (-20,2);

Na praça de São Roque (km 47,5), a tarifa reduz de R$ 12,60 para R$ 9,59 cabines automáticas (-23,8%) e para R$ 10,10 nas manuais (-19,8%)

- Rodovia José Ermírio de Moraes (SP-075):

No pedágio de Sorocaba (km 13,3), os valores mudam de R$ 9,00 para R$ 6,74 nas cabines automáticas e para R$ 7,10 nas manuais (-21,1%);

- Rodovia Raposo Tavares (SP-270):

No pedágio de Alumínio (km 79,1) a tarifa cai de R$ 12,60 para R$ 9,40 nas cabines automáticas (-25,4%) e para R$ 9,90 nas manuais (-21,4%);

Em Araçoiaba da Serra (km 111,8), a tarifa reduz de R$ 5,30 para R$ 3,99 nas cabines automáticas (-24,7%) e para R$ 4,20 nas manuais (-20,7%).

Lote Nova Raposo:

- Rodovia Castello Branco (SP-280):

Em Osasco (km 18,9), a tarifa passa de R% 5,90 para R$ 3,80 nas cabines automáticas (-35,5%) e para R$ 4,00 nas cabines manuais (-32,2%).

Na praça de Barueri (km 20,5), o valor reduz de R$ 5,90 para R$ 3,80 nas automáticas (-35,5%) e para R$ 4,00 nas manuais (-32,2%).

Em Itapevi (km 33,4) a tarifa será reduzida de R$ 11,80 para R$ 8,93 nas cabines automáticas (-24,3%) e para R$ 9,40 nas manuais (-20,3%).