Paolla Oliveira fala sobre trajetória da personagem Heleninha, em 'Vale Tudo'

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Paolla Oliveira falou sobre a trajetória da personagem Heleninha Roitman com o alcoolismo no remake de Vale Tudo, novela que estreia em 31 de março na faixa das nove pela Globo. "Em trinta anos (da primeira versão para cá) mudou muita coisa, mas o estigma da doença ainda é muito grande", ponderou, ao Estadão, durante a festa de lançamento do folhetim.

"O que vai me fazer feliz é trazer esse questionamento para um lugar mais profundo. Que consigamos enxergar as pessoas por trás da doença, que não é só força de vontade, não é falta de caráter", disse a atriz.

A nova versão de Vale Tudo, escrita por Manuela Dias e dirigida por Paulo Silvestrini, também trouxe outras reflexões sobre a interpretação de Paolla, elogiada na festa de lançamento.

"Estava emocionada. Queria ver se estava tudo certo. Era uma Paolla mais crítica e menos espectadora. Ainda estou construindo a personagem", contou, distraída com os aplausos nas cenas de Heleninha que foram exibidas na ocasião.

Vale Tudo substituirá Mania de Você e foi escolhida para comemorar os 60 anos da TV Globo, sendo considerada um dos clássicos da teledramaturgia brasileira.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

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A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta sexta-feira, 21, que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública será enviada ao Congresso Nacional em abril. "Quando Lula voltar do Japão, vamos apresentar junto com o ministro Ricardo Lewandowski (Justiça) apresentar o projeto aos líderes partidários para depois enviar formalmente", disse.

Na semana passada, o ministro da Justiça disse que se pretende criar um "Sistema Único de Saúde (SUS)" da Segurança Pública. De acordo com o novo texto, a corporação municipal deve atuar de forma integrada com as polícias civil e militar, sem exercer funções de polícia judiciária - o que foi determinado pela Corte. A PEC destaca a necessidade de regulamentação por meio de legislação municipal e da fiscalização por parte do Ministério Público.

Gleisi criticou a conduta do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab. Para ela, Kassab está sendo "muito injusto" com o presidente Lula. "O governo tem uma composição muito mais ampla que a que o elegeu em 2022, com MDB, PSD, União e PP", disse a ministra em entrevista à CNN Brasil.

O PSD possui três ministérios no governo federal - Minas e Energia, Pesca e Aquicultura, Agricultura e Pecuária - mas Kassab é secretário de Governo e Relações Institucionais do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), potencial candidato ao Planalto em 2026. Durante seminário na Fundação Fernando Henrique Cardoso desta quinta-feira, 20, Kassab afirmou que Lula está cometendo o mesmo erro que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que está "cada vez mais à esquerda".

O pai que fugiu com a filha de 8 anos após perder a guarda da criança para a mãe, em Blumenau (SC), foi preso nesta quinta-feira, 20, no Rio de Janeiro. O músico Anderson Rafael Hasse, de 40 anos, estava com a filha no interior da comunidade da Rocinha. O pai foi colocado à disposição da Justiça e a menina foi encaminhada ao Conselho Tutelar.

A Polícia Civil de Santa Catarina, através da Delegacia de Investigações Criminais (DIC) de Blumenau, informou que o pai se entregou à justiça na cidade do Rio de Janeiro. De acordo com o delegado Bruno Fernando Alves de Oliveira, a menina também foi entregue e, aparentemente, está bem.

Segundo o advogado de Hasse, Alessandro Jesus Mendes, a mãe da menina viajou para o Rio para levar a filha de volta para casa. Ao Estadão, Mendes disse que vai aguardar a audiência de custódia no Rio e a eventual transferência do pai para Santa Catarina para pedir à justiça a revogação da prisão. "Ele não tem antecedentes, é reconhecidamente bom pai, boa pessoa, e não apresenta risco para a investigação. Fez o que fez para proteger a filha. Não tem porque continuar preso."

Em caso de negativa, ele pretende entrar com um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça de Santa Catarina para que ele responda ao inquérito policial em liberdade.

A Polícia Civil do Estado do Rio informou que policiais civis da 11ª Delegacia (Rocinha) foram avisados do paradeiro da criança e fizeram a prisão do homem em conjunto com a Polícia Militar. Ele e a filha estavam na localidade denominada Laboriaux, na Rocinha.

Pai e filha estavam desaparecidos desde o dia 5 de março, quando ele deveria ter levado a criança à escola, em Blumenau, onde a mãe iria buscá-la. A mulher foi ao encontro da filha, mas ela não estava no estabelecimento escolar. A mãe, Mariane de Freitas, não conseguiu localizar o pai e registrou um boletim de ocorrência. Os policiais foram à casa de Hasse e não o encontraram.

No último dia 14, a pedido da Polícia Civil, a Justiça decretou a prisão dele por sequestro, por sequestro, cárcere privado e desobediência à ordem judicial. Conforme a polícia de Santa Catarina, Hasse tinha a guarda da filha compartilhada com a mãe. No entanto, ele perdeu a guarda judicialmente, devido à prática de alienação parental - o pai teria adotado estratégias visando afastar a criança do convívio com a mãe.

A investigação apontou que o músico teria planejado a fuga com a filha durante três meses. Foi apurado que ele vendeu alguns bens, como instrumentos musicais, e tomou dinheiro emprestado, totalizando cerca de R$ 60 mil.

Na última vez em que foram vistos, no dia 1º de março, pai e filha tinham viajado até Ilhota, cidade catarinense do Vale do Itajaí, usando um carro de aplicativo. Ele estava com malas e alguns instrumentos musicais. Ao motorista, Hasse disse que viajaria para uma cidade do oeste catarinense para se apresentar com sua banda durante o Carnaval. A polícia ainda investiga se outras pessoas ajudaram o homem na fuga.

Um homem registrou um boletim de ocorrência considerado bastante inusitado. Segundo o delegado da Central de Flagrantes de Goiânia, Humberto Teófilo, que deu andamento à solicitação online, a surpresa veio ao constatar que o indivíduo fez o registro por ter comprado 30 gramas de maconha, com pagamento no valor de R$ 210 para um traficante de drogas, mas o 'produto' não foi entregue.

"Ele disse, no boletim virtual, que entrou em contato com o traficante e solicitou a compra de maconha para ele, já dizendo que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que até 40g de maconha não se caracteriza como crime e a maconha não foi entregue. E, com isso, ele pede a averiguação da polícia porque esse tipo de relação tem que ter a boa-fé. E esse cara, segundo ele, está enganando várias que fazem o uso recreativo da maconha ou usam para fatores médicos, conforme é o caso dele", detalhou o delegado, que estava no plantão no momento em que recebeu o BO.

Teófilo classificou o caso como inacreditável. "As pessoas estão normalizando o uso, a venda de drogas e ainda pedindo que a polícia tome alguma atitude". O caso ocorreu no fim de fevereiro deste ano, mas foi divulgado nesta semana.

Conforme o boletim de ocorrência, o homem cita que o traficante agiu de má-fé. "Muito embora a atividade dele seja ilícita, e o uso da substância não seja considerado como crime, a boa-fé nas relações devem ser mantidas e, nesse caso, como não foi, estou fazendo um boletim de ocorrência para fins de averiguação desse sujeito criminoso que tem passado a perna em cidadãos que fazem o uso recreativo e que, por vezes, precisam da maconha para fatores médicos, como é o meu caso", disse ao citar descrições referente ao traficante.

O delegado explica que o homem pede que a polícia tome atitude em relação ao suposto estelionato, pois a maconha não foi entregue. O indivíduo foi intimado para prestar depoimento neste sábado, 22, e assinar o termo de comparecimento no Juizado Especial Criminal. "Eu determinei a instauração de um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) contra o rapaz que registrou a ocorrência por uma comunicação falsa de crime. "Em relação ao suposto estelionato, em que ele pede que a polícia agisse porque a maconha não foi entregue."

O delegado ainda aponta que não existe crime de estelionato quando a questão envolve um usuário e um traficante de drogas, pois a maconha é considerada uma substância ilícita.

Segundo Teófilo, o artigo 340 do Código Penal prevê pena para falsa comunicação de crime - a pessoa que for, por exemplo, até a delegacia e fazer uma comunicação de um fato que é crime, mas não existir, isso pode resultar em prisão de seis meses a um ano, em decisão que deve ser analisada por um juiz.

No ano passado, o STF definiu que pessoas flagradas com até 40 gramas de maconha ou seis plantas fêmeas de cannabis devem ser tratadas como usuárias e não traficantes.

A descriminalização decidida pela maior instância do poder judiciário não quer dizer que a substância foi liberada no País, nem que haverá comércio legalizado da planta ou das flores prontas para consumo. A decisão acompanha a Lei das Drogas, aprovada pelo Congresso em 2006, que já previa que o porte da substância não deveria ser punido com prisão ou processado criminalmente. A legislação, no entanto, não determinava critério técnico de quantidade para diferenciar usuário de traficante.