'Não fomos preparados para os desafios que a ascensão econômica traria', diz irmão de Emicida

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A disputa entre os irmãos e músicos Emicida e Evandro Fióti envolvendo a empresa Lab Fantasma veio à tona recentemente. Neste domingo, 6, Fióti falou sobre o tema em entrevista ao Fantástico, da Globo.

Emicida acusa o irmão de retirar R$6 milhões da conta da LAB Fantasma. A alegação foi uma resposta do artista ao processo movido por Fióti, que tentava impedir que o irmão tomasse decisões individuais na empresa.

Ao Fantástico, Fióti afirmou que o problema teve início entre 2017 e 2018, quando percebeu "que existia um distanciamento" entre ele e Emicida e afirmou, novamente, que o irmão teria conhecimento de repasses de dinheiro para sua conta: "Ele foi avisado. Existem um e-mail, evidências de que ele sabia".

Questionado se teria se sentido "expulso da Laboratório Fantasma", respondeu: "Houve uma intenção disso. Acho que o ataque foi muito desproporcional. Não é só porque é uma relação entre irmãos, seria desproporcional em qualquer relação".

Fióti ainda refletiu sobre as responsabilidades que a melhora financeira trariam à família: "O que eu percebi foi que, esse lugar da ascensão econômica... A gente não foi preparado para os desafios que traria na nossa vida, no que a gente deveria mudar individualmente".

O empresário ainda comentou sobre a situação da mãe diante do desentendimento entre os filhos: "Não tem como ela escolher um lado. Mas ela tem a compreensão do que aconteceu. Ela confia [em mim]. Ela conhece os dois filhos, confia no Leandro [Emicida], também".

Emicida não foi entrevistado pelo Fantástico, mas enviou uma nota ao programa, na qual afirma: "Não quero e não vou espetacularizar essa situação, minha família, que eu amo tanto".

O rapper ainda disse ter sido surpreendido com o processo movido pelo irmão "enquanto negociávamos amistosamente mudanças no nosso modelo de trabalho" e que "A Justiça já negou por duas vezes os pedidos feitos por Evandro nesse processo porque o juiz não viu fundamento para os pedidos".

"As alegadas provas que Evandro diz ter e que são espalhadas nas redes foram apresentadas nos autos, e nem assim a Justiça viu fundamento para os seus pedidos", complementou.

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Um incêndio atingiu o anexo do Ministério da Educação (MEC), em Brasília, nesta segunda-feira, 7. A brigada de socorridas do prédio atuou para conter as chamas antes da chegada do Corpo de Bombeiros. Veja o vídeo aqui.

Em nota, a pasta disse que as chamas começaram por volta das 17 horas e foram controladas pelos brigadistas do MEC. O edifício foi evacuado por conta da fumaça e não há vítimas. O ministério disse ainda que o Corpo de Bombeiros Militares do Distrito Federal (CBMDF) foi chamado e atua no local para identificar a causa do incêndio.

Segundo o MEC, o incêndio teria começado na central de ar-condicionado que fica na parte externo do edifício anexo.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou uma linha de R$ 100 milhões para a startup Mombak, de remoção de carbono, que vai investir no reflorestamento de áreas degradadas na Amazônia, com foco na recuperação da biodiversidade e na remoção de carbono em larga escala.

O recurso é composto de R$ 80 milhões do Fundo Clima e R$ 20 milhões da linha BNDES Finem. Trata-se da primeira operação para reflorestamento com recursos do Novo Fundo Clima, informou o banco de fomento.

Com o crédito, a Mombak expandirá suas iniciativas no Pará, fortalecendo o modelo de parcerias com proprietários locais, disse o BNDES. O projeto permitirá captura de carbono de alta integridade e incentivará a economia local ao gerar empregos e impulsionar a cadeia produtiva do reflorestamento.

A operação foi viabilizada por fiança bancária do Santander.

O veículo robótico da Nasa Curiosity encontrou os maiores compostos orgânicos já vistos em Marte, reacendendo o debate sobre alguma forma de vida ter surgido no planeta vermelho há bilhões de anos. Os compostos foram detectados em amostras de rocha de 3,7 bilhões de anos, na Baía de Yellowknife, o antigo leito de um lago, que teria abrigado todos os ingredientes necessários para o surgimento da vida.

Testes realizados no próprio rover detectaram longas cadeias de alcanos -- moléculas orgânicas remanescentes dos ácidos graxos. Os compostos podem ser produzidos por reações químicas, mas são componentes cruciais das membranas celulares de todos os organismos vivos da Terra.

Os pesquisadores não cravaram a descoberta de uma "assinatura biológica" -- uma prova irrefutável de que já houve algum tipo de vida no planeta. Segundo especialistas, no entanto, trata-se da mais promissora descoberta para a identificação de remanescentes da vida passada em Marte.

"Essas moléculas podem ser produzidas pela química ou pela biologia", explicou Caronline Feissinet, uma química que coordenou a pesquisa do material no Laboratório de Observações da Atmosfera e Espaço em Guyancourt, perto de Paris. "Se temos longas cadeias de ácidos graxos em Marte, elas podem ser oriundas -- e esta é apenas uma hipótese -- da degradação de membranas celulares de 3,7 bilhões de anos atrás."

O rover Curiosity já percorreu mais de 30 quilômetros na cratera Gale, desde que chegou a Marte, em 2012. O robô detectou em 2018 traços de compostos orgânicos em barro petrificado, mas eram cadeias relativamente curtas de moléculas de carbono.

Para este último trabalho, Freissinet e seus colegas desenvolveram uma nova forma de testar as amostras retiradas das rochas. Dessa vez, conseguiram detectar cadeias orgânicas bem mais longas.

"Embora processos abióticos possam formar cadeias de ácidos graxos, eles são considerados produtos universais da bioquímica terrestre e, talvez, marciana", escreveram os cientistas em artigo publicado na revista científicas Proceedings of the National Academy of Siences (PNAS).