Filha de Maria Gladys nega ter roubado aposentadoria da mãe: 'Um absurdo'

Variedades
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Maria Thereza Mello Maron, filha de Maria Gladys, negou ter roubado a aposentadoria da mãe em vídeo publicado no Facebook na noite de sexta-feira, 11. Em entrevista à Rádio Tupi FM, a atriz de 85 anos havia afirmado que uma de suas filhas, responsável por administrar sua conta, roubou todo seu dinheiro.

No vídeo, Maria Thereza detalhou a situação financeira e de moradia da mãe. Ela também indicou os locais onde Maria Gladys teria se hospedado nas últimas semanas. "Tenho como provar. Todos os lugares por onde ela passou e onde ela gastou o dinheiro dela. Eu jamais roubaria a minha mãe", afirmou.

Segundo ela, até 30 de março Maria Gladys estava em um apartamento de temporada no Rio de Janeiro, onde passou três meses. Ao final da estadia, a atriz "estava dura, porque era final do mês, e eu consegui que ela ficasse fiado em um hotel no Flamengo". Ela teria passado duas noites no local, de onde saiu em 1º de abril, após receber a aposentadoria e pagar pela estadia.

"Fomos para o Planalto do Chopp [rede de cervejarias do Rio], ela curtiu. Foi para Copacabana, curtiu. Passou uma diária um hotel no bairro do Catete. No dia seguinte, consegui colocar ela em um táxi para Santa Isabel, onde minha irmã tinha conseguido uma pousada para ela passar o mês", continuou Maria Thereza. De acordo com a filha, Maria Gladys não quis ficar no hotel e pegou um táxi para Santa Rita de Jacutinga, Minas Gerais. "Mesmo com a gente falando para ela não ir, porque ela não teria dinheiro para ficar vivendo de diária", notou.

Maria Thereza diz que a mãe gastou a aposentadoria com hospedagem e bebida. "Não peguei um centavo da minha mãe. Eu só ajudo a minha mãe. Na verdade, posso dizer que sou a filha que mais ajuda ela. Estou no meio de um processo pela guarda do meu filho, e é um absurdo isso estar acontecendo agora, pode me prejudicar seriamente. Porque agora estou como a 'canalha' que rouba a aposentadoria da mãe. E não é nada disso".

A filha ainda explicou que também passa dificuldades financeiras e que organizou uma vaquinha para que amigos pudessem ajudar Maria Gladys. "Quando acabou o dinheiro, ela estava na pousada sem dinheiro para pagar, quase indo para a rua. Mas ela nunca dormiu na rua, nunca pediu esmola para ninguém", acrescentou. Ela disse que pretende vender um apartamento que tem em Copacabana, na zona sul do Rio, e comprar uma quitinete para a mãe morar.

Entenda o caso

Na quinta-feira, 10, Maria Thereza Mello Maron pediu ajuda para resgatar a mãe, que estaria perdida em Santa Rita de Jacutinga, Minas Gerais, e precisava chegar ao Rio, onde a filha reside. Ela disse que a mãe não tinha dinheiro e estava "confusa".

Em seguida, Maria Gladys falou à Rádio Tupi FM. Ela explicou que saiu do Rio de Janeiro por conta dos altos gastos que tinha no local e que viajou até Minas com o dinheiro de sua aposentadoria, mas relata que teve dinheiro roubado pela filha. "Tô maluca, não sei o que eu faço. Como eu vou dizer que não tenho dinheiro para pagar isso aqui? Como vou sair daqui? Não tenho dinheiro nem para pagar o táxi para ir embora. Onde eu vou ficar, na rua?", disse ela, aos prantos.

Também à Tupi FM, outro filho da atriz, Glayson Gladis, afirmou que sua mãe não está bem de saúde. "Minha mãe não está bem da cabeça. Morou comigo por dez anos, depois voltou pro Rio para a casa da minha irmã, que hoje mora nos Estados Unidos. Desde então, está sem rumo", disse.

Ainda de acordo com Glayson, a mãe teria usado todo o dinheiro da herança e se recusou a morar no Retiro dos Artistas. "Ela quer voltar [para o Rio de Janeiro], mas não tem grana nem para passagem. E eu não vou ajudar", acrescentou. Glayson afirmou que não se meteria na briga entre Gladys e suas irmãs.

Em janeiro, a atriz foi dada como desaparecida por algumas horas após Maria Thereza não conseguir localizá-la no apartamento em que ela estava hospedada em Copacabana, em meio às festas de Ano Novo. Duas horas mais tarde, disse nas redes sociais que a havia encontrado e tranquilizou os internautas.

Maria Gladys participou de novelas como Vale Tudo e Top Model. A veterana se tornou conhecida pelo público jovem por ser avó da também atriz Mia Goth, que faz sucesso em Hollywood e estrelou filmes como Pearl e MaXXXine.

Em outra categoria

A Justiça de São Paulo concedeu uma liminar e suspendeu, na tarde de ontem (11), uma audiência pública convocada pelo Estado para a próxima segunda-feira (14), na qual pretendia discutir a venda de 35 áreas de pesquisa agropecuária. O pedido de suspensão partiu da Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC). A entidade argumenta que a Constituição do Estado exige que o Poder Legislativo seja consultado sobre eventual projeto de venda de áreas de pesquisa.

"Ao menos em sede preliminar, não consta que o Poder Legislativo tenha aprovado o pedido de alienação proposto pelo Poder Executivo", anotou a juíza Gilsa Elena Rios ao conceder a medida, que cabe recurso, informou a APqC, em comunicado.

A convocação para a audiência pública ocorreu no último dia 8 de abril, por meio do Diário Oficial do Estado. Na publicação, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) também apresenta, sem detalhes, uma lista de imóveis públicos usados para a pesquisa.

"Nenhum estudo foi apresentado pelo governo sobre os impactados de uma decisão radical como esta, tanto para o meio ambiente, já que estas fazendas abrigam remanescentes de mata nativa, e muito menos para a pesquisa científica", afirmiu na nota a presidente da APqC, Helena Dutra Lutgens.

Entre as propriedades afetadas pela medida do Estado está a Fazenda Experimental que fica na Estância Turística de São Roque e é referência em agroecologia. Nela foram cultivadas variedades de cebola e uvas orgânicas, melhoramentos da alcachofra, além do monitoramento da água para o cinturão verde de São Paulo.

Outra unidade na lista é a Fazenda Santa Elisa, que faz parte do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), onde são realizados estudos com a macaúba.

"No cenário atual de mudanças climáticas e da necessidade de descarbonização da economia, sobretudo do setor dos biocombustíveis, como SAF (combustível de aviação) e biodiesel, o IAC, assim como grandes grupos econômicos, vem trabalhando especialmente na construção da cadeia de produção de óleo vegetal a partir dessa palmeira chamada macaúba. São estudos que geram valor ao Estado, estimulam a economia e promovem a sustentabilidade", reforça Lutgens.

Segundo a APqC, as pesquisas com a palmeira estão técnicas na área que correm o risco de serem vendidas, prejudicando a produção de conhecimento que pode levar a uma cultivar capaz de escalar a produção de macaúba, hoje ainda na casa de dez mil hectares.

"O IAC, em parceria com a Apta Regional, está lançando nos próximos três anos a primeira cultivar brasileira de macaúba para plantio em escala, algo que só é possível graças às pesquisas realizadas nestas fazendas, e o estudo para que isso aconteça está concentrado justamente na área que o Estado quer vender", destaca o presidente da APqC.

A mesma área de Santa Elisa também abrigou parte do maior banco de germoplasma de café do Brasil e um dos maiores do mundo.

Liminar

Na decisão, a juíza também pontua que "falta claro quanto a identificação das áreas afetadas, isso é, se a alienação será total ou parcial; como foi realizado o cálculo para fixar o preço de venda; como será a preservação de toda produção científica dos institutos afetados; qual estudo econômico realizado que ensejou a alienação e se as áreas envolvidas estão sob regime de proteção permanente".

A liminar também cita o local escolhido pela SAA para realizar a audiência, que teria capacidade para abrigar 150 pessoas, "enquanto a comunidade científica é composta por mais de 600 membros, que foram convocados para participarem da audiência pública".

A Justiça determina, ainda, que, na contestação, o Estado apresente autorização do Legislativo para a venda, além de "especificar as áreas afetadas com a extensão, mapas e respectivas divisas; se a alienação será total ou parcial; como foi realizado o cálculo para fixar preço de venda; como será a preservação de toda a produção científica dos institutos afetados; qual estudo econômico realizado que ensejou a alienação e se as áreas envolvidas estão sob regime de proteção permanente."

Neste sábado, 12, na véspera do Domingo de Ramos e do início da Semana Santa, o Papa Francisco visitou a Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, para rezar diante da imagem sagrada da Virgem Maria, Salus Populi Romani. Esta é uma das poucas aparições do papa após se recuperar de uma pneumonia bilateral.

O pontífice de 88 anos passou mais de cinco semanas no Hospital Gemelli, em Roma, para o tratamento. Apesar da alta, ele continua debilitado pela doença e reduziu drasticamente suas atividades. Os médicos disseram que Francisco deveria permanecer em repouso por dois meses para sua recuperação.

A primeira aparição pública aconteceu na missa do Jubileu dos Enfermos, na Praça São Pedro, no Vaticano, onde, de sua cadeira de rodas, saudou os fiéis.

Contrariando as recomendações médicas, ele recebeu a visita do rei Charles III e da rainha Camilla na última quarta-feira, 9. Um porta-voz do Palácio de Buckingham disse que "suas majestades estavam encantadas pelo papa estar suficientemente bem para recebê-los e por poder expressar seus melhores votos pessoalmente".

De acordo com o Vaticano, o estado de saúde do pontífice é estável. Francisco continua se recuperando em sua residência na Casa Santa Marta, no Vaticano. Até o momento, porém, a Santa Sé afirma que ainda é cedo para especular sobre a participação do papa nas cerimônias da Semana Santa.

Uma pesquisa realizada pelo Datafolha mostra que 58% dos brasileiros consideram que houve aumento da criminalidade nas suas cidades nos últimos doze meses. Os dados foram divulgados neste sábado, 12, pela Folha de S.Paulo.

Conforme o levantamento, a avaliação de piora é predominante entre homens, mulheres, jovens, idosos e pessoas de diferentes faixas de renda e opções partidárias.

A pesquisa, realizada entre 1º e 3 de abril deste ano, ouviu a opinião de 3.054 pessoas acima de 16 anos de 172 municípios brasileiros. A margem de erro é de dois pontos porcentuais.

Ainda conforme o levantamento, 25% dos entrevistados avaliam que não houve alterações no cenário de criminalidade. Já a minoria, 15%, acredita que os crimes caíram.

A percepção de piora é maior entre mulheres, moradores de capitais e regiões metropolitanas e da região Sudeste.

Nas capitais e regiões metropolitanas, 66% dos moradores destacam o avanço da criminalidade. Já nas cidades do interior, 51% destacam que o problema aumentou.

Entre os homens, 52% acreditam que houve aumento na criminalidade, enquanto 19% percebem uma diminuição. Já entre as mulheres, 62% dizem que houve alta e apenas 12% falam em queda.