Ana Maria Gonçalves, autora de 'um Defeito de cor', se candidata à ABL

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A escritora mineira Ana Maria Gonçalves, autora do romance Um Defeito de Cor, se candidatou para ocupar a vaga deixada pelo filólogo Evanildo Bechara na Academia Brasileira de Letras (ABL). Bechara morreu na última quinta-feira, 22, aos 97 anos.

As inscrições foram abertas após a sessão da saudade de Bechara, realizada na tarde desta terça-feira, 27.

Se eleita, a autora de 55 anos se tornará a primeira mulher negra a ocupar uma cadeira na Academia.

Um Defeito de Cor inspirou o samba enredo da Portela no carnaval de 2024 e conta a história de uma africana em busca do filho perdido.

Em paralelo, a ABL decidirá na quinta-feira, 29, o sucessor da Cadeira n° 26, que pertenceu ao advogado e jornalista Marcos Vilaça, morto em 29 de março, aos 85 anos. O professor universitário José Roberto de Castro Neves e o escritor Rodrigo Lacerda são os favoritos na disputa por essa vaga.

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A secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad, afirmou neste sábado, 7, que o processo de digitalização do sistema público de saúde no Brasil precisa garantir que a tecnologia chegue a todos os cidadãos, sem reforçar desigualdades.

"A ação de tornar a saúde pública no Brasil digital é justamente para que a tecnologia de fato chegue a todos e não seja mais um fator que segregue, que afaste as pessoas, que divida as pessoas pela classe social", afirmou durante painel do Fórum Esfera.

Segundo a secretária, o Brasil enfrenta um desafio ao buscar a transformação digital em um sistema universal de saúde que atende mais de 200 milhões de pessoas. "O DataSUS já criou mais de 400 sistemas de informação, cada um acompanhando uma ação diferente. A nossa opção foi criar uma plataforma de interoperabilidade, com um ecossistema de dados que se espelha em três interfaces de disseminação", explicou.

Uma dessas interfaces é o aplicativo Meu SUS Digital, que já está disponível e em expansão. "É ele que está trazendo para o cidadão os dados de saúde na palma da mão. Hoje já começamos a interoperar os dados com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), e a ideia é que a Rede Nacional de Dados de Saúde e o Meu SUS Digital espelhem os dados de todos os cidadãos no celular", detalhou Ana Estela.

O segundo maior diamante já encontrado no Brasil, que em formato bruto pesa 646,78 quilates (129,35 gramas), foi descoberto no mês passado no município de Coromandel, em Minas Gerais, segundo a Agência Nacional de Mineração (ANM).

A pedra preciosa está avaliada em R$ 16 milhões. O maior diamante já descoberto no Brasil também foi encontrado nesse município mineiro, em 1938, e, bruto, tinha 727 quilates.

O diamante descoberto em maio tem coloração marrom e foi extraído nas margens do Rio Douradinho, em área com Permissão de Lavra Garimpeira (PLG) regularmente titulada e fiscalizada, de acordo com a ANM. A pedra preciosa foi declarada pelo titular da PLG no Relatório de Transações Comerciais do Cadastro Nacional de Comércio de Diamantes (CNCD) em 29 de maio.

Sistema internacional

Ainda conforme a agência, a eventual comercialização do diamante, para o mercado interno ou para exportação, deverá seguir os critérios estabelecidos pelo Processo de Certificação de Kimberley (CPK).

O Brasil é signatário do sistema internacional, cujo objetivo é evitar que diamantes sejam utilizados para financiar conflitos armados ou atividades criminosas. A ANM é a entidade responsável pela representação brasileira no Kimberley Process.

Durante o processo de certificação do diamante, cabe à ANM realizar identificação e caracterização do lote, incluindo a distribuição por peso e quilates, registro fotográfico, valores estimados, além de dados sobre a origem da produção e o destino do mineral.

Depois dessa etapa, o lote é conferido, embalado e lacrado por um fiscal da ANM, o que viabiliza a emissão do Certificado de Kimberley, caso todas as exigências legais estejam atendidas.

Diamante Presidente Vargas

O maior diamante do Brasil, encontrado em 1938 por Joaquim Venâncio Tiago e Manoel Miguel Domingues, tinha 727 quilates quando puxado para fora do solo. A partir dele, 29 diamantes menores foram esculpidos, incluindo o diamante de 48,26 quilates lapidado em esmeralda denominado Presidente Vargas, em homenagem ao presidente brasileiro Getúlio Vargas. O diamante está na posse da joalheria Harry Winston, de Nova York.

Já a maior pedra do mundo, o Diamante Cullinan, foi descoberto em 1905 por Frederick Wells, gerente da área de mineração na mina Premier, na África do Sul. Ele pesava cerca de 3 106 quilates (cerca de 621 gramas). A pedra recebeu esse nome em homenagem a Thomas Cullinan, dono da mina. Em abril de 1905, ela foi posta à venda em Londres e só comprada 2 anos depois pelo governo da antiga província africana de Transvaal, que a deu de presente ao rei britânico Eduardo VII. Lapidada pela companhia Asscher de Amsterdã, foi dividida em 11 grandes gemas e outros fragmentos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O desmatamento na Amazônia teve alta de 92% em maio de 2025, em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo dados oficiais divulgados nesta sexta-feira, 6. Para o governo, a devastação tem agora um novo perfil, consequência dos incêndios e do colapso de florestas.

No acumulado de agosto a maio, o bioma registrou aumento de 9% no desmatamento, em comparação ao período de agosto de 2023 a maio de 2024. É a partir de maio que as nuvens se dissipam na Amazônia e os satélites "enxergam" melhor o cenário consolidado das áreas desmatadas.

Já os dados de desmatamento no Cerrado e no Pantanal foram positivos: queda de 15% no desmatamento no Cerrado em maio, em relação ao mesmo mês em 2024, e de 22% de agosto de 2024 a maio de 2025, considerando o período anterior; queda de 65% no desmate do Pantanal em maio, e de 74% no acumulado desde agosto.

O governo federal promete zerar o desmatamento em todos os biomas até 2030, uma das metas do compromisso de redução de emissões do País, sede da COP-30 neste ano. Os Ministérios do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia divulgaram os dados coletados pelo Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

As informações do sistema de monitoramento, que funciona com alertas diários, dão pista dos dados consolidados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), que registra as taxas anuais de desmate.

Impacto dos incêndios

Segundo os dados do Inpe, o peso dos incêndios florestais no desmatamento, quase insignificante no passado, tem crescido - as queimadas foram responsáveis por 51% da área desmatada em maio. Assim, boa parte dos 960 km² de floresta perdidos em maio não foi causada pelo "corte raso" de vegetação nativa no último mês, e sim pelo colapso de áreas que pegaram fogo no segundo semestre do ano passado.

Segundo o secretário executivo da pasta do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, é uma "realidade nova" para o combate ao desmatamento, com maior impacto do fogo na floresta pelas mudanças climáticas e pela ação antrópica. O desmate na Amazônia vinha em trajetória de queda até recentemente, com diminuição de 45,7% na devastação de agosto de 2023 a julho de 2024.

Floresta em colapso

O Deter separa o desmatamento em três tipos: por mineração, quando o garimpo remove a cobertura florestal principalmente ao longo de rios; com solo exposto, que se dá por remoção direta da floresta; com vegetação, quando cicatrizes de fogo danificam a floresta, que ainda pode se regenerar se não for atingida por novos incêndios.

De agosto de 2024 até agora, os focos de incêndio passaram a atingir mais áreas de vegetação nativa, que antes eram menos suscetíveis ao fogo. Esse "novo tipo" de desmate, que tem se tornado mais expressivo, pode ser lento e ocorre com a degradação progressiva da floresta até deixar de ser floresta, perdendo biodiversidade e funções ecológicas que cumpre para o ciclo da água e a estocagem de carbono.

Na avaliação do governo, o cenário exige um ajuste nas ações de enfrentamento ao desmatamento implementadas até agora. O Ibama, que sempre teve maior foco em fiscalização e controle do desmatamento, tem aumentado sua estrutura para lidar com a prevenção e o combate a incêndios, recebeu no dia 2 um aporte de R$ 825 milhões do Fundo Amazônia para fortalecer suas ações.

Um dos destaques recentes foram os embargos remotos por desmatamento ilegal feitos pelo Ibama em 5 mil propriedades na Amazônia, totalizando mais de 500 mil hectares embargados desde agosto de 2024. O controle dos incêndios depende ainda de ações de coordenação com os Estados e os municípios, conforme a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, instituída em 2024, que o governo federal diz que implementará neste ano.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.