Angela Ro Ro colaborou com documentário sobre sua carreira antes de última internação

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A cantora Angela Ro Ro, que morreu nesta segunda-feira, 8, aos 75 anos, após uma parada cardíaca, colaborou com a cineasta Liliane Mutti em um documentário ainda inédito sobre sua carreira. Produção do Canal Curta, o filme está atualmente em fase de finalização e não tem previsão de lançamento.

 

Intitulado Angela Ro Ro, o material vai contar a história de carreira da cantora e compositora, mergulhando em arquivos pessoais raros e imagens de apresentações para reconstruir sua trajetória artística e remontar momentos importantes de sua vida diante do público.

 

Para isso, nos últimos meses e anos, antes de sua internação, Liliane e sua equipe acompanharam Angela e tiveram acesso a materiais únicos para a composição do filme, que também terá depoimentos e trechos de shows.

 

No mês de agosto, algumas passagens do documentário foram apresentadas durante uma sessão de conversa promovida pelo 3º Festival Curta! Documentários, no Rio de Janeiro. Mutti, que também escreveu e dirigiu Miúcha: A Voz da Bossa Nova, e a montadora Tatiana Gouveia participaram do debate.

 

Angela estava internada desde julho em um hospital no Rio de Janeiro, e chegou a passar por uma traqueostomia após uma infecção pulmonar grave. Segundo seu advogado, Carlos Eduardo Lyrio, a artista morreu após contrair uma bactéria no hospital, pois não estaria isolada dos demais internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

 

Nascida no Rio de Janeiro em 1949, Angela Ro Ro começou a carreira quando foi convidada por Caetano Veloso para tocar gaita na faixa Nostalgia, do disco Transa. Em meados da década de 1970, começou a apresentar suas próprias composições em festivais do Brasil, e lançou seu primeiro álbum em 1979. Deixa sucessos como Amor, Meu Grande Amor, Balada da Arrasada e Só nos Resta Viver.

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O descarrilamento de um trem da Linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo, operada pela concessionária ViaQuatro, continua impactando as operações do ramal. O acidente ocorreu na última terça-feira, 9, e ainda não há previsão para a retomada completa do serviço, já que será necessário importar da Europa peças fabricadas sob medida.

Enquanto os reparos seguem, o sistema opera em via única entre as estações Vila Sônia - Profª Elisabeth Tenreiro e São Paulo-Morumbi, na zona sul, com intervalos de cinco minutos.

O descarrilamento ocorreu justamente nesse trecho e equipes trabalham no local para reconstruir trilhos e reparar estruturas de concreto danificadas. No restante da linha, a circulação já foi normalizada.

O diretor de operações da ViaQuatro, Antonio Marcio Barros Silva, afirmou que o acidente poderia ter causado uma tragédia maior, não fosse a atuação do sistema de sinalização, que detectou a falha e ordenou a parada imediata do trem.

"Isso, para a gente, foi super positivo porque acabou não causando nenhuma vítima", declarou Silva em entrevista à TV Globo. Nenhum passageiro ficou ferido. As pessoas que estavam no vagão precisaram deixar o trem pela via, sob orientação de funcionários da concessionária.

Segundo a empresa, o sistema de sinalização é responsável por garantir a operação automática e segura dos trens. Uma das peças danificadas pertence a esse mecanismo e precisará ser substituída por componentes importados, sem prazo definido para chegada.

Operação durante festival The Town

Neste final de semana (12, 13 e 14 de setembro), a ViaQuatro informou que haverá operação especial 24 horas em toda a Linha 4-Amarela para atender aos clientes do festival The Town, mas ainda com as limitações no trecho afetado.

Entre 0h00 e 4h40, o trecho entre as estações São Paulo-Morumbi e Vila Sônia-Profª Elisabeth Tenreiro será realizado somente pelo serviço de ônibus da concessionária que segue até Taboão da Serra e vice-versa.

Durante o horário regular da operação, o trecho segue operando em via singela e com os ônibus da concessionária entre a estação Vila Sônia-Profª Elisabeth Tenreiro e Terminal Taboão da Serra.

Uma criança de dois anos morreu atropelada nesta sexta-feira, 12, na região do Jaraguá, zona norte de São Paulo.

Conforme registro do Corpo de Bombeiros, acionado por volta das 15h45, o acidente aconteceu na Rua Andressa, 101, na garagem da empresa Norte Buss responsável por parte do transporte público nas zonas norte e noroeste da capital. A criança sofreu esmagamento do crânio e morreu no local.

Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte (SMT) e a SPTrans lamentaram a morte da criança. "A concessionária Norte Buss foi orientada a prestar apoio à família da vítima. A Polícia Militar foi acionada."

A reportagem tenta contato com a companhia. Procurada, a Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP-SP) ainda não se manifestou.

Laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a morte da estudante Alícia Valentina, no último dia 8, no Hospital da Restauração, no Recife-PE, foi provocada por "traumatismo craniano por objeto contundente". A criança, de 10 anos, morreu após ser agredida dentro de uma escola municipal de Belém do São Francisco, no Sertão de Pernambuco. O caso é investigado pela Polícia Civil.

Alícia estava no 6.º ano do ensino fundamental e estudava na Escola Tia Zita, na cidade de Belém de São Francisco, a 480 km da capital Recife. Vinda de uma família de quatro irmãos, ela tinha uma irmã gêmea e outros dois irmãos. A mãe, separada do pai há anos, sustenta a família trabalhando como empregada doméstica.

Após ser agredida no último dia 4, a menina teve sangramento nos ouvidos e no nariz e foi levada ao Hospital José Alventino Lima, em Belém do São Francisco. Quando a estudante começou a vomitar sangue, foi encaminhada ao Hospital Regional Inácio de Sá, na cidade de Salgueiro e, em seguida, transferida para o Hospital da Restauração, no Recife. Quatro dias depois, teve morte cerebral.

Um estudante de 12 anos foi apreendido na quinta-feira, 11, por decisão da Justiça, suspeito de ser o agressor que provocou a morte de Alícia. Por meio de nota, a Polícia Civil de Pernambuco informou que "a Delegacia de Belém do São Francisco cumpriu mandado de internação provisória de um adolescente por ato infracional análogo ao crime de lesão corporal seguida de morte".

Ainda de acordo com a polícia, "o adolescente foi localizado próximo ao distrito de Nazaré, na zona rural do município de Floresta." A apreensão foi decretada pelo Juízo da Comarca do município.

O Estadão apurou que, por volta das 13h do último dia 4, enquanto os estudantes estavam aglomerados no pátio da escola antes de entrarem na sala de aula, Alícia foi abordada por uma criança. A perseguição terminou no banheiro, quando a criança tentou dar um beijo em Alícia, enquanto os demais colegas assistiam a tudo da porta e impediam que outras pessoas entrassem no local. Como Alícia recusou o beijo, o agressor teria batido no rosto dela, que caiu e bateu a cabeça na quina da parede.

"Não só a nossa família, mas toda a sociedade de Belém quer justiça", diz Jacira Lima, prima de Anna Vilcar Lima, mãe da garota Alícia. Ela já lecionou na Tia Zita, nos anos de 2019 e 2020. "Lá sempre foi uma escola tranquila. Tinha confusão de professor com aluno, de aluno com aluno, coisa normal de escola, mas nada como essa tragédia que aconteceu."

A prefeitura de Belém do São Francisco lamentou a morte de Alícia e negou erro médico no atendimento à garota. "Não houve negligência médica ou alta hospitalar pelos profissionais da saúde que realizaram o atendimento da menor Alícia Valentina no Hospital do município Dr. José Alventino Lima. Salientando que a menor foi levada para casa, por sua mãe, sem autorização da médica plantonista. Informamos, ainda, que o caso foi devidamente encaminhado às autoridades competentes, responsáveis pela investigação das circunstâncias do ocorrido", diz a nota.