'A Hora do Rush' ganhará novo filme após lobby de Trump, diz jornalista

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Os veículos que cobrem a indústria de cinema nos Estados Unidos já haviam noticiado que a Paramount queria reviver a franquia A Hora do Rush, iniciada em 1998 e dirigida por Brett Ratner, acusado de má conduta e assédio sexual em 2017. A notícia agora é que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez lobby para que a sequência saísse do papel.

 

De acordo com o jornalista Matthew Belloni, ex-editor da revista The Hollywood Reporter, Trump teria acionado Larry Ellison, maior acionista da Paramount e pai de David Ellison, CEO do estúdio, para agir em nome de Ratner.

 

"A Paramount vai lançar A Hora do Rush 4 depois de pressão de Trump em nome de Brett Ratner. Acordo de distribuição. O produtor Tarak Ben Ammar está buscando financiamento. Preparem-se para a versão mais idiota possível de mídia estatal", noticiou o jornalista no seu perfil no X, antigo Twitter.

 

A Casa Branca, embora procurada por veículos de mídia nos Estados Unidos, não se manifestou sobre o caso.

 

A Hora do Rush é centrada na dupla improvável formada pelo detetive James Carter (Chris Tucker) e pelo inspetor de Hong Kong Lee (Jackie Chan). O primeiro filme, lançado em 1998, apresenta os dois agentes colaborando, a contragosto, para resgatar a filha sequestrada de um diplomata chinês; a fórmula combina artes marciais coreografadas por Chan, humor acelerado de Tucker e um enredo policial leve.

 

O impacto comercial foi expressivo: o filme inaugural arrecadou cerca de 244 milhões de dólares mundialmente, de acordo com a plataforma Box Office Mojo. O sucesso impulsionou as continuações de 2001 e 2007, que também tiveram bom desempenho nas bilheterias globais e consolidaram a franquia como uma das parcerias de ação e comédia.

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A Polícia Civil de Santa Catarina reabriu a investigação sobre um crime de estupro ocorrido em 2022, contra uma idosa de 69 anos, no qual Giovane Mayer, de 21 anos, figura como testemunha. Ele foi preso na última sexta-feira, 21, suspeito de matar a estudante de pós-graduação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Catarina Kasten, de 31 anos.

Formada em Letras, Catarina atuava como professora de inglês e foi encontrada pelo Corpo de Bombeiros em uma área de mata após desaparecer em uma trilha na região da Praia do Matadeiro, em Florianópolis, Santa Catarina. Segundo a polícia, os laudos periciais indicam que a vítima foi morta por asfixia provocada por estrangulamento.

Imagens de câmeras de segurança próximas à trilha registraram Giovane Mayer na região no horário em que Catarina esteve no local. De acordo com informações da Polícia Civil, o homem teria estrangulado a vítima e cometido violência sexual contra Catarina, antes de abandonar o corpo na trilha.

A Polícia Civil informou que aguarda a conclusão de outros laudos periciais para serem juntados ao Inquérito Policial e afirma que fará novas diligências.

A Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente e ao idoso (DPCAMI) de Florianópolis ficará responsável pela investigação do caso de estupro que foi reaberto.

O secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, deve deixar o cargo na próxima segunda-feira, 1.º, conforme informação divulgada inicialmente pelo jornal O Globo e confirmada por fontes da alta cúpula das polícias ouvidas pelo Estadão.

Os dois principais nomes cotados para assumir o cargo são o do delegado Osvaldo Nico Gonçalves, atual secretário-executivo da SSP, e o do coronel da reserva Marcello Streifinger, que hoje comanda a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).

Na semana passada, Derrite, que recentemente se licenciou do cargo para voltar à Câmara dos Deputados e relatar o projeto de lei Antifacção no Congresso, já havia sinalizado que ia deixar a pasta no próximo mês, mas sem indicar uma data.

A expectativa, agora, é que a despedida do atual secretário se dê durante cerimônia de aniversário do 1.º Batalhão de Choque - Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), que ocorre no centro de São Paulo. Ainda não há, porém, uma data para nomeação do substituto.

A indicação de Nico, segundo fontes ouvidas pela reportagem, é tida como mais conservadora, uma vez que mantém um nome que já integra a alta cúpula da secretaria e, ao mesmo tempo, atende a um pedido de policiais civis após o cargo ser ocupado por um nome ligado à PM.

Com mais de quatro décadas de polícia, Nico ocupou diferentes posições: atuou, por exemplo, como chefe da Delegacia Antissequestro e delegado-geral da Polícia Civil na gestão Rodrigo Garcia, em 2022.

À frente da SAP desde 2023, Streifinger, por outro lado, fez carreira na PM. O coronel integrou a corporação entre 1986 e 2020, encerrando sua passagem por lá como chefe do Centro de Operações (Copom).

Na avaliação de interlocutores ouvidos pela reportagem, Streifinger, de perfil mais reservado, agrada mais o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Embora a indicação de um segundo nome ligado à PM em sequência não seja vista com bons olhos por alas da Polícia Civil.

Era Derrite foi marcada por casos de violência policial

Os três anos de Derrite à frente da secretaria foram marcados por alta nos índices de letalidade policial e episódios de truculência de agentes da Polícia Militar. Operações no litoral paulista terminaram com dezenas de civis mortos após mortes de policiais.

Encerrada em abril do ano passado, após quatro meses, a Operação Escudo somou 56 civis mortos, em meio a denúncias de execução pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP).

No ano passado, por conta de uma série de denúncias de violência e abusos da polícia, a permanência do ex-oficial da Rota no cargo de secretário foi questionada, mas ele foi mantido no cargo pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Entre os episódios de repercussão sob sua gestão, estão as mortes de uma criança de 4 anos na Baixada Santista e de um estudante de Medicina baleado em um hotel da capital.

Houve ainda o caso de um homem atingido nas costas após tentativa de roubo em um mercado e o flagra de um policial arremessando um homem de uma ponte, na zona sul da capital paulista.

Embora o Estado tenha registrado queda de indicadores como roubos e furtos em 2024, São Paulo teve, no ano passado, a maior alta de mortes cometidas por policiais entre todos os Estados.

Foram 813 ocorrências envolvendo agentes em serviço e de folga, ante 504 em 2023, apontam dados divulgados neste ano pelo Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

A Secretaria da Segurança Pública tem afirmado que "não compactua com desvios de conduta e pune exemplarmente aqueles que infringem a lei e desobedecem aos protocolos das polícias paulistas".

Em notas enviadas à reportagem ao longo do ano, a pasta reforça ainda que "todas as ocorrências de morte decorrente de intervenção policial são rigorosamente investigadas pelas polícias Civil e Militar, com o acompanhamento das respectivas corregedorias, do Ministério Público e do Poder Judiciário".

Um raríssimo espetáculo da natureza está em exibição no Aterro do Flamengo, na zona sul do Rio de Janeiro. Palmeiras plantadas na década de 1960 pelo pioneiro do paisagismo brasileiro Roberto Burle Marx estão dando flor pela primeira e única vez em sua existência. A florada poderá ser vista até meados do ano que vem, quando as árvores morrerão.

A Palmeira Talipot (Corypha umbraculifera) é nativa do sul da Índia e do Sri Lanka. Ela pode chegar a 30 metros de altura e tem folhas de até cinco metros de diâmetro. Mas o que chama mais atenção na planta é a sua inflorescência (a parte onde se localizam as flores), considerada a maior dentre todas as espécies conhecidas do mundo.

São milhares de minúsculas florzinhas em tons que vão do creme ao amarelo escuro que surgem apenas uma vez, normalmente quando a palmeira tem de 40 a 70 anos de idade.

"Isso depende muito do local do plantio, do clima, do solo, da insolação", explica o biólogo e paisagista Marlon da Costa Souza, gestor da divisão botânica do sítio Roberto Burle Marx, na zona oeste, onde alguns outros exemplares também estão plantados. "Em seu local de origem, ela costuma florescer aos 70 anos, mas, aqui no Brasil, a floração ocorre mais cedo."

As mudas de Talipot foram trazidas ao Brasil e plantadas no Aterro e no sítio pelo próprio Burle Marx. Alguns outros exemplares já tinham florescido no sítio e no Aterro há cerca de 20 anos e, mais recentemente, há aproximadamente cinco anos.

As flores amareladas em contraste com o verde intenso das folhas e o azul do céu oferecem um evento paisagístico realmente marcante.

Todo o processo de florescer, frutificar e maturar leva cerca de um ano. "Como ela só floresce uma vez na vida, a sua estratégia de sobrevivência é que praticamente todos os seus frutos são viáveis", afirma Souza.

Quando todos os frutos finalmente tiverem caído no chão - o que deve acontecer até maio de 2026 - a palmeira definha até a morte. Os frutos, no entanto, tendem todos a gerar novas palmeiras, renovando o ciclo da natureza.