Mariana Ximenes celebra papéis nos seus 25 anos de carreira

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Em Amor Perfeito, ela foi Gilda, a vilã ambiciosa e capaz de qualquer coisa para conquistar o que queria, inclusive atirar no marido e acusar a enteada do crime - tudo isso no primeiro capítulo da novela. Celebrando 25 anos de carreira, Mariana Ximenes coleciona personagens que estão na lembrança das pessoas de todo o País, como a doce Celi, de Andando nas Nuvens (Euclydes Marinho, 1999), a espevitada Bionda de Uga Uga (Carlos Lombardi, 2000), a viuvinha Ana Francisca de Chocolate com Pimenta (Walcyr Carrasco, 2003) e, mais recentemente, Capitu, personagem icônica da literatura brasileira no filme Capitu e o Capítulo de Júlio Bressane.

 

A carreira na TV começou aos 17, quando a atriz estreou em Fascinação, novela de Walcyr Carrasco, autor com quem trabalharia novamente interpretando sua primeira protagonista e um de seus papéis mais marcantes, Ana Francisca. Aos 42 anos, Mariana celebra os muitos personagens em novelas, filmes, minisséries e no teatro. "Outro dia, fui ao aniversário de uma amiga e o irmão dela falou comigo: 'Gosto de você desde Bionda'", diz em entrevista ao Estadão. E assim ela se deu conta, mais uma vez, de quantos trabalhos já tinha feito.

 

Sucesso de audiência desde a primeira exibição, há 20 anos, a novela é um marco na carreira de Mariana. E, enquanto era exibida no horário das 14h - nova faixa da Globo para reprises -, a atriz também podia ser vista em Amor Perfeito.

 

Gilda não foi a primeira vilã de Mariana - a atriz deu vida a Clara de Passione novela de Silvio de Abreu, em 2010. Mas ela conta que teve bastante trabalho para construir a madrasta má de Amor Perfeito. "Vilãs são desafiadoras e Gilda tinha muitas camadas", começa.

 

Mariana lembra que, quando foi convidada para Gilda, chegou a comentar com os autores (Duca Rachid e Elisio Lopes Jr.) o quanto seria desafiador viver a vilã, que já no primeiro capítulo mostrou toda a maldade de que era capaz. A atriz revela trabalhar, há 15 anos, ao lado da psicanalista Katia Achcar, que a ajuda a construir suas personagens. "Ela me auxilia muito a entender o comportamento humano, a gente sabia que Gilda teve uma infância difícil, não recebeu amor e tinha escapado de uma casa de prostituição", diz.

 

Ainda sobre Gilda, a atriz conta que foi importante ver como ela também amadureceu ao longo da novela. "De vilã pérfida, fria, ela foi se modificando e se apaixonou", afirma.

 

Voltando ao passado, um dos primeiros trabalhos de Mariana Ximenes na Globo foi no especial Sandy & Junior, exibido no final de 1998, em que a atriz interpretava Vicky, estudante bolsista da escola que era o principal cenário da produção. O programa, piloto da série, contava a história de uma menina que sofria bullying por ser pobre. "Eu estava no terceiro ano do Ensino Médio e não podia faltar à aula, minha mãe só me deixou fazer se eu não faltasse."

 

Uma curiosidade da carreira de Mariana foi o fato de a atriz reproduzir duas cenas clássicas do cinema, sendo uma delas vivida duas vezes. A primeira aconteceu justamente no piloto de Sandy & Junior, quando ela teve um momento Carrie, A Estranha, tomando um banho de tinta. A cena se repetiu em Chocolate com Pimenta, quando Ana Francisca é humilhada em um baile, na primeira fase da novela.

 

GRATIDÃO

 

Outra cena clássica, que também aconteceu na novela de Walcyr, foi a reprodução de ...E o Vento Levou, quando Ana Francisca promete se vingar de todos que a humilharam. "Eu assisti a ...E O Vento Levou quando tinha 12 anos e, como queria ser atriz, sempre procurei saber dos clássicos", recorda. "Sou muito grata ao Walcyr, ele me deu minha primeira protagonista."

 

"Minha formação de atriz e vida adulta foram no Rio, na Globo, e isso é muito especial", conta, relembrando nomes com quem trabalhou e que se tornaram amigos, como Laura Cardoso, Ary Fontoura, Osmar Prado, Marco Nanini (que viveu seu pai em Andando nas Nuvens).

 

Entre os papéis marcantes, Mariana também lembra de seu trabalho como Anna Júlia, personagem do clipe da música de mesmo nome da banda Los Hermanos, quando o grupo carioca ainda estava no início da carreira. "Eu tinha 17 anos, me mandaram uma fita demo, coloquei no toca-fitas e pensei: 'Meu Deus isso é muito bom, vou fazer'. Foi lindo, um sucesso estrondoso, e, até hoje, quando tocam numa festa, me chamam no palco", se diverte.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), estabeleceu ontem critérios para o uso obrigatório das câmeras corporais pelos policiais militares de São Paulo. Conforme a decisão, os equipamentos devem ser usados em três situações: operações de "grande envergadura", incursões em "comunidades vulneráveis para restaurar a ordem pública" e operações para responder ataques a policiais militares.

Essas são situações prioritárias para uso das câmeras, mas a ideia é que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) amplie a instalação dos aparelhos, especialmente nas circunstâncias definidas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública anteriormente. "Na medida em que for viável, o Estado de São Paulo deve garantir que unidades que realizam patrulhamento preventivo e ostensivo também sejam contempladas", explica o ministro na decisão.

Os critérios foram definidos após uma série de episódios de violência policial em São Paulo que pressionaram o governador. Recentemente, Tarcísio admitiu que errou ao criticar as câmeras corporais em ocasiões anteriores.

O QUE ACONTECEU AGORA?

Barroso já havia definido a obrigatoriedade das câmeras nos efetivos policiais paulistas. Foi o próprio governo de São Paulo quem pediu um detalhamento sobre os critérios de uso.

A Secretaria da Segurança Pública alega que não há aparelhos suficientes para toda a PM. São 10.125 câmeras para cerca de 80 mil agentes públicos. A decisão desta quinta-feira é uma resposta ao pedido de prioridade.

Essa decisão define que, neste momento, o governo pode priorizar as regiões em que há disponibilidade dos equipamentos, mas deve distribuir as câmeras "estrategicamente" em áreas com maior índice de letalidade policial. "Essa observação é importante para que os objetivos da decisão não sejam frustrados pela distribuição de câmeras a localidades e unidades com menores taxas de mortes em decorrência da ação policial", afirma Barroso.

Segundo o ministro, a transparência nesse processo é fundamental para assegurar que os recursos disponíveis sejam alocados "de maneira eficiente". "E que os objetivos da política sejam efetivamente alcançados", define.

ESCALADA

No mês passado, 2 policiais militares foram presos e mais de 40 acabaram afastados por denúncias de violência em abordagens. Entre janeiro e o início de dezembro, foram registradas 784 mortes em decorrência de intervenção policial, segundo o Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público. A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo tem afirmado investigar os casos e não tolerar os desvios de agentes.

Dados da SSP apontam que, de janeiro a setembro, a Polícia Militar matou 496 pessoas - o maior número desde 2020. A alta interrompeu a curva de queda de mortes pela PM que vinha desde o início do uso de câmeras corporais.

PARA O FUTURO

Pela decisão do STF, o governo de São Paulo precisa manter o ministro informado sobre o andamento da política de câmeras. Barroso pediu relatórios mensais detalhando resultados. O Estado foi procurado pela reportagem, mas não havia se pronunciado até as 21 horas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Marinha do Brasil (MB) informou na noite desta quinta-feira, 26, que mais uma vítima da queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que cedeu no último domingo, 22, foi encontrada no Rio Tocantins. Ao todo, nove pessoas já foram localizadas e oito ainda seguem desaparecidas.

A vítima é uma mulher de 48 anos, que não teve a identidade revelada. De acordo com a Marinha, ela foi localizada por moradores a seis quilômetros do local do acidente, que aconteceu entre as cidades de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA).

Ainda segundo a Marinha, a Força-Tarefa de mergulhadores localizou duas motos, uma caminhonete, um caminhão com a carga de defensivos agrícolas preservada. Na área de buscas, testes de qualidade da água são feitos por militares especializados em Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica (NBQR) e, até o momento, não foram constatadas alterações causadas por agentes químicos.

No início da tarde de quinta, outras duas pessoas desaparecidas foram localizadas. Ambas, no entanto, ainda não foram retiradas da água e seguem embaixo dos escombros, que estão a 35 metros de profundidade.

"Não foi possível realizar a extração dos corpos e a partir de agora, os operadores traçam estratégias para realizar novos mergulhos para retirá-los do local", informou a Polícia Militar do Tocantins.

A Força-Tarefa é coordenada pela MB, que conta com o apoio do Corpo de Bombeiros dos Estados do Maranhão, do Tocantins e do Pará. Até a última atualização, 79 militares da Marinha atuavam no local, com 44 mergulhadores ao todo - 18 da Marinha, 10 do Maranhão, 10 do Tocantins e seis do Pará.

Dificuldades na localização dos corpos

A localização dos corpos tem sido um desafio para os mergulhadores. Muito por conta das características do rio, como água turva e correnteza, além das presenças de escombros da própria estrutura colapsada e de materiais tóxicos que estavam sendo transportados por caminhões que caíram na água.

A possível presença de materiais tóxicos no rio, como ácido sulfúrico, que é corrosivo, altamente perigoso para a saúde humana e danoso aos materiais de mergulho (como os cilindros), faz a Marinha analisar qualidade a água toda manhã antes de começar as buscas. Todos os mergulhos foram autorizados após os exames identificarem que não havia o risco para os agentes.

Outras dificuldades enfrentadas pelos mergulhadores são: o nível de profundidade do Rio Tocantins, que chega a 48 metros; a baixa visibilidade da água, que é muito turva; além da presença de escombros, concreto e vergalhões no rio, que podem se deslocar, enroscar e provocar lesões à equipe de mergulho.

Reforços

Por conta disso, os trabalhos de busca vêm ganhando reforços de contingente e maquinários. Nesta quinta, por exemplo, a Força Aérea Brasileira (FAB) transportou até o aeroporto de Imperatriz, no Maranhão, uma câmara hiperbárica da Marinha, que permitirá a realização de mergulhos de profundidades maiores que 30 metros.

A Polícia Federal (PF), que também atua nas operações, utiliza dois drones subaquáticos para ajudar a localizar as vítimas e os caminhões submersos. O trabalho é realizado pelo Núcleo de Polícia Marítima da Polícia Federal, que fará uma varredura no Rio Tocantins. Um drone subaquático da Transpetro também está sendo usado.

Na lista, também está um sonar "sidescan", um instrumento que ajuda a identificar a posição dos veículos submersos. A ferramenta ajuda a garantir que os mergulhadores atuem de forma mais precisa e otimizada dentro do tempo diário que eles têm disponível.

E existe, ainda, a previsão de a equipe contar, com um médico hiperbárico, dois enfermeiros hiperbáricos e um operador da empresa Geosaker, especializada em inspeções subaquáticas que está auxiliando de forma voluntária nas buscas, que também devem chegar nos próximos dias.

Acidente

No último domingo, 22, a ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, de 533 metros e mais de 60 anos, teve parte da sua estrutura colapsada. A estrutura faz parte de um eixo rodoviário importante para a região Norte, por ser ponto de travessia das rodovias BR-226 (Belém-Brasília) e BR-230 (Transamazônica).

Ao todo 10 veículos, entre carros, caminhões e motocicletas, foram atingidos pelo acidentes. Dois caminhões carregavam ácido sulfúrico e um, que transportava defensivos agrícolas, caíram no Rio Tocantins.

Um avião da companhia aérea Latam precisou fazer um pouso forçado no Aeroporto Internacional de Brasília após declarar emergência na noite desta quinta-feira, 26 (confira nota completa da companhia abaixo). De acordo com informações presentes no site do aeroporto, a aeronave, um Airbus A320, com destino ao Aeroporto de Teresina, na capital do Piauí, decolou da capital federal às 21h45.

Logo em seguida, a tripulação declarou emergência. Cerca de 40 minutos depois, às 22h20, a aeronave, com número de voo LA3852, pousou novamente no aeroporto do Distrito Federal, segundo informações presentes no aplicativo rastreador de voos Flight Radar.

Em nota, a Latam confirmou a intercorrência e informou que "todos os passageiros foram desembarcados em absoluta segurança" após o pouso forçado. Eles serão reacomodados em um novo voo com partida programada para a noite desta sexta-feira, 27.

Veja a íntegra da nota:

A LATAM informa que o voo LA3852 (Brasília-Teresina) desta quinta-feira (26/12) precisou retornar ao aeroporto de origem devido à necessidade de manutenção corretiva não programada na aeronave. O pouso ocorreu sem intercorrências às 22h20 (hora local) e todos os passageiros foram desembarcados em absoluta segurança. A companhia está oferecendo toda a assistência aos passageiros, que serão reacomodados no voo LA9003 (Brasília-Teresina), programado para às 21h05 desta sexta-feira (27/12). A LATAM lamenta os transtornos causados e reitera que adota todas as medidas de segurança técnicas e operacionais para garantir uma viagem segura para todos.