Tomorrowland Brasil 2023: shows desta sexta-feira são cancelados após chuva

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Os shows que aconteceriam nesta sexta-feira, 13, no Tomorrowland Brasil foram cancelados. O anúncio foi feito nas redes sociais do festival que acontece em Itu, São Paulo.

Segundo comunicado, a chuva desta quinta-feira, 12, causou grande danificação na estrutura do evento. A programação de apresentações do sábado segue confirmada.

"Prezados visitantes, devido aos fortes temporais, chuvas e alagamentos durante o dia de ontem, as áreas internas do Tomorrowland, estacionamentos e vias de acesso estão muito danificadas. Em função desses acontecimentos, anunciamos a não realização do festival na data de hoje, sexta-feira, 13 de outubro", informou a equipe do festival em nota.

"Estamos trabalhando fortemente para garantir que tenhamos as condições necessárias para recebê-los com segurança. Amanhã, sábado, 14 de outubro, o Tomorrowland Brasil volta a abrir as portas. Para os visitantes do DreamVille, teremos uma programação especial com a abertura do The Gathering Stage. Informações sobre reembolso serão divulgadas em breve".

'Tomorrowlama'

Sete anos após a última edição no Brasil, o retorno do festival nesta quinta-feira, 12, foi marcado pela intensa chuva e muita lama, o que dificultou que o público transitasse pelos palcos. No Twitter, o primeiro dia foi apelidado como "Tomorrowlama".

"Tomorrowland Brasil foi um desastre hoje: lama, filas enormes para comprar bebida, certos pontos sem possibilidade de passar por mal planejamento. Só os palcos e música salvam o festival", relatou um internauta na rede social.

Para além da dificuldade de locomoção do público, que precisava se segurar uns nos outros ou em muros para não escorregar, as vias de acesso e o acampamento, onde grande parte das pessoas se alojaram, também foram prejudicadas.

Quem iria tocar?

Steve Aoki seria a atração principal desta sexta-feira. Outros grandes nomes que se apresentariam no segundo dia de evento seriam: KVSH, Vintage Culture, Cat Dealers e mais. Veja o line-up cancelado:

Mainstage

14h: Jessica Brankka

15h30: KVSH

16h30: Carola

17h35: Cat Dealers

18h40: B Jones

19h40: Nervo

20h40: ANNA

21h45: Vintage Culture

22h50: Sebastian Ingrosso

23h50: Dimitri Vegas & Like Mike

00h50: Steve Aoki

Tulip

15h: Fernanda Pistelli

16h: Aura Vortex

17h: Freedom Fighters

18h: Liquid Soul

19h: Chapeleiro

20h: Blastoyz

21h: Coone

22h: MANDY

23h: Da Tweekaz

00h: Sub Zero Project

Youphoria

15h: Doozie

16h: DJ Glen

17h: Jord

18h: Meca

19h: Liu

20h: Chemical Surf

21h: Pretty Pink

22h: Öwnboss

23h: Lost Frequencies

00h: Bakermat

01h: Acraze

CORE

14h: Due

15h30: Mila Journée

17h: Capoon

18h30: Dino Lenny

20h: Jaguar

22h: Skepta

00h: Âme

Essence by Beck's

14h: Beltran

15h30: Gabe

17h: Layla Benitez

18h30: Francis Mercier

20h: Korolova

22h: Gordo

00h: Purple Disco Machine

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O Procon-RJ, órgão estadual de defesa do consumidor do Estado do Rio de Janeiro, interditou na manhã de segunda-feira, 17, o acesso ao monumento do Cristo Redentor (o Trem do Corcovado e o serviço de vans). A medida ocorreu um dia após um turista de 54 anos morrer vítima de enfarte na escadaria do complexo.

Ao final do dia, uma reunião entre autoridades e responsáveis pela atração turística terminou com acordo para que o monumento seja reaberto nesta terça-feira, 18, após uma vistoria pelos bombeiros e a adoção de medidas urgentes. Uma ambulância terá de ficar à disposição dos visitantes durante todo o período de visitação do monumento, por exemplo.

O turista gaúcho Jorge Alex Duarte sofreu o enfarte pouco depois das 7 horas de domingo, 16, na escadaria de acesso ao Cristo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado, mas não conseguiu evitar a morte.

Parentes do turista afirmaram que o posto médico estava fechado na hora do episódio. A empresa responsável pelo serviço de atendimento médico nega - diz que o posto havia acabado de abrir e que o problema é que a vítima sofreu um enfarte fulminante, diante do qual não houve socorro possível.

A área do Cristo Redentor é administrada por quatro instituições ou empresas. O monumento em si e a capela próxima são administradas pela Igreja Católica, por meio do Santuário Cristo Redentor. O Parque Nacional da Tijuca, área de floresta onde está o monumento, é responsabilidade do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão federal.

O transporte por vans, que partem de três pontos da cidade e levam até o monumento, cabe à concessionária Paineiras-Corcovado. Por fim, o transporte por trem é responsabilidade da concessionária Trem do Corcovado.

O contrato de concessão firmado em 2014 entre o ICMBio e a Trem do Corcovado prevê que a empresa mantenha o posto médico e estipula que ele deve funcionar durante todo o período de visitação ao monumento. Pessoas que acompanhavam a visita ao Cristo do turista que morreu reclamaram da demora no atendimento a ele.

O ICMBio afirmou em nota que vai abrir investigação para apurar o episódio e, se ficar demonstrado descumprimento do contrato, a empresa concessionária será punida. Na nota, o instituto também lamentou a morte do visitante.

O instituto afirmou também ainda não ter sido notificado oficialmente sobre as razões para a interdição do acesso ao monumento e que vai tomar providências assim que houver a notificação.

O Trem do Corcovado afirmou que o posto médico estava funcionando regularmente na hora em que o turista sofreu enfarte e disse que "a equipe do Pronto Socorro local agiu imediatamente, inclusive com uso de desfibrilador, mas, apesar da rapidez da ação, o visitante teve um infarto fulminante, impossibilitando o salvamento, como também constatado pela equipe do Samu".

Ainda segundo a empresa concessionária, "o Pronto Socorro atende a todas as pessoas que visitam o monumento do Cristo Redentor, inclusive os que chegam em vans, ou pela trilha. A unidade conta com os equipamentos necessários aos primeiros socorros e com profissionais treinados, habilitados e certificados a manusear o desfibrilador. Casos mais graves são levados para o Hospital Adventista Silvestre, que fica a quatro minutos do monumento, dentro do próprio Complexo do Corcovado".

A concessionária Paineiras-Corcovado, que administra o serviço de vans, também divulgou nota lamentando a morte do turista e afirmando que "equipes de atendimento prestaram os primeiros socorros e acionaram os serviços de emergência".

O Santuário Cristo Redentor emitiu nota lamentando a morte do turista e denunciando suposta falta de estrutura da área de acesso ao monumento.

Ao fim do dia, uma reunião entre autoridades do governo do Estado e administradores do monumento terminou com a decisão de reabrir o acesso ao Cristo nesta terça-feira. Às 7h vai ocorrer uma vistoria no complexo turístico, com agentes do Corpo de Bombeiros e representantes das empresas e instituições envolvidas na gerência do Cristo. Após a vistoria, o complexo será reaberto.

Ficou acordado que os dois postos de saúde existentes no complexo - um no próprio monumento e outro no Centro de Visitantes das Paineiras, de onde partem vans para o monumento - vão funcionar durante todo o período de visitação.

Uma ambulância vai permanecer estacionada na subida do trem do Corcovado para dar eventual assistência aos visitantes que usem esse meio de transporte. Foi criada ainda uma comissão que vai fiscalizar e adotar melhorias para o acesso ao Cristo.

O temporal com rajadas de vento que, em pouco mais de meia hora, despejou 100 milímetros de chuva sobre a cidade de Nova Europa, no interior de São Paulo, na noite de sábado, 15, é um fenômeno conhecido como microexplosão. A conclusão, da Defesa Civil do Estado de São Paulo, se baseia na análise de imagens de satélite e dos estragos, e de dados de estações meteorológicas próximas.

As rajadas de vento atingiram 85 km por hora e deixaram um rastro de destruição na cidade de 9,3 mil habitantes, que fica na região de Araraquara. Houve a queda de 12 muros, sete árvores e um portão, além de 25 casas destelhadas. Dois reservatórios de água e três postes caíram.

Quatro pessoas ficaram feridas, uma pela queda do portão, outra em um destelhamento, e duas em queda de árvore sobre um carro. Ao menos 30 pessoas ficaram desalojadas. Um posto de combustível foi interditado. A prefeitura decretou situação de emergência.

Conforme a Defesa Civil, a microexplosão é um fenômeno que na maioria das vezes está associado a uma célula de tempestade muito forte, porém difícil de ser registrada por aparelhos meteorológicos. Para chegar à conclusão, a Defesa Civil analisou as imagens de satélite e dos estragos, interpolando com dados de estações meteorológicas que forneceram a velocidade das rajadas.

Interpolar dados é uma técnica estatística que permite estimar ou prever valores desconhecidos com base em dados existentes. Assim, o órgão pôde afirmar que ocorreu uma microexplosão em Nova Europa.

A meteorologista Ana Maria de Avila, do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), explica que a microexplosão não acontece só no verão, mas em qualquer época do ano.

"Está associada a tempestades severas e é mais observada em estações de transição. Por exemplo: agora estamos saindo do verão e entrando no outono e começam a entrar massas de ar geralmente mais frias. Isso vai dando uma característica de variação térmica também, fazendo com que haja maior chance das tempestades severas ocorrerem."

O equipamento que consegue identificar exatamente uma microexplosão, assim como os tornados, é o radar meteorológico, desde que ocorra dentro de sua área de cobertura. Outra forma é se alguém fotografa, ou ainda pelas características, pelos danos que ocorreram, permitindo estimar o tipo de fenômeno.

Ainda segundo a pesquisadora, a microexplosão pode ocorrer em qualquer estação do ano. "Já tivemos em todas as estações do ano registros desse fenômeno. É um fenômeno raro, não é comum, mas também não é uma situação anômala, que nunca ocorre. Ocorre, mas com menos frequência do que, por exemplo, temporais, chuvas intensas, quaisquer outros eventos. Elas fazem parte daqueles eventos severos que não têm frequência tão alta, porém não são totalmente inesperados."

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), na microexplosão - também conhecida pelo seu nome em inglês, downburst - uma corrente de vento forte e descendente se separa de uma nuvem de tempestade e se desloca com força em direção ao solo.

O fenômeno é diferente do tornado, quando os ventos em direção ao solo convergem, formando um redemoinho. O poder destrutivo, no entanto, é semelhante nos dois casos.

Em fevereiro do ano passado, moradores do bairro Conchal, em Sete Barras, no Vale do Ribeira, registraram uma nuvem em formato de cogumelo caindo como uma "bomba de água", segundo a descrição deles. O fenômeno, também identificado por Ana de Ávila como microexplosão, destruiu 800 mil pés de banana.

Butch Wilmore e Suni Williams eram pouco conhecidos fora dos círculos espaciais quando se prepararam para o que deveria ser um rápido voo de teste da cápsula Starliner da Boeing, em junho do ano passado. Nove meses depois, eles capturaram a atenção - e os corações - do mundo como os astronautas presos da Nasa, a agência espacial americana.

O retorno deles está próximo, agora que uma nova tripulação chegou à Estação Espacial Internacional para substituí-los, após ser lançada da Flórida na semana passada. Eles voltarão com a SpaceX na terça-feira, já que seu problemático Starliner retornou vazio à Terra meses atrás, deixando-os em órbita.

Aqui está um olhar sobre a missão cheia de drama de "Suni e Butch":

Quem são os astronautas presos?

Os dois pilotos de teste foram da Marinha para a Nasa. Wilmore, de 62 anos, jogou futebol na escola e na faculdade em seu Estado natal, o Tennessee, antes de ingressar na Marinha. Williams, de 59, cresceu em Needham, Massachusetts, como nadadora competitiva e corredora de longa distância.

Wilmore acumulou 663 pousos em porta-aviões, enquanto Williams serviu em esquadrões de helicóptero de combate.

A Nasa escolheu Williams como astronauta em 1998, seguido por Wilmore, em 2000. Cada um deles já havia realizado dois voos espaciais, incluindo permanências de meses na estação espacial, antes de se inscreverem para a primeira tripulação do Starliner.

Embora tenham aceitado os repetidos atrasos no retorno para casa, eles disseram que foi muito mais difícil para suas famílias. Deanna, esposa de Wilmore, tem segurado as pontas, segundo o marido. Sua filha mais velha está na faculdade e a mais nova no último ano do ensino médio.

O marido de Williams, Mike, um delegado federal aposentado, tem cuidado de seus dois labradores retrievers. Ela disse que sua mãe é a que mais se preocupa.

O que os astronautas presos estão ansiosos para fazer na Terra?

Além de se reunirem com entes queridos, Wilmore, um líder na igreja Batista, mal pode esperar para voltar presencialmente ao ministério e sentir o cheiro de grama recém-cortada.

Wilmore manteve contato com membros de sua congregação ao longo dos meses, participando de serviços de oração ocasionais e ligando para membros doentes pelo telefone com internet da estação espacial.

Williams está ansiosa por longas caminhadas com seus cachorros e um mergulho no oceano.

Vários outros astronautas passaram ainda mais tempo no espaço e, por isso, precauções especiais não devem ser necessárias para os dois quando estiverem de volta, de acordo com a Nasa.

"Ensinamos todo astronauta lançado para o espaço a não pensar em quando vai voltar para casa. Pense em como sua missão está indo bem e, se tiver sorte, pode conseguir ficar mais tempo," disse Ken Bowersox, chefe da missão de operações espaciais da Nasa e ex-astronauta, na semana passada.

Por que os astronautas presos entraram em uma confusão política?

Wilmore e Williams se viram no meio de uma tempestade política quando o presidente americano Donald Trump e o fundador da SpaceX, Elon Musk, anunciaram no final de janeiro que acelerariam o retorno dos astronautas, culpando a administração Joe Biden, que deixou a Casa Branca em 20 de janeiro, por mantê-los lá por muito tempo.

Os oficiais da Nasa defenderam sua decisão de esperar pelo próximo voo programado da SpaceX para trazê-los de volta para casa, mirando um retorno em fevereiro. Mas seus substitutos ficaram retidos na Terra por causa do trabalho na bateria de sua nova cápsula SpaceX.

A SpaceX trocou as cápsulas para acelerar as coisas, adiantando o retorno em algumas semanas. Os dois voltarão na cápsula que está lá desde o outono passado.

"É ótimo ver o quanto as pessoas se preocupam com nossos astronautas," disse Bowersox, descrevendo a dupla como "profissional, dedicada, comprometida, realmente excelente."

Por que os astronautas presos trocaram de táxis espaciais?

Astronautas quase sempre voltam na mesma nave espacial em que se lançaram. Wilmore e Williams foram a bordo da Starliner da Boeing e retornarão no Dragon da SpaceX.

Seus primeiros voos foram a bordo do ônibus espacial da Nasa, seguidos pela cápsula Soyuz, da Rússia. Tanto a Starliner quanto a Dragon são completamente autônomas, mas capazes de comando manual se necessário.

Como pilotos de teste, eles estavam encarregados da Starliner. O Dragon tinha o colega astronauta Nick Hague no comando; lançado em setembro passado com um russo e dois assentos vazios reservados para Wilmore e Williams.

Qual é o futuro da Starliner da Boeing?

A Starliner quase não chegou à estação espacial. Logo após o lançamento em 5 de junho, houve um vazamento de hélio e falhas nos propulsores a caminho do laboratório orbital.

A Nasa e a Boeing passaram o verão tentando descobrir o que deu errado e se os problemas se repetiriam no voo de volta, colocando seus dois pilotos de teste em perigo. A Nasa acabou decidindo que era muito arriscado e ordenou que a cápsula voltasse vazia em setembro.

Os engenheiros ainda estão investigando as falhas dos propulsores, e é incerto dizer quando a Starliner voará novamente - com astronautas ou apenas carga. A Nasa entrou em seu programa de tripulação comercial querendo duas empresas americanas concorrentes para o serviço de táxi por uma questão de redundância e mantém essa escolha.

*Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado pela equipe editorial do Estadão. Saiba mais em nossa Política de IA.