Inteligência artificial reproduz voz de Elis Regina cantando Marina Sena e Marília Mendonça

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Quando a polêmica envolvendo o uso de inteligência artificial para recriar vozes de artistas que já morreram parecia minorado, eis que um novo perfil no Instagram decidiu publicar novas experimentações com a voz de uma das mais importantes cantoras do Brasil: Elis Regina.

Há cerca de três dias, o endereço @elisregina.ai passou a publicar vídeos em que a voz de Elis é simulada por meio de ferramentas digitais para cantar músicas de nomes atuais da música brasileira, cantoras que não haviam nem mesmo nascido quando Elis morreu, há 41 anos. As versões completas estão sendo postadas no YouTube.

Entre as músicas estão Infiel, sucesso da cantora sertaneja Marília Mendonça, Por Supuesto, primeiro sucesso de Marina Sena e Você Não Presta, música gravada por Mallu Magalhães.

O perfil também simulou um novo encontro entre Elis e Gal Costa na música Barato Total. As duas cantoras só cantaram juntas uma única vez, em 1981, em uma especial da TV Globo. Ainda há uma versão de Elis cantando Flor de Maracujá, outro sucesso de Gal.

O dono do perfil, que não se identifica, ainda postou Elis 'cantando' Opinião, sucesso de sua rival Nara Leão; Gatas Extraordinárias, que ficou marcada na voz de Cássia Eller; além de Diariamente, Eu Sei e Bem Que Se Quis, hits de Marisa Monte.

De gravações de Maria Rita, filha de Elis, há três simulações: os sambas Cara Valente e Num Corpo Só e a canção Encontros & Despedidas, composição de Milton Nascimento e Fernando Brant. Há outras, como Tô Voltando, conhecida na voz de Simone, e Kilariô, do músico Di Melo.

O resultado, como tudo que envolve a inteligência artificial no que se refere à recriação de vozes, é duvidoso, apesar da curiosidade, sobretudo por não se tratar de um trabalho mais refinado - há sílabas que são engolidas, saem aos trancos ou são 'pronunciadas' incorretamente. Isso sem falar na voz robotizada.

Em Por Supuesto, por exemplo, o começo parece bom, mas, ao chegar no refrão, a voz se afasta completamente do timbre de Elis e o resultado é bem desastroso. Em Num Corpo Só, o resultado é um pouco mais satisfatório.

Até o momento, nenhum lançamento oficial da voz de Elis recriada por meio de ferramentas digitais foi realizado. Em julho, a imagem da cantora foi recriada para uma propaganda publicitária ao lado de sua filha, Maria Rita.

No vídeo, Elis aparecia dirigindo uma Kombi e fazendo dueto com Maria Rita na canção Como Nossos Pais. No entanto, para a propaganda, apenas o rosto de Elis foi recriado. A voz fora extraída da gravação que Elis fez para a música de Belchior em 1976.

Na época, a propaganda abriu um grande debate sobre o uso da inteligência artificial para recriar voz e imagem de pessoas já mortas. O vídeo foi alvo de representação no Conar, que meses depois arquivou o caso sem qualquer punição para os criadores do comercial, apesar de admitir a falta de regras sobre o tema.

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Um turista brasileiro que residia em Londres, na Inglaterra, morreu na Paraíba nesta segunda-feira, 30, após saltar de parapente. Lauro Edmar Couto, de 53 anos, perdeu o controle no ar e caiu no chão. O acidente aconteceu na zona rural da cidade de São José de Princesa.

A Polícia foi acionada, mas o homem já estava sem vida quando os agentes chegaram ao local do acidente, segundo o delegado Adriano Pinto, que atendeu o caso.

"O corpo foi encaminhado para o Núcleo de Medicina e Odontologia Legal, onde passará por uma necropsia, e também foi realizada uma perícia para tentar descobrir qual foi o motivo da queda que levou a vítima a óbito", relata.

A necropsia e o laudo da perícia devem ser concluídos nos próximos 10 dias. "A partir disso, nós iremos dar continuidade às investigações e demais coletas de depoimentos de testemunhas que presenciaram a queda da vítima", completou o delegado.

A alagoana Carolina Canales, de 24 anos, que morreu neste domingo, 29, durante um incêndio no The Ember Hotel, em Bangkok, capital da Tailândia, era médica e estava viajando pelo país com o noivo. Ela foi pedida em casamento alguns dias antes da tragédia.

O noivo, Fernando Lages da Resurreição, que é fotógrafo e estudante de Medicina, sobreviveu ao incêndio. Eles estavam juntos há oito anos. Na viagem, que começou há cerca de duas semanas, Carolina e Fernando passaram também por Dubai.

Carolina era natural de Alagoas e atuava no Hospital Geral do Estado (HGE). Segundo nota publicada pela Secretaria de Saúde de Alagoas, ela era "uma profissional reconhecida pela competência e dedicação".

"Mais do que uma médica exemplar, Dra. Carolina era uma pessoa de humanidade ímpar e de coração generoso, que conquistava a todos", afirma a nota.

O Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed-Al) também manifestou o pesar pela morte da jovem, que era palmeirense e filha e neta de médicos.

As causas do incêndio do The Ember Hotel ainda estão sendo investigadas. Carolina morreu pela inalação da fumaça. Outros dois turistas, um ucraniano e um norte-americano, também não resistiram. Outras quatro pessoas foram hospitalizadas em estado crítico.

As chamas começaram no quinto andar do hotel, que tem seis andares e fica localizado na Rua Khao San Road, conhecida por sua vida noturna agitada e muito popular entre os mochileiros que visitam a capital tailandesa.

Diely da Silva Maia, de 34 anos, foi baleada e morta no Rio de Janeiro, na noite deste sábado, 28, na Comunidade do Fontela, uma área de ocupações e favelas. Ela estava em um carro que aplicativo que entrou por engano na região. O motorista do veículo Anderson Sales Pinheiro, de 34 anos, ficou ferido, mas já recebeu alta. Os responsáveis pelo crime ainda não foram identificados, e o caso permanece em investigação. De férias, a jovem viajou para passar o réveillon na "cidade maravilhosa".

A mulher era natural de Candiba, na Bahia, mas morava em Jundiaí, no interior de São Paulo, com um irmão, há oito anos. Ela trabalhava como gerente contábil. Nas redes sociais, ela costumava publicar fotos de viagens e passeios. Em agosto deste ano, fez publicações da cidade natal. Também postou imagens da sua passagem pelo Rock in Rio, em setembro deste ano.

Segundo familiares, ela estava hospedada em um condomínio de Vargem Pequena, no Rio, e tinha combinado de sair com as amigas - por isso chamou um carro por aplicativo. O motorista seguia o trajeto orientado pelo GPS, que o levou para o interior da comunidade.

Antes de ser morta, Diely publicou fotos em um restaurante e com amigas, aproveitando o dia na praia. Na última publicação na rede social, ela aparece numa praia da capital e saúda o estado de forma breve: "Oi RIO". O post já conta com mais de 600 comentários. Entre familiares e amigos se despedindo de Diely, há moradores da cidade que, além de lamentarem a morte da jovem, criticam a segurança da região e pedem para que turistas não visitem a cidade.

Conforme o Corpo de Bombeiros, acionado para resgatar a vítima, o motorista teria recebido ordem de parada dada por traficantes locais, mas, como estava escuro, ele não percebeu o sinal. O automóvel foi alvejado por vários disparos.

Por meio das redes sociais, o prefeito de Jundiaí, Gustavo Martinelli (União Brasil), lamentou a morte da jovem. "Eu me solidarizo profundamente com a família e amigos de Diely da Silva, moradora de Jundiaí, que perdeu a vida de forma tão trágica no Rio de Janeiro. É inadmissível que a violência continue tirando vidas inocentes, causando dor e sofrimento a tantas famílias", disse.

Família devastada

"Mais uma família (foi) devastada pela criminalidade do Rio de Janeiro. Agora, essa família é a nossa", escreveu Tamires Pontes Coletti, prima de Diely, em sua conta no Instagram. "Todos os dias acontece uma tragédia nessa cidade. Mais uma família destruída", diz um dos comentários. "Não é possível. Até quando?", questiona ela.

"Sua mãe, seu pai e irmão não saem da minha cabeça. Imaginar a dor que eles estão sentindo faz as lágrimas caírem ainda mais", publicou a prima de Diely.