Ludmilla deixa Warner após 10 anos de contrato para investir em selo próprio

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Ludmilla anunciou na última quarta-feira, 22, que está deixando a Warner Music Brasil. A cantora, que estava na gravadora há 10 anos (quando ainda era MC Beyoncé), lançará seus projetos sob um selo próprio.

"Estou muito feliz em poder dizer que amadureci tanto profissionalmente que sinto que posso realizar um desejo que há algum tempo vinha nutrindo", falou a artista à Billboard Brasil. "Sou grata pelas oportunidades e pelos aprendizados que tive lá. Minha carreira tem tomado novos rumos, e estou muito animada e confiante."

Em comunicado emitido pela equipe da artista, foi relatado que Ludmilla "não detém nenhuma relação criativa ou artística" com a Warner, mas "reafirma seu posicionamento de gratidão pela oportunidade e pelos aprendizados que teve no período que esteve lá".

"A cantora parte agora para novos rumos na carreira, e anseia com o que tem planejado para o futuro, que inclui a criação de um selo próprio que será lançado em breve", relata a nota.

Ainda segundo o comunicado, os lançamentos de Ludmilla seguirão com a distribuidora ADA, que é parte da Warner Music Group, "mas com 100% de liberdade criativa e artística, prezando pela independência conquistada após esses 10 anos".

"Essa mudança não apenas representa uma nova etapa na trajetória musical de Ludmilla, mas também reflete os desejos artísticos em constante evolução da mesma", finalizou.

Ludmilla não é o primeiro grande nome brasileiro a deixar a Warner em 2023. Em abril, Anitta também encerrou sua parceria após expor insatisfações com a gravadora.

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Uma estudante brasileira, de 36 anos, que estava se formando em Medicina, foi encontrada morta dentro do apartamento onde morava, na cidade de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. Investigações apontam que Jenife Socorro Silva foi vítima de feminicídio no dia 1º de abril e o principal suspeito, um adolescente de 16 anos - que não teve o nome divulgado - já está apreendido.

Segundo a imprensa local e informações divulgadas pela família, Jenife era natural de Santana, município do Amapá. Ela era mãe de dois filhos. A vítima foi localizada sem vida, nua, com sinais de estrangulamento e asfixia, no dia 2 de abril - um dia depois de ter se encontrado com o suspeito. Conforme os parentes, ela estudava na Bolívia e já teria terminado o curso, mas estava no país para fazer o "Grado", uma prova que valida o estudante a exercer a profissão.

O Ministério das Relações Exteriores informou, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Santa Cruz de la Sierra, que tem ciência do caso e que está em contato com autoridades locais e a família da vítima para prestar assistência consular. "O traslado dos restos mortais de brasileiros falecidos no exterior é decisão da família e não pode ser custeado com recursos públicos", informou o Itamaraty.

De acordo com a imprensa boliviana, Jenife foi morta por um adolescente de 16 anos, com quem teria marcado um encontro em 1º de abril. Ele teria mentido a idade, dizendo ter 20 anos.

No dia seguinte, Jenife foi encontrada morta pelo proprietário do imóvel que ela alugava. Ele teria tentado telefonar para a inquilina e, diante da falta de respostas, localizou a brasileira já sem vida.

O suspeito de praticar o feminicídio foi detido menos de 24 horas depois de Jenife ser encontrada. Ele confirmou que se encontrou com a estudante de Medicina, mas negou a autoria do crime. Disse às autoridades, segundo a imprensa boliviana, que a brasileira ainda estava viva quando saiu do apartamento dela.

Segundo o jornal boliviano El Deber, de Santa Cruz de La Sierra, exames de corpo de delito apontaram que Jenife morreu por asfixia mecânica e que ela foi a última pessoa a conversar com o suspeito.

Ainda segundo o veículo, ele foi detido e levado para o Centro Nueva Vida Santa Cruz, por onde permanecerá, de forma preventiva, por 45 dias. Conforme o jornal La Patria, o suspeito enfrentará processos judiciais no tribunal de menores, que determinará as penas cabíveis pelo feminicídio cometidos.

Em postagem nas redes sociais, a família de Jenife afirma que a brasileira era divorciada, estava solteira e que não namorava o suspeito do crime. A família pede ajuda financeira para conseguir arcar com os custos de uma viagem à Bolívia para ter mais informações sobre as investigações, e tentar fazer o traslado do corpo da estudante.

Protesto e pedido por justiça

Uma manifestação foi marcada para esta terça-feira, 8, para prestar homenagens para Jenife Socorro e pedir por justiça pela brasileira. O prefeito da cidade de Santana, Sebastião Bala Rocha (PP), disse em vídeo gravado para as redes sociais que trata-se de um momento de luto e dor, mas também de reação e indignação. "Que a justiça seja feita pela morte de Jenife Silva lá na Bolívia". Manifestações na Bolívia também foram realizadas nos últimos dias.

O advogado Cícero Bordalo, presidente da Comissão de Combate ao Feminicídio da OAB do Amapá, informou na última segunda-feira que entrou em contato com o Itamaraty e com a Embaixada brasileira na Bolívia para agilizar a repatriação do corpo de Jenifer. E disse ainda que pretende solicitar que a perícia de Exumação Cadavérica da brasileira seja realizada no Brasil.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informou nesta terça-feira, 8, via nota, que houve o recebimento no último dia em 7 de abril da comunicação formal da Petrobras sobre a conclusão das obras do Centro de Reabilitação e Despetrolização de Fauna de Oiapoque (AP). O órgão disse que a solicitação seguirá para avaliação dentro dos trâmites previstos no processo de licenciamento ambiental. A data para a vistoria técnica na base ainda será definida.

Em maio de 2023, o Ibama rejeitou o pedido de licença para o bloco FZA-M-59. A Petrobras havia apresentado Belém (PA) como base de atendimento a uma eventual emergência, como vazamento, a 870 quilômetros de distância do bloco. Esse foi o ponto central para a rejeição do pedido, após a terminação em todas as instâncias.

Desde então, em pedido de reconsideração, a Petrobras apresentou a proposta de construção de uma base avançada de atendimento à fauna em Oiapoque (AP) e uma unidade móvel de recepção em Vila Velha do Cassiporé, distrito do município de Oiapoque. Essa estrutura é pensada para atendimento em caso de acidente com vazamento de óleo. Uma avaliação conclusiva do Ibama não tem data prevista.

Em outubro de 2024, um parecer técnico do Ibama apontava que haviam sido identificados "elementos suficientes" para o órgão ambiental rever a posição inicial de indeferimento do pedido da Petrobras para a perfuração marítima no bloco.

O Supremo Tribunal Federal (STF) pode julgar nesta quarta-feira, 9, seis recursos contra a decisão que homologou o acordo para reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG). O acordo foi homologado pela Corte em novembro e prevê o pagamento de R$ 170 bilhões pelas mineradoras Vale, BHP e Samarco.

Entre as autoras dos recursos estão associações de indígenas, quilombola e pescadores. O município de Ouro Preto (MG) também é um dos recorrentes. Uma das autoras, a Federação das Colônias e Associações dos Pescadores e Aquicultores do Espírito Santo (Fecopes), argumenta que o rompimento da barragem também afetou o literal capixaba e pede que as ações movidas pela entidade contra as empresas não sejam extintas. A Fecopes não está entre as signatárias do acordo.

O tema é o nono item da pauta, o que indica que o julgamento pode ficar para a quinta-feira ou para as próximas semanas.