'O que não mata, fortalece': Ana Hickmann comenta repercussão de denúncia contra marido

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A apresentadora Ana Hickmann contou que a denúncia que fez contra o marido, o empresário Alexandre Correa, por violência doméstica gerou reação de mulheres próximas a ela que viviam relacionamentos abusivos. O relato foi recuperado pela Record TV neste domingo, 3, que trouxe novos trechos da primeira entrevista concedida pela apresentadora após o caso.

 

Ana registrou um boletim de ocorrência contra Alexandre no último dia 11. Ela acusa o marido de violência doméstica e lesão corporal. Inicialmente, o empresário negou as acusações, mas, mais tarde, confirmou as agressões e negou que tenha dado uma cabeçada na apresentadora, segundo o UOL.

 

Nos novos trechos divulgados pela Record, ela comentou sobre um momento vivido no primeiro dia em que foi levar o filho na escola após o caso. Ana encontrou uma mãe de um colega do menino que relatou ter sido inspirada por ela.

 

"Ela me abraçou e me disse o seguinte: 'Você me representa quando você foi naquela delegacia, porque eu saí escoltada com o meu filho, toda machucada, e eu não pude levar a denúncia adiante, porque eu ainda dependo financeiramente do meu ex-marido'", disse. Segundo Ana, a mulher resolveu seguir com a denúncia após a escolha da apresentadora em denunciar Alexandre.

 

"O que não mata, fortalece", comentou ela, na sequência, que disse querer ensinar o filho, Alezinho, a "ser um homem diferente". "Eu falava que a gente era a 'família urso'. Agora, sim, eles conseguiram evocar a 'ursa' de verdade para proteger o seu filhote. Eles evocaram uma mulher em mim que nem eu sabia que existia."

 

Na entrevista, transmitida originalmente no último dia 26, Ana afirmou ter vivido um relacionamento tóxico com o marido. A apresentadora ainda contou que acredita que o empresário era desonesto em relação à gestão financeira dos negócios do casal. O Estadão buscou contato com Alexandre Correa para seu posicionamento a respeito das declarações de Ana ao programa à época da divulgação dos primeiros trechos, mas não obteve retorno.

 

Boletim de ocorrência de Ana Hickmann

 

O Estadão teve acesso ao boletim de ocorrência registrado por Ana Hickmann. Segundo seu relato, por volta das 15h30, ela estaria na cozinha de sua casa com Alexandre, o filho e duas funcionárias. Ela teria dito algo ao filho que o marido não teria gostado e foi repreendida, com "ambos aumentando o tom de voz". A criança teria pedido que parassem de brigar e saído correndo assustada.

 

"O autor passou a pressionar a vítima contra a parede, bem como a ameaçá-la de agredi-la com uma cabeçada, ocasião em que ela conseguiu afastá-lo e, ao tentar pegar seu telefone celular, que estava em cima de uma mesa na área externa, o autor, repentinamente, fechou a porta de correr da cozinha, o que pressionou o braço esquerdo da vítima", diz o trecho seguinte do documento policial.

 

Ana, então, teria conseguido trancá-lo para fora de casa e fez a ligação para a Polícia Militar. Correa teria deixado o local pouco depois. Hickmann buscou atendimento médico no Hospital São Camilo, onde foi constatada uma contusão em seu cotovelo esquerdo. Ainda segundo o BO, ela teve o braço imobilizado com uma tipoia.

 

"A vítima tomou ciência das medidas protetivas conferidas pela Lei Maria da Penha, porém, neste momento, optou por não requerê-las", encerra o documento.

 

O que diz Alexandre Correa

 

Confira a íntegra de seu pronunciamento inicial abaixo:

 

"De fato, na data de ontem, tive um desentendimento com a minha esposa, situação absolutamente isolada, que não gerou maiores consequências. Gostaria de esclarecer também que jamais dei uma cabeçada nela, como inveridicamente está sendo veiculado na imprensa, e que tudo será devidamente esclarecido no momento oportuno.

 

Aproveito a oportunidade para pedir minhas mais sinceras desculpas a toda a minha família pelo ocorrido. São 25 anos de matrimônio, sem que tivesse qualquer ocorrência dessa natureza.

 

Sempre servi a Ana como seu agente, com todo zelo, carinho e respeito, como assim trato as 7 mulheres com quem trabalho no meu escritório".

 

*Estagiária sob supervisão de Charlise de Morais

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Os exames toxicológicos feitos no cantor Liam Payne, que morreu na última quarta-feira, 16, após cair do terceiro andar de um hotel em Buenos Aires, na Argentina, apontaram a presença de "cocaína rosa" no organismo do ex-integrante da banda One Direction. A informação foi apresentada pelo veículo ABC News.

Também conhecida como 2-CB, Pink Powder ou "Tuci" no Brasil (uma derivação em português da pronúncia em inglês Two-C), a cocaína rosa é uma droga sintética alucinógena, capaz de provocar distorções da realidade, euforia e a sensação de despersonalização - ou seja, o sentimento de que há uma desconexão com o próprio corpo e pensamentos.

Apesar do nome, o entorpecente não é uma derivação da cocaína branca. O nome é dado por conta do efeito eufórico, de agitação e sensação de bem-estar que as duas drogas causam em quem as consome - além de ambas serem comercializadas e usadas em pó. Porém, diferente da "tradicional", a rosa causa alucinações.

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