Ana Castela é acusada de plágio em 'Solteiro Forçado' e cantor pede R$ 200 mil em indenização

Variedades
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Ana Castela está sendo processada por plágio na canção Solteiro Forçado. Luan Kaique Vieira Castelan alega que a canção da cantora tem a melodia semelhante da sua música Lado Direito.

 

O Estadão teve acesso ao processo e o artista pede R$ 200 mil em indenização por plágio e também um pedido de retratação pelo "uso indevido" de sua música. A defesa de Luan enviou o seguinte comunicado:

 

"Os advogados que subscrevem a presente nota de esclarecimento foram procurados pela assessoria do artista Luan Castelan, sob alegação de plágio da composição Lado Direito da Cama. O artista foi surpreendido com a divulgação da música Solteiro Forçado nas plataformas de músicas e vídeos, sendo interpretada pelos réus, por não atribuírem os devidos créditos e autorização pela utilização da obra intelectual, o que culminou no ajuizamento da ação para reivindicação dos direitos autorais. Por fim, no curso processual restará devidamente provada as razões autorais", disse Ricardo Bockorny, advogado do cantor.

 

A assessoria de imprensa de Ana Castela disse que ainda "não tem informações sobre o caso" e que aguardam "retorno da área responsável". Lado direito foi lançada em 2019, tem a composição assinada por Luan, Alex Marques e Dant e acumula 70 mil views no Youtube.

 

Solteiro Forçado estreou nas plataformas digitais em julho deste ano e tem mais de 160 milhões de visualizações. Além de Ana, mais cinco nomes assinam a composição: Vinicius Poeta, Benicio, Léo Souzza, Mateus Félix e Rodolfo Alessi. Todos os compositores são partes do processo.

 

Solteiro Forçado

 

Lado Direito

Em outra categoria

A morte do papa Francisco nesta segunda-feira, 21, foi anunciada em um vídeo divulgado pelo Vaticano. Aos 88 anos, o papa havia feito uma aparição no dia anterior, domingo de Páscoa, da sacada da Basílica de São Pedro, para abençoar, pela última vez, os milhares de fiéis ali reunidos.

"Às 7h35 (horário de Roma) desta manhã, o bispo de Roma Francisco voltou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e da sua igreja, nos ensinou a viver os valores do evangelho com fidelidade, coragem e amor universais, de uma maneira particular, em favor dos mais pobres e marginalizados", diz o anúncio.

A causa da morte não foi informada, mas a imprensa italiana afirma que ele foi vítima de um derrame.

A Santa Sé ainda vai soltar um comunicado sobre o óbito. Há menos de um mês, Francisco havia recebido alta do hospital onde ficou internado durante cinco semanas para tratar de uma pneumonia dupla.

Ainda no ano passado, o pontífice simplificou o rito do seu velório.

Ele será enterrado em um caixão simples de madeira e fora do Vaticano, pela primeira vez em mais de um século.

O velório de um papa sempre se torna um evento em que o pontífice é enterrado em três caixões interligados feitos de cipreste, chumbo e carvalho, e costuma demorar nove dias. Francisco renunciou à prática secular. Em vez disso, será enterrado em um único caixão de madeira revestido de zinco.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou luto oficial de sete dias no Brasil pela morte do papa Francisco nesta segunda-feira, 21, aos 88 anos. A decisão do Executivo federal foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) nesta segunda.

"É declarado luto oficial em todo o País, pelo período de sete dias, contado da data de publicação deste Decreto, em sinal de pesar pelo falecimento de Jorge Mario Bergoglio, Sua Santidade o Papa Francisco, a quem serão tributadas honras fúnebres de Chefe de Estado", diz a publicação.

Na manhã desta segunda, Lula lamentou o falecimento de Francisco e disse que a humanidade perde uma voz de respeito e acolhimento ao próximo. "O Papa Francisco viveu e propagou em seu dia a dia o amor, a tolerância e a solidariedade que são a base dos ensinamentos cristãos. Assim como ensinado na oração de São Francisco de Assis, o argentino Jorge Bergoglio buscou de forma incansável levar o amor onde existia o ódio. A união, onde havia a discórdia. E a compreensão de que somos todos iguais, vivendo em uma mesma casa, o nosso planeta, que precisa urgentemente dos nossos cuidados", escreveu o chefe do Executivo brasileiro em nota.

Na mensagem, Lula enalteceu a simplicidade, coragem e empatia do argentino. O petista destacou a trajetória do pontífice, citando que Francisco levou ao Vaticano temas como o das mudanças climáticas e criticou vigorosamente os modelos econômicos "que levaram a humanidade a produzir tantas injustiças". "Mostrou que esse mesmo modelo é que gera desigualdade entre países e pessoas", completou.

Francisco morreu nesta segunda-feira em Roma, menos de um mês após deixar o hospital, onde ficou internado para tratar de uma pneumonia dupla. Um dia antes da morte, ele apareceu em público no Vaticano em uma missa de Páscoa, quando fez a última saudação aos fiéis.

No final de fevereiro, Lula e a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, organizaram uma missa para rezar pela saúde do papa Francisco que, na época, estava internado com pneumonia em ambos os pulmões. A celebração foi coordenada por Gilberto Carvalho, ex-secretário-geral da Presidência no primeiro mandato de Lula e amigo próximo do petista. A missa foi conduzida por três padres jesuítas e contou com a presença de Dom Raymundo Damasceno, cardeal e arcebispo emérito de Aparecida.

O Vaticano publicou um editorial em que destaca a preocupação do Papa Francisco com "os pobres, a fraternidade, o cuidado com a Casa Comum, o firme e incondicional não à guerra". O Papa morreu aos 88 anos nesta segunda-feira, 21, em Roma.

Intitulado "O papa da misericórdia", o editorial do Vaticano aponta que a mensagem central do pontificado de Francisco "foi o chamado evangélico à misericórdia".

"A proximidade e a ternura de Deus para com aqueles que se reconhecem necessitados da sua ajuda. Todo o pontificado de Jorge Mario Bergoglio foi vivido sob o lema dessa mensagem, que é o coração do cristianismo", diz o texto.

O editorial também destacou que Francisco mostrou uma Igreja mais próxima e acolhedora, "mesmo à custa de assumir riscos e sem se preocupar com as reações dos simpatizantes".

O editorial do Vaticano ainda lembrou que Francisco iniciou seu papado rezando pelos imigrantes que morreram no mar na ilha de Lampedusa e terminou em uma cadeira de rodas, "dedicando todos os últimos momentos para testemunhar ao mundo o abraço misericordioso de um Deus próximo e fiel em seu amor por todas as suas criaturas".

A última aparição de Francisco foi no dia 20, no domingo de Páscoa.

"Ao longo dos anos de seu pontificado, o 266º sucessor de Pedro mostrou o rosto de uma Igreja próxima, capaz de testemunhar ternura e compaixão, acolhendo e abraçando a todos", afirmou o Vaticano.