Banco cobra de Ana Hickmann e Alexandre R$ 1,6 mi sob pena de penhora de bens

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A 3ª Vara Cível do Foro Regional da Lapa, em São Paulo, determinou nesta quarta, 13, a citação da apresentadora Ana Hickmann e de seu marido, o empresário Alexandre Bello Correa, para pagamento de um débito de R$ 1,68 milhão perante o Bradesco. O valor cobrado é fruto de ação de execução de título extrajudicial movida pelo banco. O pagamento deverá ser realizado no prazo de três dias, sob pena de penhora de bens do casal.

 

A reportagem do Estadão enviou e-mails para Ana e Alexandre. O espaço está aberto para manifestação de ambos e também de seus advogados.

 

Na ação, o Bradesco aponta que em 2023 o casal contratou mais de R$ 28 milhões em empréstimos e que estão sendo 'praticados atos de esvaziamento do acervo' de bens de Ana e de Alexandre.

 

O casal está em litígio. Em novembro, Ana procurou a Polícia e registrou queixa de agressão por parte do marido. Ele nega.

 

O banco informou que o casal tomou empréstimo em 29 de maio no valor de R$ 1,47 milhão para quitação em 60 parcelas fixas mensais e consecutivas de R$ 48,8 mil, com vencimento da primeira em 10 de julho e a última em 12 de junho de 2028. Segundo a instituição financeira, o casal realizou o pagamento apenas da primeira.

 

Ao pedir execução, o banco atribuiu a Ana e a Alexandre 'inadimplemento das obrigações pactuadas'. O Bradesco requereu arresto cautelar de bens diante de 'declarações da executada (Ana) que demonstram a deterioração do patrimônio do casal'.

 

Segundo o advogado do banco, Evaristo Aragão Santos, o pedido 'não tem o objetivo de adentrar nas polêmicas que geram exposição midiática'. Aragão observa, porém, que notícias divulgadas pela mídia atribuem a Ana informação de que seu marido 'estava desviando o patrimônio do casal com a celebração de acordos sem sua ciência'.

 

Em 2023, destaca o banco, o casal tomou R$ 28 milhões em empréstimos que contam com imóveis gravados com garantia de alienação fiduciária, 'o que comprometeu severamente o patrimônio dos coexecutados que deixaram de ser proprietários diretos da maior parte de seu acervo'.

 

A decisão do juiz

 

"Cite(m)-se o(s) executado(s) para pagar a dívida, custas e despesas processuais, além de honorários advocatícios, fixados no patamar de dez por cento, no prazo de 3 (três) dias, a contar da citação. Do mandado ou carta de citação deverá constar, também, a ordem de penhora e avaliação a ser cumprida pelo Oficial de Justiça tão logo verificado o não pagamento no prazo assinalado."

 

A decisão é do juiz Sidney Tadeu Cardeal Banti, da 3.ª Vara Cível do Foro da Lapa. Ele não decretou o arresto cautelar pleiteado pelo banco.

 

"Para que seja deferido o arresto é necessário que se encontre ao menos demonstrado nos autos a probabilidade dos seus requisitos, dentre eles, eventual dilapidação do patrimônio", anotou o magistrado.

 

Cardeal Banti pontuou. "É de conhecimento notório que a parte executada (Ana Hickmann) possui emprego em emissora conhecida e lá se encontra recebendo valores mensais pelo seu trabalho, assim o exequente (banco) não possui probabilidade de dilapidação de patrimônio, mas sim receio de dilapidação de patrimônio, fato que não justifica a aplicação da medida draconiana."

 

COM A PALAVRA, ANA HICKMANN E ALEXANDRE CORREA

 

Até a publicação deste texto, o Estadão buscou contato com a apresentadora e o empresário, mas sem sucesso. Mensagens para endereços eletrônicos do casal foram enviadas pela reportagem. O espaço está aberto para manifestação de ambos.

 

O advogado Gabriel de Britto Silva, especializado em direito empresarial, avalia como 'prudente a decisão do Juízo de não deferir o arresto cautelar de bens dos executados (Ana e Alexandre) considerando que não há prova robusta de que esteja havendo efetiva e atual dilapidação patrimonial em detrimento dos credores e, ainda, por se tratar de medida excepcional'.

 

"De todo modo, caso não haja o pagamento no prazo determinado, serão possíveis atos de constrição de bens, o que se mostra gravoso", ressalta o advogado.

 

Britto anota que 'o volume e valores das execuções alegadas como existentes pelo Bradesco merece atenção, de modo que o melhor caminho seria uma composição amigável com todos os credores com a finalidade de renegociação efetiva dos débitos.

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Um casal morreu após a formação de uma cabeça d'água em uma cachoeira em Conceição do Mato Dentro, interior de Minas Gerais. Os corpos de Thássia Almeida e do marido, Leone Barbosa, foram localizados pelo Corpo de Bombeiros no início da tarde deste domingo, 20, cerca de 15 horas após o acionamento da corporação. Oito pessoas foram resgatadas com vida.

Os bombeiros receberam um chamado por volta das 19 horas de sábado, 19, para realizar o resgate de um grupo de dez pessoas impactadas por uma ocorrência de cabeça d'água próximo ao Cânion do Peixe Tolo, na Cachoeira Bocaina, no Parque Estadual Serra do Intendente.

O fenômeno consiste em um aumento repentino do nível da água de um rio ou cachoeira, geralmente causado por fortes chuvas.

Segundo a corporação, a equipe que se dirigiu até o local precisou enfrentar outra cabeça d'água durante o percurso para subir o rio - a rota de acesso pelas margens foi tomada.

Os bombeiros continuaram no trajeto, considerado de difícil acesso, e localizaram um grupo de oito pessoas já por volta de 1h45 da madrugada do domingo. Informações preliminares indicam que eles estavam bem quando as equipes os encontraram, embora assustados pela situação.

Por questões de segurança, os bombeiros passaram a madrugada com as pessoas encontradas, aguardando o dia amanhecer e a melhora de visibilidade na região.

Para sair de lá, eles fizeram o mesmo caminho por dentro do rio, pela parte mais rasa, por não haver mais passagem seca pela margem. As oito pessoas agora se encontram em local seguro, conforme a corporação.

Buscas por casal contaram com helicóptero

Os bombeiros relatam que, assim que fez contato, o grupo relatou que, ainda durante o sábado, um casal que estava com eles foi arrastado pela correnteza, que se formou subitamente. As buscas pelos dois, com a aeronave Arcanjo, se iniciaram na manhã do domingo.

A escolha pela operação aérea se deu porque o acesso terrestre só era possível por dentro do rio até aquele momento.

Os corpos foram localizados pelas equipes terrestres por volta do meio-dia. Eles foram levadas a um local seguro para que fossem repassados a um veículo de apoio.

Thássia Almeida se dizia "sempre em busca de destinos inéditos" nas redes sociais.

Ela tinha um perfil no Instagram para compartilhar dicas de viagens, muitas delas em Minas, e mostrar experiências ao lado do marido.

A publicação mais recente é uma foto na Cachoeira do Tabuleiro, também em Conceição do Mato Dentro.

Dom Orlando Brandes, arcebispo de Aparecida, no interior de São Paulo, pediu respeito ao papa Francisco durante a missa solene das 8 horas deste domingo de Páscoa, 20, realizada no Santuário Nacional, na cidade do interior paulista.

O pontífice argentino, de 88 anos, passou mais de um mês internado recentemente por conta de uma grave pneumonia bilateral. Neste domingo, ele fez uma breve aparição para abençoar milhares de fiéis na Praça São Pedro, no Vaticano.

"Vamos respeitar o Papa Francisco. Porque a igreja, ela sim, é a encarregada de continuar, até o fim do mundo, a grande alegria da ressurreição", afirmou Dom Orlando Brandes, em solenidade transmitida no Youtube. "É assim, irmãos e irmãs, que nós estamos também vivendo esta Páscoa. E Páscoa, Ressurreição tem tudo a ver com vida, nada com morte. Pelo contrário, é a superação da morte", acrescentou, durante a missa.

A fala de Dom Orlando Brites sobre o Papa Francisco se deu após o arcebispo relembrar uma atitude do discípulo João com o discípulo Pedro em uma passagem bíblica. "Pedro e João correram para ver o túmulo vazio. João chegou antes, porque ele é o discípulo amado, quem ama vai na frente. Pedro é a instituição, é a norma, é a organização da Igreja, aí vai mais devagar. Mas João respeitou Pedro e esperou para que Pedro entrasse primeiro no túmulo. Depois, João entrou. Isso é amar a Igreja. João quer respeitar a igreja", disse.

A longa hospitalização de Francisco, com pelo menos dois momentos críticos em que o pontífice ficou perto da morte, reacendeu o debate sobre a sucessão no Vaticano. Na mesma época, também circularam na internet notícias falsas que apontavam para o agravamento do estado de saúde ou até o óbito do papa.

Mensagem ecológica

O arcebispo também aproveitou a ocasião para transmitir uma mensagem sobre preservação ao meio ambiente, uma das prioridades de Francisco à frente da Igreja Católica. "Vida no útero materno, vida humana, vida espiritual, e agora preste bem atenção: vida ecológica", disse.

Ele acrescentou que quem é testemunha da ressurreição "respeita a criação do jardim do Senhor". "É assim que a própria natureza, o próprio cosmos, é testemunha de Jesus ressuscitado", afirmou durante sermão.

Um repórter da Band TV sofreu uma tentativa de assalto na noite do sábado, 19, enquanto estava posicionado para fazer uma entrada ao vivo no Jornal da Band. O jornalista Igor Calian trabalhava na Avenida Faria Lima, em São Paulo, quando um assaltante passou de bicicleta e tentou furtar o celular do repórter, que conseguiu desviar.

O momento em que o homem se aproxima para furtar o aparelho foi flagrado pelo cinegrafista e exibido durante o telejornal.

Ele se aproxima de bicicleta, quando Calian desvia e xinga o criminoso, acrescentando: "Sabia que você ia tentar pegar. Não conseguiu, né, bichão?!"

Os apresentadores do telejornal comentaram sobre a tentativa de assalto.

"Sem o menor medo. Ele viu que estava sendo filmado, microfone posicionado, o Igor também, e simplesmente foi ali tentar pegar", comentou a apresentadora Thais Dias. "Zero constrangimento", completou o âncora Eduardo Oinegue.

Taxa alta de roubos na capital

Dados do Anuário Brasileiro da Segurança Pública, divulgados no ano passado, mostram que o Brasil tem dois celulares levados por ladrões a cada minuto.

As estatísticas mostram que São Paulo tem a terceira maior taxa de furtos ou roubos de celulares entre as cidades com mais de 100 mil habitantes.

A capital paulista registra índice 1.781,6 celulares subtraídos dentro desse grupo, ficando atrás apenas de Manaus (2.096,3) e Teresina (1.866).

O Radar da Criminalidade do Estadão, que permite monitorar os índices de roubos de celulares nos diferentes pontos da cidade, mostra uma alta de crimes patrimoniais em Pinheiros, um dos bairros cortados pela avenida.