'A Sociedade da Neve', sucesso na Netflix, ganhará documentário sobre sua produção

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Lançado em dezembro do ano passado, o filme A sociedade da Neve, do diretor espanhol Juan Antonio Bayona é sucesso na Netflix e conta sobre a tragédia da Cordilheira dos Andes de 1972: um acidente de avião com 29 sobreviventes e 72 dias de espera por resgate. O acidente é conhecido como "Milagre dos Andes". Indicado ao Globo de Ouro como Melhor Filme Estrangeiro e ao Prêmio Bafta por Melhor Filme de Língua Não Inglesa, o longa ganhará documentário de 36 minutos com o "Por trás das câmeras".

 

Com 51 milhões de visualizações nos primeiros 11 dias de lançamento, o longa já atingiu 110 milhões de acessos mundiais e é número 1 em 93 países.

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A Sociedade da Neve estrela Enzo Vogrincic e Matías Recalt, tem duas horas e 24 minutos de duração e foi filmado durante 140 dias, segundo Bayona. O diretor também descreveu em suas redes sociais alguns dos efeitos visuais do filme, como o uso de próteses utilizadas no ator Simón Hempe para descrever a falta de nutrição do sobrevivente José Luis "Coche".

 

As filmagens serão mais detalhadas no documentário, além de depoimentos dos sobreviventes e de parentes das vítimas. O documentário ainda não tem data definida e será lançado para a plataforma de streaming Netflix.

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O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria no plenário virtual para obrigar escolas públicas e particulares a combaterem casos de bullying e descriminação de alunos por seu gênero, identidade de gênero e orientação sexual.

O Plano Nacional de Educação, que reúne metas e diretrizes de ensino para todo o País, já prevê a "erradicação de todas as formas de discriminação" no ambiente escolar.

Sete ministros votaram para deixar explícito que a previsão se aplica a discriminações machistas e homotransfóbicas. O ministro Edson Fachin, relator da ação, justificou que "todo déficit de clareza" pode levar a um "decréscimo de adequação técnica" das políticas públicas.

"A situação de crianças e jovens LGBTI e´ especialmente grave e demanda um patamar particularmente elevado de exigência para a idoneidade, ou adequação técnica, da programação de políticas públicas estatais", defendeu o ministro Edson Fachin, relator da ação.

Por sugestão de Flávio Dino e Cristiano Zanin, as escolas devem adequar o conteúdo e a metodologia das campanhas aos diferentes níveis de compreensão e maturidade, de acordo com as faixas etárias e ciclos educacionais.

O tema foi levantado em uma ação movida pelo PSOL.

O julgamento não foi concluído. Na modalidade virtual, os ministros registram seus votos, sem debate presencial ou por videoconferência. O prazo para votação termina hoje.

Se houver pedido de vista (mais tempo para análise), o julgamento é interrompido por até 90 dias. Já nos casos de pedido de destaque, a votação precisa ser transferida para o plenário físico.

A maioria foi formada com os votos de Edson Fachin, Dias Toffoli, Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia.

Motoristas de ônibus de São Paulo decidiram, em assembleia realizada nesta sexta-feira, 28, paralisar as atividades da categoria na próxima quarta-feira, 3 de julho, a partir da meia-noite. O movimento é liderado pelo SindMotoristas, entidade que representa a categoria (motoristas, cobradores e demais funcionários do setor de manutenção e fiscalização).

De acordo com o sindicato, a greve foi aprovada de forma unânime na assembleia, que contou com mais de 15 mil funcionários, entre presentes na sede da entidade e trabalhadores que acompanharam a discussão de forma virtual. A paralisação foi aprovada para todo sistema do transporte de ônibus na capital, incluindo garagens e terminais.

A principal reivindicação da categoria é uma redução da jornada de trabalho para 6,5 horas trabalhadas com mais 30 minutos remunerados. "Este é o carro-chefe das demandas da categoria", disse a assessoria do SindMotoristas.

Na lista de demandas, também estão um reajuste salarial de 3,69% pelo IPCA-IBGE mais 5% de aumento real, cesta básica de qualidade; correção do Programa de Participação nos Resultados (PPR) de R$ 1.200 para R$ 2.000; e melhorias no vale-refeição, no seguro de vida, nos convênios médico e odontológico e revisão dos valores do auxílio funeral.

O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss), entidade que representa parte das empresas responsáveis pelo serviço na capital, disse em nota que "está incrédulo com a decisão do Sindicato dos Motoristas" de fazer uma greve para a próxima quarta.

Isso porque, o sindicato da categoria patronal diz que está marcada, para a próxima terça-feira, 2, uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). "O Sindicato dos Motoristas está afrontando o TRT e o que o poderá ser decido na audiência. É um desrespeito à Justiça ou uma forma descabida de pressionar o TRT", disse o SPUrbanuss.

A Prefeitura de São Paulo foi procurada, mas ainda não retornou os questionamentos da reportagem.

No começo do mês, os motoristas, cobradores e demais funcionários do serviço de transporte de ônibus de São Paulo, agendaram uma grave, mas voltaram atrás após entrarem em um acordo com a com o sindicato da categoria patronal, o SPurbanuss, em audiência de conciliação na Justiça do Trabalho.

No lugar de não fazer a greve, as entidade aprovaram, naquela ocasião, a criação de um corpo técnico para fiscalizar os contratos firmados entre as concessionárias e a Prefeitura de São Paulo.

Após o acordo, os trabalhadores decidiram suspender o estado de greve até o dia 30 junho (próximo domingo). A data era considerada o prazo limite para os o Sindmotoristas e o SpUrbanuss entrarem em um acordo sobre as demandas dos funcionários.

Na última convocação de greve, a Prefeitura exigiu que a frota dos ônibus funcionasse com 100% dos veículos nos horários de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e com 80% nos demais períodos do dia. Representantes do SindMotoristas afirmaram, na época, que topavam colocar toda a frota para funcionar se a administração concordasse em conceder tarifa zero aos passageiros na sexta-feira

Citado em pedido de liminar, na Justiça inglesa, de municípios atingidos pelo desastre de Mariana, o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) reforçou, em nota, que atua em linha com as deliberações e orientações de suas instâncias de governança. Na petição, os municípios acusam Vale e BHP de tentar obstruir o processo por meio da ação que o Ibram abriu no Supremo Tribunal Federal.

"E como entidade de classe de âmbito nacional, com mais de 200 associados que atuam na produção mineral, representa os interesses no Brasil e no exterior de todo o setor mineral. E, dessa forma, tem legitimidade para propor ações em favor do desenvolvimento do setor", disse o Ibram em nota.

O instituto apresentou, em 11 de junho, uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), argumentando que a atuação de municípios brasileiros em litígios judiciais no exterior seria inconstitucional. As duas mineradoras são associadas ao instituto.

Ainda em nota, o Ibram afirma que confia na atuação do Judiciário brasileiro e, por isso, reafirma seu posicionamento "de buscar soluções no país, evitando a duplicidade de ações judiciais, no Brasil e no exterior". Ainda de acordo com o Ibram, situações como essas criam incerteza jurídica, prejudicam o ambiente de negócios e a economia brasileira.