Amaury Lorenzo destaca importância do personagem em novela: 'muita gente foi impactada', diz

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O ator e bailarino Amaury Lorenzo, 39 anos, ganhou destaque nacional ao interpretar o personagem Ramiro em Terra e Paixão, novela da Rede Globo, e contou em entrevista ao Estadão sobre o valor de seu trabalho e a importância da representatividade de seus personagens. "Quero levar ao público questões do homem preto e LGBT+ que sou, para ampliar discussões e fortalecer os debates", diz o ator.

 

Para ele, a fama do personagem Ramiro é sinal de oportunidade: "É bonito ver o público ir ao teatro para encontrar o Ramiro e, aos poucos, perceber que eles se distanciaram do personagem da novela para acompanhar uma história que trata de violência, racismo e intolerância", declara. "Ramiro era um assassino que teve o caráter transformado por causa do amor e muita gente foi impactada pela história", explica o ator.

 

Amaury agora apresenta o espetáculo A Luta, adaptação de Ivan Jaf para a terceira parte do romance Os Sertões, de Euclides da Cunha (1866-1909), que lhe rendeu uma interação marcante no aeroporto de Cuiabá, enquanto desembarcava para atuar nos palcos da cidade.

 

Ainda de mala na mão, o artista foi abordado por um rapaz, um tanto nervoso, que avisou ter vindo de Rondônia para assisti-lo no teatro e queria dividir com ele uma passagem da sua vida. "Ele me contou que foi expulso de casa por ser homossexual e, depois de doze anos sem contato com a família, recebeu um telefonema do pai pedindo perdão e dizendo que passou a entendê-lo por causa da novela", diz o intérprete de Ramiro. "É tão lindo ver o alcance de um debate gerado pela televisão em um país tão diverso que só posso me orgulhar", finaliza.

 

A apresentação de A Luta chega em São Paulo em maio.

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Pelo menos um petroleiro permanece em estado grave e mais nove ainda estão internados após explosão na plataforma PCH-1 operada pela Petrobras, no campo de Cherne, na bacia de Campos, ocorrida na segunda-feira, 21. O acidente provocou 32 internações hospitalares - 14 por queimaduras e as demais por inalação de fumaça -, sendo que, no momento, 10 trabalhadores permanecem internados, informou o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF).

Procurada, a Petrobras ainda não possuía informações atualizadas.

De acordo com o coordenador-geral do Sindipetro-NF, Sérgio Borges, não há mais petroleiros internados em Campos de Goytacazes, para onde foram levados os feridos ontem.

Os 10 internados permanecem em Macaé, quatro deles na Unidade de Tratamento Intensivo, disse Borges.

"O Sindipetro-NF indicou a diretora Bárbara Bezerra para integrar a comissão de investigação do acidente. A Petrobras, ao longo do dia de hoje, concluirá o desembarque dos trabalhadores que não forem essenciais à habitabilidade e segurança da unidade, que teve as operações interrompidas", informou o sindicalista.

De acordo com Borges, uma dificuldade adicional foi a perda da comunicação com a plataforma, devido ao acidente.

"A explosão danificou, inclusive, um cabo que também atende a outras unidades do entorno, que também estão com comunicação precária", disse Borges no site da entidade.

Ele afirma que o acidente é consequência do desmonte da Petrobras, feito pelos desinvestimentos de anos recentes.

Uma casa desabou na manhã desta terça-feira, 22, no bairro da Brasilândia, na zona norte de São Paulo. Seis pessoas, inclusive uma bebê de quatro meses, foram retiradas dos escombro pelo Corpo de Bombeiros, segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP). A criança e seu avô foram internados em estado grave. O bebê, entretanto, não resistiu aos ferimentos e morreu horas depois.

O desabamento pode ter sido causado por vazamento de gás seguido de explosão. As causas serão investigadas pela Polícia Civil. A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de São Paulo e aguarda retorno.

A casa com dois pavimentos ficava na Avenida Humberto Gomes Maia, número 351. Na parte de cima morava um casal com dois filhos - um menino de 11 anos e a bebê que acabou internada. Na parte de baixo, morava o idoso que é pai da mulher e avô da criança.

Por volta das 6h20, houve uma forte explosão e o prédio veio abaixo. Acionado, o Corpo de Bombeiros mobilizou equipes e as seis pessoas que estavam sob os escombros foram retiradas com vida. O idoso, com 70% de seu corpo queimado, foi levado para um hospital da região.

A bebê recebeu atendimento no local e foi encaminhada para o Hospital da Brasilândia. A criança foi estabilizada e entubada, segundo o Corpo de Bombeiros. As outras pessoas tiveram escoriações e ferimentos leves.

O Corpo de Bombeiros mobilizou dez viaturas e cerca de 30 agentes para o socorro. Ao menos duas casas vizinhas foram afetadas e vão passar por avaliação pela Defesa Civil. Conforme a SSP-SP, as causas do desabamento serão apuradas em inquérito pela Polícia Civil.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lança nesta terça-feira, 22, em São Paulo, dois editais de seleção pública no valor de R$ 100 milhões, que apoiam parceiros do BNDES Periferias Fortes. Serão destinados um orçamento de R$ 50 milhões para o BNDES Periferias Verdes, que visa a fortalecer e apoiar projetos ambientais com foco na inclusão produtiva por meio de ações de economia circular, agricultura urbana e resiliência climática.

Outros R$ 50 milhões serão destinados a projetos das frentes Polos BNDES Periferias e BNDES Periferias Empreendedoras. Estes editais fazem parte da terceira chamada de instituições selecionadas. O porcentual de contrapartida para entidades nas chamadas agora é de 10% ante 50%. Anteriormente as instituições entravam com 50% e o BNDES com outros 50%. De agora em diante, para projetos até R$ 5 milhões, as instituições entram com 10% e o banco com 90%. Para projetos com acima de R$ 5 milhões, permanecem as regras antigas.

Ainda, com dois editais de R$ 17,5 milhões cada, a frente BNDES Periferias Fortes abre seleção de parceiros executores para fortalecer organizações sociais que atuam em periferias do Norte e Nordeste. Participam dos lançamentos o secretário nacional de Periferias do Ministério das Cidades, Guilherme Simões, e a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello. Estava prevista a presença do presidente do banco de fomento, Aloisio Mercadante, mas o banqueiro teve que ir à Brasília, a chamado do presidente Lula, onde cumprirá algumas agendas.

Em material promocional distribuído pelo BNDES, uma aspa de Mercadante diz que "combater a pobreza e a desigualdade é uma das principais metas do governo do presidente Lula e o BNDES, como banco de desenvolvimento, desempenha importante papel na criação de oportunidades de capacitação, fomento ao empreendedorismo e geração de emprego e renda para as populações das favelas e comunidades periféricas do Brasil".

"As ações são fruto do nosso processo de amadurecimento e aprendizado com a Iniciativa BNDES Periferias e da escuta ativa de organizações periféricas. Estamos ampliando e dando mais impacto ao programa, para chegar cada mais vez mais perto das periferias brasileiras, principalmente nas regiões mais necessitadas", ressaltou Tereza Campello.