Carolina Maria de Jesus, 110 anos: Conheça o novo site, seus livros e história

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Comemora-se nesta quinta-feira, 14 de março, os 110 anos de nascimento de Carolina Maria de Jesus (1914-1977), autora de Quarto de Despejo. Em celebração, o Instituto Moreira Salles (IMS) lançou um portal sobre a vida e obra da escritora mineira, que pode ser acessado aqui.

 

Dividido em quatro seções (Biografia, Obras, Arquivo Vivo e Encontros), o site reúne uma gama de materiais, com linha do tempo, fotografias, cartas, reportagens, reproduções de manuscritos e vídeos, além de listar sua prolífica obra literária. Está disponibilizado, na íntegra, o primeiro de dois cadernos do manuscrito Um Brasil para os brasileiros, que está sob a guarda do IMS. Também é possível escutar todas as faixas do disco Quarto de despejo, de 1960, em que Carolina canta suas composições.

 

O projeto foi concebido pela professora Fernanda Miranda, que trabalhou anteriormente na pesquisa de manuscritos da autora para a exposição Carolina Maria de Jesus, um Brasil para os brasileiros. A quarta seção do site configura um espaço colaborativo, onde serão reunidas teses acadêmicas sobre Carolina - apresentadas pelos próprios pesquisadores em vídeo, com o objetivo de tornar o acesso ao conhecimento mais acessível -, depoimentos de autores cujas obras se relacionam com ela, e trabalhos realizados em escolas. Sugestões do público para a construção contínua do portal podem ser enviadas para o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

 

Quem foi Carolina Maria de Jesus

 

Carolina Maria de Jesus nasceu em Sacramento, no interior de Minas Gerais. No final dos anos 1950, vivia na favela do Canindé, em São Paulo, com três filhos, quando foi descoberta pelo jornalista Audálio Dantas. Trabalhava como catadora e escrevia todas os dias em seu diário, intercalando com criações que iam de contos a poemas. Assim, em 1960, lançou Quarto de Despejo: Diário de Uma Favelada, sua mais famosa obra.

 

O livro, que retrata a realidade da favela pelos olhos de Carolina, teve sucesso astronômico: no Brasil, o título entrou para a lista do mais vendidos e chegou a esgotar. Com o tempo, passou a figurar em listas de leitura obrigatória para vestibulares. Pelo mundo, ganhou espaço na imprensa internacional e foi traduzido em 16 países. Em Portugal, chegou a ser censurado pela ditadura salazarista - só foi publicado por lá em 2021.

 

Graças ao lucro com o livro, a escritora conseguiu sair da favela no ano seguinte. Comprou uma casa no bairro de Santana e depois um sítio em Parelheiros, zona Sul da São Paulo. Sua próxima obra foi Casa de Alvenaria, diário publicada originalmente em 1961, e republicado na íntegra em dois volumes pela Companhia das Letras, em 2021. A editora comprou os direitos da obra de Carolina em 2020, e agora toca um projeto de edição dos volumes inéditos da autora (cerca de 80% da produção dela em vida).

 

Carolina Maria de Jesus foi uma artista plural: não só autora de livros, como cantora, compositora e dramaturga. No campo político-social, sua obra pautou discussões em torno de temas como o direito à moradia e o racismo.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou condolências ao papa Francisco, que morreu nesta segunda-feira, 21. "Acabei de assinar uma ordem executiva para posicionar as bandeiras em homenagem ao papa Francisco", disse o republicano, complementando comentário feito mais cedo em sua rede social.

A fala foi feita em discurso de abertura para evento de Páscoa na Casa Branca.

Trump acrescentou que pretende "trazer a religião de volta para a América" e desejou que os americanos aproveitem os próximos "quatro bons anos" de comemorações sob a sua gestão.

O presidente norte-americano comentou ainda sobre o aumento nos números de recrutamento do exército militar e da política dos EUA, afirmando que os resultados mostram que "algo especial acontece com o país".

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, lamentou a morte do papa Francisco nesta segunda-feira, 21. Disse que o pontífice inspira o mundo a encontrar convergências e fez história ao "inaugurar um novo tempo para a Igreja". Para Alckmin, a simplicidade e o humanismo do argentino são legados marcantes de um sacerdócio vivido "como vocação para a universalidade cristã".

"É com grande tristeza que o mundo recebe hoje a notícia do falecimento do Papa Francisco. Sua simplicidade e seu humanismo são legados marcantes de um sacerdócio vivido como vocação para a universalidade cristã, que nos inspira a encontrar convergências, onde quer que se insista em divisões", afirmou o vice-presidente em post na rede social X, acompanhado de uma foto em que cumprimenta o chefe da Igreja católica.

Alckmin destacou ainda que o papa Francisco foi o primeiro pontífice latino-americano, primeiro jesuíta a se tornar papa e primeiro papa a se chamar Francisco, "evocando o que de mais precioso existe na cristandade - a humildade, a compaixão e a fraternidade".

"Fez história ao inaugurar um novo tempo para a Igreja e ao apontar a perseverança pela igualdade, por meio da convivência harmoniosa do diálogo, como o caminho para a humanidade", declarou o vice-presidente.

O papa morreu nesta segunda-feira em Roma, menos de um mês após deixar o hospital, onde ficou internado para tratar de uma pneumonia dupla. Um dia antes da morte, ele apareceu em público no Vaticano em uma missa de Páscoa, quando fez a última saudação aos fiéis.

Onze trabalhadores teriam ficado feridos num incêndio com explosão em uma plataforma da Petrobras na manhã desta segunda-feira, 21, segundo informações do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) postadas em uma rede social. Uma das vítimas precisou ser resgatada pelo mar.

O acidente ocorreu na plataforma Cherne 1, conhecida como PCH-1, operada pela Petrobras na Bacia de Campos, no Norte Fluminense.

Os feridos foram encaminhados para uma unidade de emergência em saúde em Macaé.

De acordo com o sindicato, a própria petroleira teria comunicado sobre o acidente ocorrido às 7h25.

"O escoamento de gás foi interrompido, as comunicações da plataforma caíram e embarcações de emergência foram acionadas", publicou o Sindipetro-NF, em uma rede social.

O incêndio já teria sido debelado por dois barcos de combate ao fogo, e todos demais mais de 170 trabalhadores da plataforma estariam em segurança.