Web repudia falas de Fernanda no 'BBB 24' e aponta capacitismo

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No BBB 24, a participante Fernanda gerou polêmica após zombar de Beatriz, sugerindo que a colega de confinamento tivesse um "problema" genético. A confeiteira insinuou que Beatriz necessitaria de um diagnóstico médico, apontando uma suposta anomalia genética. Durante uma conversa com aliados, ela disse acreditar que Beatriz apresentava um déficit de cromossomos.

"Eu acho essa menina dodói, cara. Acho ela dodói do tipo dodói. Está faltando cromossomo ali. Vocês ficam: 'Não pode falar essas coisas'. Eu estou falando o que eu acho, que é dodói. Eu acho que ela tem problema, não acho nada normal ali. Acho que tem problema. Fico até com medo de falar, às vezes, porque acho que é uma questão de laudo", disse.

Internautas expressaram repúdio nas redes sociais. Uma usuária destacou o impacto de tais declarações para famílias de pessoas com síndrome de Down, mencionando a dor causada por ver uma mãe de criança autista, ciente das lutas contra o preconceito, emitir tais comentários. Outra apontou a recorrência de comentários preconceituosos por parte de Fernanda e a reação de seus aliados, incluindo um assistente social, como lamentável e triste.

"Show de horrores. Não dá pra tolerar a Fernanda e os seus amigos, Pitel inclusive que trabalha com PCD 's, debochando da Bia insinuando que ela é 'dodói' e que falta cromossomos! Alterações cromossômicas são síndromes genéticas sérias, não dá pra rir de um assunto como esse!", escreveu um. "Não dá pra tolerar essa fala da Fernanda, debochar da Bia insinuando que ela é 'dodói' e que falta cromossomos! Uma assistente social rindo e um professor concordando com tudo, ninguém repreende", disse outro.

O que é capacitismo?

Capacitismo é a discriminação e preconceito social dirigido a pessoas com deficiência, seja ela física, intelectual ou sensorial. Essa forma de discriminação ocorre quando se considera as pessoas com deficiência como inferiores ou menos capazes em comparação com pessoas sem deficiência. Esse preconceito pode se manifestar através de atitudes, linguagem, sistemas e políticas que tratam pessoas com deficiência de maneira desigual ou limitam suas oportunidades.

A fala de Fernanda no BBB 24, ao sugerir que Beatriz teria um "problema" genético e usar termos pejorativos para descrever sua condição, exemplifica o capacitismo. Ao zombar de uma suposta condição genética e associá-la a uma deficiência de maneira negativa, Fernanda não apenas perpetua estereótipos nocivos sobre pessoas com deficiências, mas também contribui para um ambiente de exclusão e desrespeito.

Tais declarações são capacitistas, porque implicam que ter uma deficiência ou uma diferença genética é algo negativo ou digno de zombaria. Esse tipo de atitude não só desvaloriza indivíduos com deficiências, mas também ignora suas capacidades, contribuições e a riqueza de suas experiências de vida. Além disso, ao ridicularizar essas condições em um fórum público, reforça-se a ideia de que é aceitável discriminar e marginalizar pessoas com base em suas diferenças físicas ou mentais.

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Na véspera da data em que Isabella Nardoni completaria 23 anos de idade, Ana Carolina Oliveira compartilhou nas redes sociais as lembranças que guarda da filha em uma caixa, como fotos, brinquedos e sapatos de bebê. Isabella foi morta aos 5 anos pelo pai, Alexandre Nardoni, e pela madrasta, Anna Carolina Jatobá, em 2008.

Hoje vereadora de São Paulo pelo Podemos, Oliveira também publicou um vídeo em homenagem à filha: "Eu guardo tudo de você com tanto carinho, suas fotos, seus desenhos, suas cartinhas. Às vezes fecho os olhos e consigo sentir você aqui comigo", disse.

Ela diz imaginar como a filha estaria hoje, se estaria na faculdade, se teria um amor e como seria a relação com os irmãos mais novos. "Daria tudo pra viver mais um aniversário com você", disse no vídeo.

Relembre o crime e desdobramentos

Isabella teria sido jogada da janela do 6º andar do prédio na Vila Guilherme, zona norte de São Paulo, onde moravam o pai e a madrasta. Ambos foram condenados em 2010 - ele, a 31 anos e 1 mês, ela, a 26 anos e 8 meses de prisão - mas já se encontravam presos desde 2008, quando ocorreu o crime. O caso teve grande repercussão nacional.

Alexandre Nardoni está em regime aberto desde maio do ano passado, cumprindo o restante da pena em liberdade. Ele teve concedida a progressão para o regime aberto depois de ficar preso por 16 anos. Já Anna Carolina Jatobá cumpriu 15 anos de pena e foi solta em 2023, também em progressão para o regime aberto.

Ana Carolina Oliveira foi a segunda vereadora mais votada da cidade nas eleições municipais de 2024. Seus projetos em tramitação na Câmara de São Paulo são voltados à proteção de mulheres, crianças e adolescentes e pessoas com deficiência contra a violência, mas nenhuma proposta ainda foi aprovada.

Uma adolescente de 17 anos foi esfaqueada dentro de sua casa, em Sorocaba, interior paulista, pelo namorado, também de 17 anos. O crime ocorreu na noite de quinta-feira, 17.

O próprio jovem chamou a Polícia Militar após o ato, confessando o crime. Ele foi encaminhado à Fundação Casa e permanece à disposição da Justiça.

A Polícia Civil investiga o caso. A perícia foi solicitada ao local e o caso foi registrado como feminicídio na Delegacia de Plantão de Sorocaba.

Em 2024, o Brasil registrou 1.450 feminicídios, uma redução de 5% em relação a 2023, segundo dados do Ministério da Justiça. No Estado de São Paulo, porém, houve recorde de casos de homicídios de mulheres por razões de gênero no último ano - foram mais de 250.

O advogado Juliano Bento Rodrigues Girau foi morto a tiros durante um assalto na madrugada deste sábado, 19, na orla da Praia Grande, em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Um amigo da vítima também foi baleado.

Ao menos um dos quatro suspeitos de participação no crime foi detido pela manhã. A Polícia Civil faz buscas pelos demais envolvidos.

Morador de São Gonçalo do Sapucaí (MG), o advogado estava no litoral paulista a passeio, junto com dois amigos. O crime teria ocorrido quando o grupo saiu de uma festa realizada na beira da praia, momento em que foi abordado por quatro homens encapuzados.

O caso foi registrado como latrocínio na Delegacia de Ubatuba. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), um terceiro amigo da vítima não se feriu e prestou depoimento à polícia.

"Os criminosos levaram celulares, carteiras e joias das vítimas", apontou em nota. "As investigações seguem em andamento para identificar e localizar os responsáveis pelo crime", finalizou.

Câmeras de segurança captaram o momento do crime, ocorrido pouco antes das 4 horas da madrugada. Nas imagens, o advogado e seus amigos são abordados por quatro homens encapuzados enquanto ainda estavam na faixa de areia.

Nas redes sociais, um dos amigos do advogado havia postado imagens das cerca de 12 horas de viagem de carro até Ubatuba. Guirau era formado em Direito pela Faculdade de Direito de Varginha (Fadiva), mas residia em São Gonçalo do Sapucaí, município do sul mineiro localizado a menos de 300 quilômetros de Ubatuba.

Prefeitura e OAB lamentam crime: 'Profissional íntegro'

A subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Gonçalo do Sapucaí se manifestou nas redes sociais: "Sua dedicação e compromisso com a Justiça sempre será lembrada com respeito e gratidão". "Manifestamos nosso repúdio pelo crime brutal que levou a morte do advogado da nossa subseção e que as medidas sejam tomadas para uma célere investigação", acrescentou.

A Prefeitura de São Gonçalo do Sapucaí também lamentou o caso em nota veiculada nas redes sociais. "Profissional íntegro, Dr. Juliano dedicou sua vida ao exercício da Justiça com ética, competência e respeito ao próximo. Sua partida representa uma grande perda não apenas para a advocacia, mas para toda a nossa comunidade", declarou.