Eliana tem despedida do SBT simples, mas respeitosa - e com 'até breve' ao público

Variedades
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Eliana saiu do SBT após a exibição do seu último programa neste domingo, 23. Em meio a um clima de retrospectiva e homenagem, o tom foi de fechamento de ciclo, mas sem grandes alardes ou algo além do habitual.

 

Já era de se esperar que, apesar da despedida, não surgisse nada de muito diferente ou melancólico - afinal, não dá para criar uma sensação de perda, já que a apresentadora sai, mas a faixa horária permanece na emissora - inclusive, agora sob comando de Celso Portiolli.

 

"Eu amo vocês. Estaremos juntos. A gente está indo, mas a gente se vê em breve. Conto com vocês. Beijo na família e até breve!", disse Eliana no encerramento.

 

Seu próximo destino profissional, porém, ainda não foi confirmado.

 

No decorrer do programa, foi perceptível uma "preocupação numérica", destacando o impacto dos últimos 15 anos: em seus "770 programas", Eliana viajou "mais de 100 mil quilômetros" em "10 países", ajudou "mais de 100 mulheres", e por aí vai.

 

A ideia foi fazer um compilado de quadros marcantes e personagens que fizeram parte da atração, o que incluiu muitas imagens de arquivo. Apesar dos momentos de emoção, embalados pelas costumeiras trilhas sonoras, a apresentadora não derramou muitas lágrimas.

 

Eliana chegou ao SBT em 1991 (à época, era conhecida por fazer parte do grupo Banana Split) e permaneceu na emissora por sete anos.

 

Em seguida, foi para a Record, onde ficou entre 1998 e 2009.

 

Lá, migrou dos programas infantis para os de auditório mais tradicionais, com o Tudo É Possível. Desde seu retorno ao SBT, passaram-se 15 anos, com o Programa Eliana.

 

O último 'Programa Eliana'

 

Logo no início, por volta das 15h40, a apresentadora prometeu um domingo "com muita celebração" e "cheio de surpresas". Chamou ao palco Daniel, que destacou o "novo ciclo que está começando agora. A vida da gente é assim".

 

Pouco depois, uma longa matéria mostrando paisagens de Portugal, sua última pelo programa.

 

Já passava das 18 horas quando recebeu quatro participantes do quadro Beleza Renovada que passaram por mudanças de visual na atração.

 

Em tom de discurso sendo lido, Eliana destacou: "Fiz a diferença na vida delas. Encerro esse ciclo com a sensação de missão cumprida. Eu e minha equipe fizemos tudo que foi possível, por tantas mulheres especiais."

 

Um VT com a participação de inúmeros famosos, como Angélica, Sandy, Ratinho e Carlos Alberto da Nóbrega, foi exibido antes de dar espaço a jovens que ganharam a oportunidade de aparecer na TV no programa da apresentadora.

 

Na reta final, homenagens feitas pelo humorista Tiago Barnabé, vestido como 'Narcisa' e pelos bombeiros do programa.

 

Após algumas longas inserções comerciais, chegou a hora da parte mais 'família' da atração, relembrando as gestações de Eliana. Em determinado momento, pediu para que a equipe do Programa Eliana aparecesse no palco.

 

Foi quando falou um "palavrão picado": "Vocês são 'oda'. Colocaria vocês dentro de uma caixinha e levaria comigo."

 

Por fim, Eliana destacou novamente a importância religiosa de sua viagem para Portugal e cantou Nossa Senhora ao lado de Daniel. Se despediu do público do SBT cercada por sua família e fechando sua fala com um "até breve".

Em outra categoria

Um metalúrgico de 22 anos morreu baleado durante discussão no trânsito em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, na madrugada do domingo, 27. O autor do tiro fugiu e não havia sido identificado até a publicação desta reportagem, segundo a polícia.

Patrick da Silva Brito morava em Diadema e na noite de sábado, 26, foi à festa de aniversário de um amigo em São Bernardo do Campo. Ao fim do evento, na madrugada de domingo, pegou carona com um amigo que também mora em Diadema. Durante o trajeto, enquanto passavam por uma rua próxima do Corredor ABD, se depararam com um carro parado na via, impedindo a passagem. Fora do veículo, um casal discutia.

O amigo de Patrick, que dirigia um Citroen C4 Cactus branco, buzinou pedindo passagem. O homem responsável pelo outro veículo sacou um revólver e disparou dois tiros na direção do motorista, segundo foi registrado na Polícia Civil.

Quando o amigo de Patrick percebeu a reação do rapaz, manobrou e tentou fugir, mas um dos tiros atingiu a nuca de Patrick. O amigo saiu com o veículo rumo a um hospital e, no caminho, encontrou guardas-civis municipais e pediu ajuda. Patrick chegou vivo ao hospital, mas não resistiu.

O caso está sendo investigado pelo Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil em São Bernardo do Campo, segundo a Secretaria da Segurança Pública do Estado. Até a noite de terça-feira, 29, o autor dos tiros não havia sido identificado.

Ainda hoje, muitos órgãos para transplante são transportados em embalagens que usam o gelo para manter refrigeração, sem controle preciso da temperatura. Pensando nisso e em outras demandas baseadas na realidade brasileira, pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) desenvolveram uma embalagem inteligente que promete mudar esse cenário.

O produto é equipado com um sistema de monitoramento em tempo real, via internet, que permite rastrear o órgão e detectar qualquer queda ou alteração de temperatura durante o transporte. A embalagem, além disso, possui uma autonomia de até 6 horas e conexão de backup para garantir a continuidade do processo em situações adversas.

"Ela tem várias funcionalidades para dar um suporte em tempo real e garantir que esses órgãos e tecidos sejam transportados na temperatura adequada, diferentemente do gelo, em que não temos controle algum", detalha Bartira de Aguiar Roza, coordenadora do projeto e professora da Escola Paulista de Enfermagem da Unifesp. "O objetivo é reduzir perdas e otimizar o trabalho."

De acordo com a professora, existe uma perda estimada de 5% dos órgãos que são transportados a uma longa distância. As caixas, ela explica, precisam passar por diferentes ambientes, como aeroportos e táxis, onde muitas vezes a temperatura do ar-condicionado não é suficiente para manter a refrigeração adequada.

"Além disso, existem os requisitos de segurança, de rastreabilidade. Existem produtos que são transportados com alta tecnologia, mas, quando falamos de órgãos humanos, estamos transportando com iglu de gelo. Precisamos responder várias demandas, não só a demanda de perdas, mas também assegurar a rastreabilidade", diz.

A inovação é mais cara do que as embalagens padrão. A estimativa é de que chegue ao mercado por um valor entre R$ 10 mil e R$ 15 mil. "Mas, comparando com caixas desenvolvidas em outros países, é mais barata", assegura a pesquisadora. "Caixas (estrangeiras) que ainda usam gelox, mas são rastreadas são vendidas por R$ 80 mil no Brasil. Desenvolvemos o produto para ter uma caixa nossa, da qual possamos nos orgulhar e que, sobretudo, seja mais barata."

Recentemente, foi concluída a etapa de validação pré-clínica da nova embalagem por meio de um estudo de caso-controle. Nessa fase, foi feita uma comparação entre o modelo atualmente utilizado no Brasil e a proposta desenvolvida pelos pesquisadores. Segundo Bartira, os resultados demonstraram que a nova embalagem é segura para o transporte de órgãos e tecidos destinados a transplantes.

O produto ainda deve passar por outros testes com órgãos humanos e a expectativa é que esteja disponível no mercado no início de 2026. A embalagem começou a ser desenvolvida em 2017, sem nenhum tipo de apoio financeiro, e em 2020 recebeu um aporte da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

A tecnologia foi desenvolvida pela Unifesp, por meio da Escola Paulista de Enfermagem e da Escola Paulista de Medicina, em parceria com a São Rafael Câmaras Frigoríficas, Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) e o Centro de Tecnologia em Embalagem para Alimentos do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL).

A Polícia Federal deflagrou nesta terça, 28, a Operação Narco Vela para reprimir tráfico internacional de drogas com o uso de veleiros e barcos que seguiam do Porto de Santos, litoral paulista, com destino à Europa e África. A investigação conta com ações do DEA (Drug Enforcement Agency), Marinha dos EUA, Guarda Civil Espanhola e Marinha Francesa.

A investigação teve início a partir de uma comunicação do DEA sobre a apreensão de 3 toneladas de cocaína em fevereiro de 2023, no interior do veleiro 'Lobo IV', em alto mar próximo ao continente africano, com abordagem da Marinha Americana. Na ocasião, foi preso Flávio Pontes Pereira.

Com base em informações enviadas pelo Drug Enforcement Agency (DEA), núcleo anti-drogas dos EUA, a Polícia Federal identificou a participação de Leandro Ricardo Cordasso, ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), que 'mantinha relação de afinidade com Rodrigo Felício, o 'Tico', e Levy Adriani Felício, o 'Mais Velho', ambos integrantes da facção.

O tráfico fazia uso de satélites e embarcações com autonomia para travessias oceânicas, inclusive veleiros. Mais de 300 policiais federais e 50 policiais militares do estado de São Paulo dão cumprimento a quatro mandados de prisão preventiva, 31 de prisão temporária e 62 de busca e apreensão, em endereços de São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão, Pará e Santa Catarina. Até agora, 23 investigados foram presos.

Além das prisões e buscas, a Justiça Federal também determinou o bloqueio e apreensão de bens até o valor de R$ 1,32 bilhão.

Outros carregamentos também foram interceptados em águas internacionais pela Guarda Civil Espanhola e Marinha Francesa.