Confiança do comércio cresce em junho e reforça otimismo para o segundo semestre

Economia
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O Índice de Confiança do Comércio (Icom), divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou alta de 0,6 ponto em junho de 2025, alcançando 89,3 pontos. O resultado reflete uma melhora no otimismo do setor, ainda que abaixo dos níveis observados no mesmo período de 2024, quando o índice marcava 90,3 pontos.

Expectativas impulsionam alta

O crescimento em junho foi puxado principalmente pelo avanço no Índice de Expectativas, que subiu 4 pontos, atingindo 88,5 pontos. Esse movimento indica que os empresários do setor estão mais confiantes com relação aos próximos meses, especialmente com a perspectiva de aumento nas vendas no segundo semestre, impulsionado por datas comerciais como o Dia dos Pais, Black Friday e Natal.

Por outro lado, o Índice da Situação Atual recuou discretamente, com queda de 0,1 ponto, marcando 90,6 pontos. O recuo mostra que o varejo ainda enfrenta desafios no presente, como o alto custo de operação e a demanda reprimida em algumas faixas de consumo.

Evolução ao longo do ano

O gráfico mostra que o setor passou por um período de baixa no início de 2025, atingindo 83,1 pontos em fevereiro, o menor nível do ano. Desde então, houve uma retomada gradual da confiança, com crescimento constante nos últimos quatro meses.

Sinais de recuperação

A edição de junho contou com a participação de 1.200 empresas do setor e reforça o sinal de recuperação lenta, mas progressiva. Com o ambiente macroeconômico mais estável — marcado por inflação sob controle e redução gradual da taxa de juros — o comércio enxerga um cenário mais favorável à retomada do consumo.

Perspectivas

Mesmo com o índice ainda abaixo da linha de neutralidade (100 pontos), que separa pessimismo de otimismo, os resultados de junho sinalizam um clima mais animador para o varejo. A tendência é que, mantido o ritmo de recuperação, os próximos meses tragam desempenho mais robusto para o setor.

A expectativa dos empresários será decisiva para os investimentos em estoques, contratações e campanhas promocionais, fatores que podem acelerar ainda mais a retomada do comércio nacional no segundo semestre.