Inflação recua e mercado mantém projeção de crescimento para 2025, aponta Banco Central

O Banco Central divulgou nesta semana a nova prévia das projeções econômicas para 2025, com destaque para a queda na estimativa da inflação e a estabilidade na previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

IPCA 2025 registra nova queda

Segundo o boletim Focus, a expectativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025 foi revisada para 5,20%, levemente abaixo dos 5,24% estimados na semana anterior. Esta é a quarta redução consecutiva na projeção do IPCA, que já chegou a 5,46% no fim de maio. A previsão para 2026 foi mantida em 4,50%.

Essa sequência de revisões reflete a expectativa de desaceleração da inflação, influenciada por fatores como o controle dos preços administrados, menor pressão nos alimentos e políticas monetárias mais rígidas que ainda impactam o consumo e a atividade econômica.

PIB de 2025 estabiliza em 2,21%

Já a previsão para o crescimento do PIB em 2025 foi mantida em 2,21%, o mesmo patamar observado na semana anterior. Desde o fim de maio, a projeção vem mostrando estabilidade, após avanços graduais. Para 2026, a expectativa é de um crescimento de 1,87%.

Esse desempenho está alinhado com o cenário de recuperação econômica moderada, sustentado por uma melhora no mercado de trabalho, queda na taxa de juros e expectativas mais favoráveis para investimentos privados e consumo das famílias.

Contexto fiscal e expectativas

O mercado segue atento aos desdobramentos da política fiscal do governo e da condução da taxa Selic. A sinalização do Banco Central de uma postura mais cautelosa nos cortes de juros tem influenciado as expectativas inflacionárias futuras, com impactos diretos nas decisões de investimento e crédito.

Apesar do recuo na inflação projetada, o número ainda está acima do centro da meta de 3,0% estipulada pelo Conselho Monetário Nacional, o que mantém pressão sobre a política monetária e a credibilidade do arcabouço fiscal.

Conclusão

Os dados mais recentes reforçam um cenário de moderação na inflação com manutenção do ritmo de crescimento econômico, mas com atenção redobrada aos desafios fiscais e ao comportamento da taxa de juros. O mercado financeiro seguirá monitorando os próximos passos do governo e do Banco Central para ajustar suas projeções e estratégias.